Por Euler de França Belém

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Patrícia Poeta, que deixa o Jornal Nacional no próximo mês, não tem como desmentir fofocolândia

i3Ao anunciar sua saída do “Jornal Nacional”, Patrícia Poeta se tornou alvo de fofoca em jornais, blogs e redes sociais. Seu dilema é: como desmentir o que não é verdadeiro? Não é possível, porque, se entrar neste debate infrutífero, só vai alimentar o submundo da internet. Às vezes um charuto é só um charuto, mas os maliciosos podem sugerir que é um símbolo fálico. Patrícia Poeta pode ter decidido sair do “Jornal Nacional” porque queria mesmo fazer outra coisa (apresentar um programa de variedade, como disse), talvez, de sua perspectiva, menos desgastante. Jornalismo, para quem se dedica integralmente à profissão, suga até a alma. É provável que sua irmã, ao dizer que ela só quer ser feliz, tenha razão. O que ocorreu com Poeta e William Bonner — disseram que puxou o tapete da colega — indica, como sugere a jornalista e escritora Janet Malcolm, que a profissão de jornalista é mesmo indefensável. Contaram, até, que Poeta comprou um apartamento por 23 milhões de um empresário que teria mantido contato com Fernando Cavendish e Carlos Cachoeira. Porém, se o dinheiro era/é a da jornalista, cadê o crime? Mas claro que o fato é notícia, aqui e em qualquer lugar. O problema são as ilações.

Lei da oferta e da procura: livros de Patrick Modiano saltaram de 4 reais para 50 reais

O escritor francês Patrick Modiano ganhou o Prêmio Nobel de Literatura de 2014. Acessei o Estante Virtual e seus livros estavam sendo vendidos a 4 reais (comprei vários por 150 reais). Mais tarde, voltei ao site e os preços haviam sido alterados. A maioria já valia mais de 50 reais. É a tal lei da oferta e da procura do capitalismo.

Jeff Bezos quer revolucionar acesso ao jornal “Washington Post”

O chefão da Amazon, Jeff Bezos, comprou o “Washington Post”, o jornal que provocou a queda do presidente Richard Nixon, por 250 milhões de dólares. Os jornais americanos são regionais. O “Post” e o “New York Times” circulam em todo o país, mas em muitos Estados são menos relevantes do que os jornais locais. É a regra em países gigantes, como Estados Unidos e Brasil. Porém, provando que não está brincando, Bezos assegura que vai aumentar a presença nacional do “Post”, a casa editorial do mítico repórter Bob Wo­odward, de 71 anos. Bezos disse à “Business Week” (cito a partir do Portal Imprensa) que pretende produzir o “Post” no formato “digital com ajuda da Amazon. A ideia é criar um aplicativo gratuito que poderá ser lançado ainda neste ano no novo tablet da varejista, o Fire HDX 8.9”. Segundo o Portal Imprensa, “o novo serviço deve oferecer uma curadoria de notícias e imagens do jornal em um formato de revista específico para tablets. A publicação informa também que os planos de Bezos incluem lançamento de aplicativos para iPad e tablets Android, que funcionariam por um sistema de assinatura mensal. A ferramenta é desenvolvida por um grupo do jornal que integra o projeto intitulado ‘Rainbow’, comandado pelo ex-editor chefe do site Salon Kerry Lauerman”. O “Pop”, que faz mudanças cosméticas e desconectadas das mudanças globais, deveria mirar-se, guardadas as proporções, no exemplo do “Post”.

Saída de repórteres experimentadas sinaliza para desmanche da redação de O Popular

A repórter-fotográfica Cristina Cabral deixou o “Pop” na terça-feira, 7. Ela trabalhou quase 27 anos no jornal. “Sentirei muita falta, mas estava na hora de mudar”, escreveu a profissional no seu Facebook. Ela acredita que “sempre” se “tem um novo caminho”. Na semana anterior, a competente Carla Borges, depois de quase 19 anos de “Pop”, pediu demissão. Mais dois repórteres do jornal estão prestes a pedir demissão. Sem que os editores reajam, está se processando um desmanche da redação. Todos sugerem que a empresa paga mal e não investe na qualificação dos repórteres. Outros dizem que a editora-chefe Cileide Alves elegeu os “campeões” — como Fabiana Pulcineli e Márcio Leijoto — e só eles têm um salário um pouco melhor.

Jornal não percebe que objetivo do quociente eleitoral é fortalecer os partidos políticos

O “Pop” publicou uma reportagem para dizer que apenas dois políticos foram eleitos para deputado federal com os próprios votos — o delegado Waldir Soares, do PSDB, e o deputado estadual Daniel Vilela, do PMDB. O que o jornal não diz é que isto ocorre em qualquer lugar do país — e não é nenhuma novidade. O principal objetivo do quociente eleitoral é fortalecer os partidos políticos.

Entrevista de Tayrone di Martino ao Jornal Opção inspira o Pop, o primeiro a chegar atrasado

Na quinta-feira, 9, o “Pop” publicou extensa entrevista do vereador Tayrone di Martino, esquecendo-se que uma entrevista idêntica havia sido publicado pelo Jornal Opção Online há mais de uma semana. O jornal da família Câmara adora ser o primeiro a chegar atrasado.

Escoimar adjetivos e advérbios dos textos é empobrecê-los, é retirar a carne e deixar a secura dos ossos

O jornalismo não aprecia o uso de adjetivos e advérbios. Os manuais de redação são “ricos” em orientações para evitá-los. Porém, todos sabemos que a vida seria insossa, sem vida, sem adjetivos e advérbios. Um livro não poderia ser “belo” e “delicioso”, tampouco “muito bom”. Escoimar adjetivos e adjetivos dos textos, para conferir suposta precisão às informações, é como arrancar a carne de um frango e deixar apenas os ossos. Fica tudo muito seco — indolor, incolor e um bolor. Claro que o uso abusivo de adjetivos e advérbios cria exageros, mas a falta deixa artigos e reportagens mais frios e, mesmo, mais tristes.

Jornal Nacional pode ter primeira apresentadora negra em sua história

i1A assessoria de imprensa da TV Globo nega, mas o sempre bem informado Portal Imprensa sugere que a jornalista Maria Júlia Coutinho, de 36 anos, “poderá ser a primeira apresentadora negra a ocupar a bancada do ‘Jornal Nacional’”. A mudança estaria programada para o próximo ano. Na TV Cultura, ao lado de Heródoto Barbeiro, Maria Júlia Coutinho apresentou telejornais. Portanto, tem experiência com a apresentação de notícias. A jornalista é tão bonita quanto Patrícia Poeta. Talvez (até) mais. Heraldo Pereira é, até agora, “o único jornalista negro” a apresentar o “Jornal Nacional”. Mas não é o titular. Ele apresenta o “Jornal Nacional” aos sábados e cobre férias dos titulares, como William Bonner. É competente, mas falta-se a segurança de Bonner. Este, mesmo quando está lendo no teleprompter, parece que está comentando a notícia, tal o domínio que tem do meio tevê. O Portal Imprensa conta que, quando Fátima Bernardes deixou o “Jornal Nacional”, para se dedicar ao mais lucrativo e menos cansativo ramo do entretimento, a Globo cogitou colocar em seu lugar a jornalista Glória Maria. Não é praxe, porém, a Globo colocar jornalistas mais velhos na apresentação de notícias.

Ibope e Datafolha: Aécio Neves seria presidente do Brasil. Se a eleição fosse realizada hoje

Os institutos Ibope e Datafolha publicaram pesquisas de intenção de voto para presidente na quinta-feira, 9. Se a eleição fosse realizada hoje, o presidente do Brasil seria o tucano Aécio Neves – com 51% dos votos válidos. A presidente Dilma Rousseff teria 49%. Desconsiderando os votos válidos, o senador mineiro tem 46% e a petista aparece com 44% – caracterizando um empate técnico. Os números do Ibope e do Datafolha são idênticos. Os números são mais positivos para Aécio Neves. Porque o tucano terminou o primeiro turno em segundo lugar e, logo na primeira pesquisa, aparece superando Dilma Rousseff. Os dados divulgados pelo Ibope e pelo Datafolha mostram que Aécio Neves está em ascensão e pode crescer mais nas próximas pesquisas. Os números da presidente, numa eleição polarizada, indicam estagnação. É como se o eleitor pensassem assim: “Dá para derrotar a presidente da República? Então vamos derrotá-la”. No primeiro turno, Aécio Neves obteve 33,55% dos votos. Agora, portanto, subiu 12,45%. Dilma Rousseff recebeu 41,59%. Agora, subiu 2,41%. A diferença é considerável. Na pesquisa do Ibope, 4% dos entrevistados estão indecisos. Na do Datafolha, são 6%. 4% disseram que vão votar em branco ou anular o voto – nas duas pesquisas. O Ibope ouviu 3.010 eleitores em 205 cidades do país, entre os dias 8 e 9 deste mês. O Datafolha entrevistou 2.879 pessoas, entre os dias 8 e 9 de outubro. As pesquisas estão registadas no TSE

Vanderlan Cardoso não coloca obstáculo e PSC de Joaquim Liminha declara apoio a Marconi Perillo

O PSC tem três prefeitos e mais de 80 vereadores. Seu presidente, Joaquim Liminha (foto), é um dos políticos mais ligados ao candidato derrotado do PSB a governador de Goiás, Vanderlan Cardoso. Os dois são carne e unha. A mulher de Vanderlan é uma das principais dirigentes do partido. Mesmo não tendo declarado voto no candidato do PSDB a governador, Marconi Perillo, optando pela neutralidade, Vanderlan liberou seus aliados para apoiar o tucano-chefe. Ele não colocou nenhum obstáculo. Frisou apenas que, como tem projetos políticos para o futuro, seria mais adequado manter-se afastado tanto de Iris Rezende quanto de Marconi. Ele destacou que, na campanha, apresentou-se como “diferente” e como alternativa à polarização Marconi X Iris e que, por isso, não tinha como apoiar nenhum dos dois. Joaquim Liminha disse ao Jornal Opção que o PSC vai anunciou apoio ao governador Marconi Perillo na sexta-feira, às 16h30, na sede do partido, na Rua 88, esquina com a Rua 119, no Setor Sul, em Goiânia. “Nós vamos apoiar o candidato do PSDB em bloco.” Marconi estará presente no ato de adesão. “Conheço Marconi há vários anos e o PSC entende que ele faz um governo moderno e republicano”, afirma Liminha. “Marconi está zelando muito bem do Estado. As rodovias que saem de Goiânia estão duplicadas e há obras em todo o Estado.” Goiás, na opinião de Liminha, “vai muito bem. O candidato de oposição, Iris Rezende, não é moderno e tem mais a ver com o passado do que com o presente e o futuro”. Ao lado de Liminha estará o prefeito de Senador Canedo, Misael Oliveira (PDT), que vai declarar apoio à candidatura de Marconi. O PDT em peso já está na campanha do tucano-chefe. A terceira candidata a deputada federal mais bem votada deste ano, Flávia Morais, é a principal líder do PDT em Goiás. Ela está com Marconi desde o primeiro turno.

Preso com mais 116 mil reais em aeroporto é ligado ao petista Fernando Pimentel

A Polícia Federal revela que Marcier Trombiere Moreira, preso no Aeroporto de Brasília na terça-feira, 7, com 116 mil reais trabalhou na campanha do governador eleito de Minas Gerais, Fernando Pimentel, do PT. Funcionário aposentado do Banco do Brasil, Moreira havia saído do Ministério das Cidades em julho deste ano. O Ministério das Cidades divulgou uma nota a respeito do caso: “A pessoa identificada como passageiro de um jatinho abordado pela Polícia Federal na noite de terça-feira, em Brasília, não pertence ao quadro de funcionários do Ministério das Cidades. Há três meses ela foi exonerada, a pedido, das funções que exercia neste ministério. Qualquer atitude desta pessoa tem cunho e caráter pessoal sem nenhum vínculo com o Ministério das Cidades”.

Bases querem que Vanderlan apoie Marconi Perillo. Mas Ronaldo Caiado manda no empresário?

Se Vanderlan Cardoso (PSB) é um político que respeita suas bases eleitorais, se acata a decisão da maioria interna, então apoiará a candidatura do governador Marconi Perillo, do PSDB. PSB e PSC querem apoiar o tucano-chefe. Se acatar a pressão de líderes de outros partidos, como o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM), apoiará Iris Rezende, o candidato do PMDB ao governo. As bases “mandam” mais ou, então, Vanderlan é teleguiado por Caiado? No entanto, se pensar exclusivamente no seu futuro político, Vanderlan certamente não apoiará Iris. Imagine se o peemedebista optar por disputar a Prefeitura de Goiânia em 2016 ou então colocar sua filha Ana Paula para ser candidata a prefeita de Senador Canedo? O líder do PSB sabe, por certo, que Iris não cumpre acordos. Henrique Meirelles e Júnior Friboi estão aí para prestar um testemunho qualificado sobre como o peemedebista-chefe age.

Homem ligado ao petista Fernando Pimentel é preso em Brasília com 116 mil reais

O repórter Jailton de Carvalho, de “O Globo”, relata que a Polícia Federal apreendeu na terça-feira, 7, no Aeroporto Internacional de Brasília, 116 mil reais em espécie com três pessoas. “Um dos detidos é um assessor do ministro das Cidades Gilberto Magalhães Occhi, que levava R$ 4 mil. Os outros dois homens estavam com o restante do dinheiro. Os três foram levados para prestar depoimento na Superintendência da PF.” Na verdade, Marcier Trombiere Moreira não trabalha no Ministério das Cidades desde julho deste ano. Ele estava na campanha de Fernando Pimentel, governador eleito de Minas Gerais. Como de hábito, a Polícia Federal vai colher depoimentos de pessoas que dizem: “Eu não sabia de nada”. É a resposta padrão tanto de Lula da Silva quanto da presidente Dilma Rousseff.  

Jornalista e músico denuncia terrorismo do Siqueirismo no Tocantins

Nilo Alves Na semana passada, vésperas das eleições, passei por momentos de terror, enquanto eu revisava material para a próxima edição do Jornal Página Aberta. Não sei se foi por causa de uma edição grande que soltamos, desmentindo sobre o caso do avião com R$ 500 mil, que começaram uma sucessão pedradas no telhado do jornal por volta de 1h da manhã e sucessivamente ligavam em todos os meus números de telefones me ameaçando de morte e dizendo que iríamos perder as eleições e que, após as eleições, iriam fazer churrasquinho do meu corpo e incendiar o jornal. Liguei para a polícia, ninguém veio me socorrer, e, enfim, amigos mandaram duas pessoas para passar o resto da noite comigo. Não consegui falar com ninguém da assessoria da campanha de Marcelo Miranda naquela noite, pois, mesmo se eu tentasse ligar, eles não atenderiam ao telefone, pois todos os celulares e computadores da imprensa que acompanhava as eleições de Marcelo Miranda estavam grampeados, era uma dificuldade para comunicarmos uns com os outros — até mesmo através de mensagens tínhamos que economizar palavras. Terrorismo total. Os milicos da turma do Siqueira e Sandoval botaram quente em nível de perseguição. Eles seguiam a gente nas ruas, filmavam e fotografavam os nossos movimentos. Meu Deus, até parecia que se repetia-se a ditadura militar do golpe de 64. Foi uma guerra psicológica cruel que eles adotaram desta vez, através de meios tecnológicos no Tocantins, principalmente em Palmas. Às 2h da madrugada passaram numa camionete plotada com cartazes do candidato a governador, Sandoval Cardoso, e jogaram mais pedras e uma garrafa cheia de querosene no telhado do jornal. Foram quebradas 25 telhas, chovia muito e tivemos prejuízos consideráveis naquela noite macabra. Tive medo no início, porém um dia após foi selada a vitória de Marcelo Miranda governador e tudo voltou a normalidade. Será que já está tudo normal, ou eles vão repetir a dose?... Nilo Alves é músico e jornalista.

Guilherme de Pádua matou atriz da Globo e agora pode processar o Google

Daniella Perez era uma bela atriz e bailarina — filha da autora de novelas da TV Globo Glória Perez — quando foi assassinada pelo, na época, ator Guilherme de Pádua e pela então mulher deste, Paula Nogueira Thomaz. Daniella Perez, de 22 anos, tinha uma carreira promissora, pois era talentosa. Guilherme de Pádua foi preso e condenado pelo assassinato, ao lado de sua ex-mulher Paula Nogueira Thomaz. Eles cumpriram a pena e estão livres. Agora, segundo o jornal “O Dia”, o ex-ator confidenciou a um amigo que pretende processar o Google, o mais acessado site de busca do mundo, com o objetivo de “limpar” seu nome. “Guilherme costuma dizer que já pagou o que devia na Justiça”, relata o colunista Léo Dias. O objetivo da ação supostamente é retirar da internet as reportagens sobre o assassinato. Mas ele não quer, afirma o jornalista, que a ação ganhe repercussão, como se isto fosse possível. Léo Dias destaca que “o ator teme que Glória Perez, mãe de Daniella, mobilize a população e seu processo contra o Google não vá adiante”. O jornalista acrescenta: “Desculpa, Guilherme. Mas, a essa hora, a novelista já sabe de sua intenção”. Guilherme de Pádua deixa de perceber que, quanto mais mexe no caso, mais amplia a cobertura dos jornais e os sites de busca passam a ter mais material para divulgar para os leitores. Se estiver sendo orientado por advogados, na questão do processo contra o Google — e se isto realmente for verdadeiro —, Guilherme de Pádua deveria trocar de profissional. A situação pessoal de Guilherme de Pádua parece que não é muito boa, pelo menos é o que sugere “O Dia”. “Guilherme é réu num processo de execução fiscal”, no qual “é cobrado ao ator o valor de R$ 5.970 de um tributo. A briga judicial corre na comarca de Belo Horizonte, cidade onde Guilherme mora atualmente. Um oficial de justiça tentou citar o ator, mas ele não foi encontrado em sua casa”, informa o jornal do Rio de Janeiro. A pendenga judicial contra o Google, um gigante internacional, pode não ser uma boa ideia. Seu caso, longe de sair da mídia, tende ganhar maior repercussão. Guilherme de Pádua talvez não saiba que o Poder Judiciário não pode ser usado para apagar a história dos indivíduos. A história de Guilherme de Pádua, mesmo ele tendo cumprido a pena, inclui o assassinato brutal da atriz Daniella Perez. Pode ser que ele seja um cidadão de bem hoje, mas a mancha do passado não tem como ser apagada. Mas é claro que o ex-ator tem direito de reconstruir sua vida em todos os aspectos e todos, inclusive a imprensa, devem entender isto.