Por Euler de França Belém
Os cinco políticos de Goiás mais bem ranqueados são Ronaldo Caiado, Waldir Soares, Marconi Perillo, José Eliton e Jovair Arantes

O site, editado por Mario Sabino, ex-redator-chefe da Veja, e pelo escritor Diogo Mainardi, afirma que o deputado banca Luiz Bittencourt para prefeito de Goiânia

É como se a editoria do “Pop” mantivesse o caderno de entretenimento (chamá-lo de caderno cultural é causar demissão do cérebro por justa causa) por obrigação
Eduardo Machado sublinha que o pastor Elismar Veiga “tem total autonomia e controle das decisões do PHS” em Anápolis

Sessão solene proposta pelo vereador tucano Thiago Albernaz em homenagem ao Dia do Jornalista homenageará Alexandre Parrode e Marcelo Gouveia
“Giro” saiu de meia página no formato standard para menos de meia no formato berliner. Caiu de 20 para 13 notícias e perdeu a nobreza da página 2

A Rotam atendeu a uma ocorrência, como manda a lei, não agiu na clandestinidade. “O Popular” deu mais uma bola fora

O acervo é valioso, com livros raros e coleções completas de jornais, mas os assaltantes optaram por levar um computador no qual está a catalogação do acervo do IHGG

Um dos médicos mais conhecidos do Brasil, dadas as cirurgias de siameses, Zacharias Calil é o objeto de desejo de 11 entre dez políticos

Nas redes sociais, a ex-deputada federal cobra honestidade de outros políticos
Consenso: Michel Temer está com cara de presidente e Dilma Rousseff, com jeito de ex-presidente

[caption id="attachment_62729" align="alignright" width="620"] João Campos: “Dos 17 deputados federais goianos, só dois não apoiam o impeachment, Rubens Otoni, do PT, e Flávia Morais, do PDT”[/caption]
O deputado federal João Campos, presidente do PRB em Goiás e integrante do Comitê Pró-Impeachment, afirma que, se a votação fosse hoje, a presidente Dilma Rousseff, do PT, não teria condições de permanecer no poder. “Os deputados e a sociedade querem o impedimento da petista”, afirma. “A Câmara dos Deputados, ao aprovar o afastamento, deixará o Senado numa saia-justa. Quer dizer, o Senado não enfrentará a sociedade e, sob pressão social, tende a seguir a decisão da Câmara.”
Para executar o impeachment da presidente, a Câmara dos Deputados precisa de 342 votos. “No momento, apesar da pressão intensa dos articuladores do governo federal, nós temos 315 votos ‘fechados’. Mas o número está crescendo dia a dia. Estamos otimistas. Acreditamos que obteremos mais 27 de votos até com certa facilidade. Há parlamentares indecisos, mas muitos admitem que estão sendo cobrados por suas bases para apoiarem o impedimento de Dilma Rousseff. Quem ficar contra o impeachment terá de enfrentar o veredicto da sociedade, pois estará contra o Brasil.”
A maioria dos membros da bancada goiana apoia o impeachment. “Dois 17 deputados federais, quinze definiram que vão votar pelo afastamento de Dilma Rousseff e garantem que não vão recuar. Respeitamos a posição do deputado federal Rubens Otoni, que, filiado ao PT, é contra o afastamento da gestora petista. Flávia Morais, que pertence ao PDT, afirma que está indecisa, mas, na última hora, seguindo a sociedade, poderá votar a favor do Brasil. Mas tanto Rubens quanto Flávia têm o direito, que deve ser respeitado, de votar como quiserem.”
Como Goiás é um Estado no qual o PT é frágil e o apoio ao impeachment é maciço, Flávia Morais, se ficar ao lado dos que patrocinaram corrupção na Petrobrás — tornando-a uma verdadeira Corruptobrás, articulando uma corrupção sistêmica —, pode ter dificuldade se planeja mesmo disputar a Prefeitura de Trindade.

[caption id="attachment_62727" align="alignright" width="620"] Iris Rezende, Vanderlan Cardoso, Giuseppe Vecci, Luiz Bittencourt e Francisco Júnior: político que é gestor tem mais chance de ser eleito em Goiânia[/caption]
Os eleitores votam de modos diferentes para o Legislativo e para o Executivo? Tudo indica que sim. Pesquisas e os resultados das eleições provam que os eleitores por vezes “brincam” com as eleições para o Parlamento, mas não para o Executivo. Eles flertam com o “protesto” e com o “jocoso” na disputa para deputado federal, deputado estadual e vereador. Porém, quando se trata de escolher um gestor para sua cidade, para seu Estado e para seu país, se revelam mais “conscientes” e patrocinam aquele que avaliam como mais capaz e responsável.
A última eleição de São Paulo para prefeito é exemplar do que se está falando aqui. Celso Russomanno liderou as pesquisas por algum tempo — naquilo que se pode chamar de “frente inercial”, pois era o nome mais conhecido, dado ser um comunicador de massa, enquanto outros nomes eram menos conhecidos (exceto José Serra) —, mas sequer foi para o segundo turno. Fernando Haddad e José Serra, tecnicamente gabaritados e com experiência em gestão — o primeiro havia sido ministro da Educação e o segundo governador do Estado de São Paulo, prefeito de São Paulo e ministro da Saúde e do Planejamento —, disputaram o segundo turno, com o eleitor optando pelo petista, por certo por considerá-lo uma novidade consistente e por ser ligado ao governo federal. Pode-se sugerir, portanto, que foi uma escolha racional do eleitor. Ao optar por Fernando Haddad e José Serra, levando-os para o segundo turno, para avaliar de maneira mais adequada seus projetos, o eleitor escolheu a responsabilidade — abandonando o popularesco Celso Russomanno.
A política envolve emoção, é claro. Porque a vida sem paixão é como um lago sem água. Entretanto, para o Executivo, os eleitores votam de maneira consciente, racional. É possível concluir que, embora possa respeitar o Legislativo, os eleitores patropis dão mais importância ao Executivo, àquele que vai governar e, se não o fizer bem, pode prejudicar seus interesses pessoais. As classes médias raramente votam baseadas na emoção. Por isso candidatos populistas e, do ponto de vista da gestão, inconsistentes dificilmente são eleitos para governar cidades como São Paulo e Goiânia. A opção dos eleitores, insista-se, é por gestores experimentados — o que, na capital goiana, pode fortalecer candidatos a prefeito como Iris Rezende, do PMDB, Vanderlan Cardoso, PSB, Giuseppe Vecci, do PSDB, Luiz Bittencourt, do PTB, e Francisco Júnior, do PSD. Políticos populistas, que prometem resolver os problemas da cidade com uma canetada — o que comprova que não têm a mínima condição técnica de gerir uma capital como Goiânia —, podem até sair na frente, mas são esquecidos durante o processo eleitoral. A história está lotada de políticos que tiveram voo de pato.

[caption id="attachment_55165" align="alignright" width="620"] Iris Rezende: incertezas a
respeito de suas forças para enfrentar urnas mais arredias que antes[/caption]
Se Iris Rezende sair do páreo, sobretudo depois da denúncia da revista “Época”, baseada em arquivos do Serviço Nacional de Informações (SNI), de que recebeu 500 milhões da Odebrecht, na década de 1980, e comprou uma fazenda, como fica o quadro político de Goiânia?
O mais provável é que Waldir Delegado Soares (PR) salte para primeiro lugar nas pesquisas — com números entre 25% e 30% (não deve subir mais do que isto devido à resistência da classe média ao seu nome) — e que Giuseppe Vecci, o candidato do PSDB, e Vanderlan Cardoso, o postulante do PSB, passem a disputar o segundo. Há também a possibilidade de Adriana Accorsi, se não ficar carimbada como “candidata do PT”, e sim como “candidatura da segurança pública”, brigar com Vecci e Vanderlan pela segunda colocação.

[caption id="attachment_52465" align="alignright" width="620"] Daniel Vilela e Agenor Mariano[/caption]
Se Iris Rezende sair do páreo, como muitos políticos acreditam — senão passará a campanha toda explicando como aplicou o dinheiro que supostamente recebeu da Odebrecht (pegou 500 milhões, segundo a revista “Época”, baseada no arquivo do SNI) —, o PMDB tende a apresentar três nome para a disputa: o deputado federal Daniel Vilela, o vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano, e o deputado estadual Bruno Peixoto.
Daniel Vilela é o nome politicamente mais consistente e mais popular. Mas Agenor Mariano é o nome preferido de Iris Rezende. Bruno Peixoto, por seu turno, mantém uma articulação política eficiente em Goiânia, mas não agrada Iris Rezende, que não o avalia como totalmente leal a ele e ao PMDB.