Por Euler de França Belém
Deputados e secretários são unânimes: Luiz Siqueira, presidente da Agência de Comunicação do governo de Goiás (Agecom), é diplomático, acessível e divulga as ações públicas com zelo e competência. Há auxiliares de governantes que são problemas, criadores de arestas. Luiz Siqueira, pelo contrário, é visto como o “artífice das soluções”.

Deputados estaduais e federais dizem que Tayrone di Martino (PSDB) deve assumir a Secretaria de Governo como “republicano”. Quer dizer: não deve usar a estrutura da pasta tão-somente para viabilizar sua candidatura a deputado federal. Tayrone frisa que vai atender todo mundo bem. Na Secretaria de Governo, Henrique Tibúrcio pautou-se por uma conduta eminentemente republicana. É o que dizem deputados federais e estaduais.

O prefeito de Porangatu, Eronildo Valadares (PMDB), está acometido pela Síndrome de Estocolmo. Em 2012, a tucana Gláucia Melo perdeu a eleição para prefeita do município, exatamente para Valadares, devido à gestão ruim do então prefeito, José Osvaldo, que era seu “aliado”. Pois, quatro anos depois, esquecido do passado, Eronildo Valadares busca aliança política com José Osvaldo. Se o fizer, o candidato a prefeito pelo PSDB, Pedro Fernandes, poderá encomendar o terno de posse.
Um radialista de Catalão levou uma surra — uma barbaridade — e, depois, uma suposta amante divulgou fotografias suas como veio ao mundo. Sim, tão nu quanto um bebê recém-nascido. Ele estaria de ressaca ou dormindo quando foi fotografado. As fotografias do radialista circularam nas redações de Goiânia, mas felizmente editores e repórteres tiveram o bom senso de não publicá-las. Um jornal do Rio de Janeiro chegou a pedi-las a um jornal de Goiás, mas também desistiu de divulgá-las.

Os advogados do governador de Goiás, Marconi Perillo, ganharam na Justiça ação judicial contra Jorge Kajuru, pré-candidato a vereador na capital. A Justiça obrigou o radialista a retirar de seus perfis, nas redes sociais, gravações de conversas privadas do gestor tucano. Se não exclui-las, Jorge Kajuru terá de pagar pesadas multas e, mesmo, poderá sofrer outras penalidades. Nos últimos anos, quase tudo que Jorge Kajuru ganha, em termos financeiros, é para pagar indenizações, e não apenas em Goiás (Luciana Gimenez já o processou duas vezes).

“A rebeldia de Ronaldo Caiado com Michel Temer tem uma explicação pouco republicana. O senador do DEM estaria irritado com o apoio que o presidente vem dando ao governo de Goiás e, sobretudo, a relação amistosa com o governador Marconi Perillo, do PSDB”, afirma um deputado federal. “O democrata precisa entender que não é missão de um presidente prejudicar um Estado e seu governador (quem fazia isto era Lula da Silva, o perseguidor-mor da República)”, acrescenta o parlamentar. Há outra questão: o DEM de Goiás não mandou nenhum deputado federal para Brasília. A bancada ligada ao governador Marconi Perillo inclui pelo menos 13 parlamentares — além de dois senadores (Wilder Morais, do PP, e Lúcia Vânia, do PSB).

O deputado estadual Adib Elias fechou contrato — teoricamente, por 1 milhão de reais — com o marqueteiro Jorcelino Braga. O ex-secretário da Fazenda pretende comandar sua campanha para prefeito de Catalão. Isto, claro, se o peemedebista não for considerado ficha suja pelo Tribunal de Contas dos Municípios.
Comenta-se em Brasília, mais conhecida como Fofocolândia, que o “Boiadeiro” mencionado no banco de propinas da Odebrecht seria um político do PP de Goiás. O Boiadeiro teria recebido, durante algum tempo, uma “mesada” do escândalo investigado pela Operação Lavo Jato.

Cotado para ser vice de Iris Rezende, na “cota” do senador Ronaldo Caiado, Joel Santana Braga disse ao Jornal Opção que o DEM vai compor com o pré-candidato do PMDB. Irmão do deputado federal Alexandre Baldy, Joel Santana Braga afirma que o médico Sílvio Fernandes, que era cotado para ser vice de Iris Rezende, deve ser candidato a vereador. Sobre uma possível candidatura do deputado federal Alexandre Baldy a prefeito de Anápolis, Joel Santana Braga afirma: “Ele não tem interesse em disputar a prefeitura. Está bem em Brasília, conseguiu ampliar seu espaço político, tornou-se presidente de um partido, o PTN. Mas é fato que aparece bem nas pesquisas de intenção de voto”. Alexandre Baldy pode apoiar o pré-candidato do DEM a prefeito de Anápolis? “Baldy vai ouvir os dois vereadores do PTN no município. A aliança local vai depender do que eles disserem. Um dos objetivos do deputado é fortalecer o PTN em todo o Estado”. Joel Santana Braga sustenta que o senador Ronaldo Caiado deve disputar o governo de Goiás em 2018. “Por isso a aliança com Iris Rezende e o PMDB é tão importante.”

“Num universo de 125 cargos relevantes” da equipe do ex-presidente José Sarney, “a taxa de sobrevivência dos quadros do governo de Figueiredo fora de 60%, a maior já registrada”

Pelo menos 30% dos pacientes não buscam os medicamentos que a Justiça obriga o Estado a comprar

O notável historiador, ao se encontrar com jovens integrantes da TFP, perguntou se tinham tradição e patrimônio. Não tinham. O pesquisador contou a história a Florestan Fernandes... rindo muito
[caption id="attachment_69307" align="alignright" width="214"] Livro resgata a história de Nem, o traficante barra-pesada da Rocinha[/caption]
O jornalista e historiador Misha Glenny é autor de um livro muito bom, “McMáfia — Crime Sem Fronteiras” (Companhia das Letras, 464 páginas, tradução Lucia Boldrini). Uma das histórias mais espetaculares diz respeito a um golpe aplicado por nigerianos contra o Banco Noroeste, das famílias Simonsen e Cochrane, entre 1995 e 1997. Os africanos lesaram o banco em 242 milhões de dólares. Os banqueiros patropis, torrando uma fortuna com advogados, conseguiram bloquear parte mas não todo o dinheiro.
Misha Glenny volta às livrarias brasileiras com o livro “O Dono do Morro — Um Homem e a Batalha Pelo Rio” (Companhia das Letras, 360 páginas, tradução de Denise Bottmann), sobre o traficante de cocaína Nem da Rocinha, preso pela polícia em 2011.
Num texto publicado no site da Companhia das Letras (ainda não tive acesso ao livro), o jornalista João Moreira Salles assinala que Misha Glenny veio ao Brasil, conversou longamente com Nem e pesquisou sua história e a vida no morro. Nem, quando preso, era o mal encarnado, o homem mais procurado do Rio de Janeiro.
Na versão de Misha Glenny, um homem “subiu o morro como” Antônio Francisco Bonfim Lopes, então uma pessoa de bem, “e desceu como Nem”, o traficante violento e eficiente. As histórias dos traficantes dos morros cariocas são todas parecidas, mas o que o jornalista fixa é a especificidade da história de Nem — o momento de sua conversão à bandidagem.
Darcy Ribeiro, mencionado por João Moreira Sales, disse que o Brasil é uma máquina de moer gente.
Em 1999, numa escola de Columbine, nos Estados Unidos, dois jovens, Eric Harris e Dylan Klebold, mataram várias pessoas e, em seguida, suicidaram. A tragédia, que resultou em filme e documentário de sucesso, provocou comoção no país. Sai agora no Brasil o livro da mãe de Dylan, Sue Klebold, “O Acerto de Conta de uma Mãe — A Vida Após a Tragédia de Columbine” (Verus Editora, 304 páginas, tradução de Ana Paula Doherty).
Não se trata de um livro-lamento, de uma mãe que busca perdão para si, e sim de uma procura dos possíveis motivos que levaram Dylan a se tornar um assassino. O livro é recomendado pela psicanalista Candice Marques de Lima e pelo jornalista Iuri Rincón Godinho.

Levado pelo Corpo de Bombeiros, ele foi levado para o Hugol. Além do calor, pode ter ficado emocionado