Por Euler de França Belém

Relato de um promotor: “Uma procuradora do Ministério Público Estadual esteve no Ministério Público Federal articulando contra a indicação do tenente-coronel Ricardo Rocha para um cargo de chefia na Polícia Militar de Goiás. Mas um procurador federal teria sugerido, como é de praxe, que a procuradora fizesse uma representação por escrito”. A procuradora, segundo o promotor, se recusou a fazer a representação.

O Supremo Tribunal Federal impediu que um representante do Ministério Público da Bahia assumisse o Ministério da Justiça. Por maioria absoluta. Segundo um promotor, a procuradora de justiça Ivana Farina, se a regra do Supremo for seguida à risca, tem de deixar a Comissão de Direitos Humanos. A procuradora atua em Brasília, longe de sua base, Goiânia.

[caption id="attachment_33889" align="aligncenter" width="620"] Fernando Krebs propõe a convocação de concursados | Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
O PSDB de Goiás estuda fazer representação formal contra o promotor de justiça Fernando Krebs no Conselho Nacional do Ministério Público.
O partido vai juntar a atuação do promotor nas redes sociais, com comentários classificados de partidários e políticos, o que implica falta de isenção de Fernando Krebs nas ações que move contra o governo.
O PSDB vai questionar o fato de Krebs “passar quase o dia todo nas redes sociais, postando até 200 mensagens por dia, usando a estrutura do MP (computador, internet etc) e atuando no horário de expediente”.
Com a palavra, Fernando Krebs, um promotor, ressalte-se, atuante.

Marqueteiros dizem que Luiz Bittencourt é o candidato que mais avança em termos de discurso propositivo em Goiânia, além de ter um bem formulado elenco de críticas consistentes à atual administração municipal e ao modelo de gestão de Iris Rezende. Também na internet e redes sociais é quem até agora apresentou o melhor trabalho. Devagarinho vai comendo pelas beiradas e pode surpreender.

Jorge Caldeira prova que a Colônia era dinâmica, mostra que o país crescia mais do que outras nações, frisa que a República Velha não deve ser tratada como a Idade Média patropi e explica a estagnação pós-1970

[caption id="attachment_60708" align="alignright" width="620"] Reprodução[/caption]
A repórter Andréia Bahia, de “O Popular”, escreveu uma das mais belas reportagens dos últimos tempos, “Era uma vez uma Aline”. Parece mesmo um conto de fadas. Aline tem 31 anos, mora nas ruas e é uma leitora voraz de bons e maus livros (dos listados pela repórter, o único de qualidade é “Stálin, os Nazistas e o Ocidente”, do historiador britânico Laurence Rees).
Aline é mãe de dois garotos, que moram com uma tia, e pretende estudar arquitetura. Será bancada por Miguel Tomaz Menezes, ex-bancário e psicólogo. Nas ruas, nos lugares onde trafega, é querida e respeitada, sobretudo pela educação.
A história em si é bela e Andreia Bahia a conta com rara sensibilidade. A repórter, uma das mais gabaritadas da imprensa goiana, deveria transformá-la em livro. Vale a pena acompanhar Aline e registrar sua vida de maneira mais nuançada, exibindo inclusive suas possíveis contradições, não para execrá-la, e sim para torná-la mais humana, como todos nós — com defeitos e virtudes. Os seres humanos ficam mais ricos com suas contradições reunidas e apresentadas. (“O Segredo de Joe Gould”, de Joseph Mitchell, pode inspirar a repórter.)
Como se trata de uma reportagem sensacional, com uma história muito bem contada, fica até chato apontar alguns erros. Mas, como a coluna tem o nome de Imprensa, devo apontar algumas falhas, nada graves.
Na primeira página, um título falso induz o leitor a pensar que Aline é uma criança ou adolescente: “A menina de rua que devora livros”. Na verdade, trata-se de uma balzaquiana de 31 anos. Portanto, não é uma menina. Na legenda, há pelo menos dois erros. Primeiro, o editor escreve “Stlálin”, e não Stálin. Segundo, informa que Stálin é um tema que a fascina, quando a reportagem sugere que o tema que a fascina é a Segunda Guerra Mundial.
Contrariando a reportagem, a capa comete outro erro: o editor escreve que o livro de Marion Zimmer Bradley é “Brumas de Avalon”, excluindo o artigo “as” (“As Brumas de Avalon”).
A reportagem não sugere que a “compulsão pela leitura chega a ser maior que o vício pelo crack”, mas quem escreveu o texto da capa pensa assim. O editor da primeira página frisa que Aline é “invisível” nas ruas. O que a reportagem prova é que, ao contrário de outras pessoas que vivem nas ruas, Aline nada tem de invisível.
A impressão que se tem é que quem escreveu a chamada da capa ficou com preguiça de ler a fantástica reportagem de Andréia Bahia.
Problemas na reportagem
Enumero, a seguir, os problemas da reportagem. O primeiro erro resulta mais de imprecisão: “pegar títulos emprestados”. É mais adequado ou coloquial escrever assim: “Pegar livros emprestados”. É muito difícil alguém dizer, referindo-se a livro, que pegou um título emprestado.
O segundo erro está no título do livro de Laurence Rees: “Stalin, os Nazistas e o Ocidente”. A sugestiva fotografia da primeira página, feita por Zuhair Mohamad, exibe a capa do livro com acento agudo em Stálin.
O terceiro erro indica uma vírgula passando: “Ela se lembra do primeiro livro que leu, ‘As Brumas de Avalon’, (de Marion Zimmer Bradley), ‘mas estou aprimorando meu gosto’.” O texto funciona melhor assim: “Ela se lembra do primeiro livro que leu, ‘As Brumas de Avalon’ (de Marion Zimmer Bradley), ‘mas estou aprimorando meu gosto’”. Ela é leitora de Augusto Cury, Laura Gallego García e Paulo Coelho.
O quarto erro parece ser típico dos tempos modernos, que excluem os artigos como se fossem descartáveis: “Thiago Terranova chama atenção para generosidade de Aline”. Com o artigo “a” fica assim: “Thiago Terranova chama atenção para a generosidade de Aline”. A redação da reportagem não esclarece se Thiago Terranova é o farmacêutico que ajuda Aline.
O quinto erro tem a ver com acentuação: “Miguel aguarda que Aline faça a matricula”. No caso, é matrícula. Faltam três vírgulas noutros trechos da reportagem e há repetições de palavras, mas não vale a pena macular a sensacional reportagem do “Pop”.

Na esteira de Anthony Burgess, o tradutor agora esmiúça a obra-prima do escritor irlandês

A vida do jamesjoyciano irlândes é muito cara e ele precisa ganhar dinheiro com urgência. O sucesso de um lutador de MMA não dura muito tempo
A Companhia das Letras lança o livro “Terra Negra — O Holocausto como História e Advertência” (544 páginas, tradução de Donald Garschagen e Renata Guerra), do notável historiador americano Timothy Snyder. Segundo release da editora, a obra “descreve o extermínio de judeus como um evento mais compreensível do que gostaríamos de admitir, e por isso mais aterrorizante”.
“O início do século 21 se parece com o início do século 20 na medida em que preocupações crescentes com alimentos e água acompanham desafios ideológicos à ordem global. Nosso mundo se aproxima do de Hitler, e preservá-lo pede que encaremos o Holocausto como ele foi.”

A renúncia de Fernando Cunha escancara as portas do partido para o deputado estadual, que deve deixar o Solidariedade
[caption id="attachment_49845" align="alignleft" width="620"] Deputado Carlos Antonio: adversário mais forte do prefeito João Gomes[/caption]
O deputado estadual Carlos Antônio deve deixar o Solidariedade e se filiar ao PSDB. Com a renúncia de Fernando Cunha — o vereador revelou na sexta-feira, 11, que não irá mais disputar —, Carlos Antônio deve ser o candidato tucano a prefeito de Anápolis.
Pesquisas indicaram que, embora seja considerado simpático e um elemento da renovação, Fernando Cunha não empolgou o eleitorado de Anápolis. Se a eleição fosse realizada hoje, provavelmente iriam para o segundo turno Carlos Antônio, apontado como favorito pelos líderes locais, e o prefeito João Gomes, do PT.
Renúncia de Fernando Cunha Neto fortalece o nome do presidente municipal do PHS
Vanderlanista picha placas da gestão de Misael Oliveira, assegurando que tudo é criação de Vanderlan Cardoso
As duas unidades não estavam se pagando e, para não quebrar, decidiram sair do shopping do Setor Marista
Segundo suplente de deputado estadual, o mestre é visto como um político e técnico consistente
O deputado tucano não tem espaço para disputar eleição majoritária no PSDB. Mas no PSB terá o apoio de Lúcia Vânia para ser candidato a prefeito