Por Euler de França Belém

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Novo portal do GJC chama de inovador produto comum e deixa em segundo plano marca de O Popular

Iúri Rincon Godinho Especial para o Jornal Opção O fato do “Pop” lançar uma plataforma para dispositivos móveis na sexta-feira, 3, com o nome “Expresso O Popular” (o primeiro bem grande, o segundo pequenininho e apagado), mostra como o jornal parece perdido, quase à deriva. Não há sentido em desprezar uma marca com quase 80 anos, consolidada e forte, para investir num nome novo. A não ser que essa mesma marca tenha envelhecido e se enfraquecido. Há décadas o “Pop”, um jornal sisudo, parece ter perdido o contato com a juventude. Mas isso não é exclusividade só dele, já que os jovens mudaram o modo como consomem informação. Combalido, minguado com meros 33 mil exemplares diários (dados do IVC) para um Estado de mais de 6 milhões de habitantes, com poucos anúncios e um caderno de “Classificados” quase inútil num mundo digital, o “Pop” parece agonizar a cada manhã à mesa de seus poucos anunciantes — se comparada a circulação com a proporção de habitantes. Sem conseguir segurar seus grandes repórteres, a publicação pode estar caindo, mas cai com o nariz empinado. Na campanha eleitoral, um anúncio de 10 centímetros de altura por 10 de largura custava quase 5 mil reais. E o jornal obrigava o candidato a publicar no mínimo três vezes. Ou seja, um investimento de praticamente 15 mil reais. No mesmo dia que anunciou o “Expresso”, tinha apenas seis anunciantes candidatos. Na mesma data circulou um caderno das eleições com 12 páginas e mais oito candidatos anunciantes, menos de um por página. Tirando esses, no primeiro caderno, o mais nobre, apenas dois anúncios da iniciativa privada. Na contramão do mundo digital, o “Pop” na internet cobra para acessar o conteúdo. Quem você conhece, caro leitor, que paga para ler notícia na internet? Ainda mais em Goiás, quando os diários “O Hoje”, “Diário da Manhã” e o semanário Jornal Opção oferecem todas as páginas gratuitamente. E o Jornal Opção Online faz ampla cobertura diária dos fatos. As decisões do Grupo Jaime Câmara para o jornal já parecem bastante ruins mas talvez tenham piorado. A marca do novo produto, o Expresso, é uma óbvia xícara de café, mesmo que o aplicativo não tenha nada a ver com café e a imagem não remeta em momento algum para informação. O nome é comum. Coloque no Google e veja a profusão de publicações chamadas Expresso em todo o mundo. Isso faz com que até o “Pop”, criado em 1938, seja mais criativo do que o nome do aplicativo digital de 2014. Na matéria de apresentação do “Expresso”, ele é chamado de “produto inovador”. Mas onde está a inovação num portal de notícias? Hoje qualquer entidade da iniciativa privada ou órgão público pode ter um portal de notícias “inovador” com suas assessorias de imprensa e um desenvolvedor de software que se encontra aos montes nas empresas digitais. Uma empresa de comunicação tratar como “inovador” notícias gratuitas para internet, o nosso arroz com feijão, só demonstraria o quanto o rumo do Grupo Jaime Câmara ainda terá de caminhar e mudar para ser chamado de realmente inovador. Iúri Rincon Godinho é editor da revista “Marketing em Goiás”.

Para o País e mesmo para Goiás, O Popular passa a impressão de que está fora da internet

Em países continentais, como Brasil e Estados Unidos, é muito difícil a existir jornais de fato nacionais. Alguns, como “Folha de S. Paulo”, “O Globo” e “O Estado de S. Paulo”, tentaram, durante muito tempo, se tornar jornais nacionais, fisicamente, quer dizer, circulando principalmente nas capitais e em cidades maiores dos Estados. Mas nunca conseguiram fazer uma cobertura atenta do país, dadas as dificuldades de se manter sucursais e mesmo correspondentes isolados em todos os Estados. Com a internet, todos os jornais, não apenas os de maior estrutura, puderam chegar a leitores de todo o País. Porém, como bloqueiam o acesso — liberado apenas para assinantes —, deixam de ser lidos nos Estados (e mesmo em suas bases). Mas a assinatura, em geral com custo reduzido, facilita o acesso aos jornais. O problema é que, na internet, as pessoas cobram informação livre, não paga, o que, do ponto de vista comercial, da sustentabilidade dos veículos (com estruturas físicas dispendiosas), é, no momento, impossível. O “Correio Braziliense” tenta, há alguns anos, se tornar um jornal “nacional”, com notícias produzidas em outros Estados. Nem sempre consegue, mas, quando tenta, o faz com competência, publicando reportagens de qualidade. Com a internet, universalizou-se como os demais jornais. O caso do “Pop” é diferente. O jornal goiano, embora produzindo um jornalismo de qualidade, nunca tentou ser nacional e não consegue ser nem mesmo regional. Sua influência não se estende a Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Brasília e Tocantins, espécie de Estado-irmão de Goiás, e sempre circulou mal na sua própria base, dados o tamanho do Estado e à falta de uma política de cobertura daquilo que ocorre nos municípios. Com a internet, o “Pop” poderia ter se tornado um jornal estadual, regional e nacional. Porém, para conquistar (ou manter os atuais) assinantes, notadamente em Goiás, o “Pop” fechou seu site. Se tivesse um portal azeitado, como “O Globo”, “Folha de S. Paulo” (UOL), “O Estado de S. Paulo” e “Correio Braziliense”, o “Pop” poderia ter fechado inteiramente o jornal e os leitores reclamariam menos. Entretanto, sem um portal convidativo e abrindo poucas reportagens, o jornal goiano ficou basicamente circunscrito a Goiânia e alguns municípios. Fica-se com a impressão de que o “Pop” está fora da internet, o que não procede. O jornal está na internet, mas só pode ser acessado por assinantes. Mas como e por que um leitor do Rio de Janeiro ou de Rondônia vai assinar um jornal meramente regional, que não cobre com equipe própria os fatos nacionais — antes, reproduzindo a produção das agências de notícias, que é publicada em todos os jornais do País —, se pode assinar a “Folha de S. Paulo” e “O Globo”, que apresentam uma cobertura “nacional” mais abalizada? O “Pop” está perdendo terreno em Goiás, e vai perder cada vez mais, para jornais com estruturas bem menores.

Zezé Di Camargo e ex-mulher brigam em público e não querem que a imprensa divulgue

[caption id="attachment_16915" align="alignleft" width="300"]Zezé Di Camargo e Zily Godói: parece que os dois estão se  divertindo na rede social? | Fotos: Divulgação Zezé e Zilu : parece que os dois estão se divertindo na rede social? | Fotos: Divulgação[/caption] O cantor e compositor Zezé Di Camargo, sua namorada, Graciele Lacerda, sua ex-mulher, Zilu Godói, e o cantor Gian, da dupla com Giovani, trocam palavras ferinas pelas redes sociais e, depois, todos ficam se recriminando — em busca de um bode expiatório. Gian chegou a sugerir que teve um AVC ao ler críticas de Zezé Di Camargo à sua mulher — o que não parece crível. O AVC foi mesmo comprovado por médicos do Hospital Albert Einstein, mas a causa possivelmente não tem a ver com os petardos do artista goiano. Zezé Di Camargo alfinetou Zilu Godói, sugerindo que estaria tentando atrapalhar seu relacionamento com Graciele Lacerda. Esta sugeriu que a ex do cantor estaria com dor de cotovelo. Em seguida, o artista e a empresária apareceram abraçados, sugerindo que a crise estava “resolvida”. Até a próxima crise “artificial”, é claro. Todos reclamam da fofoca estampada pelos jornais, mas se esquecem que eles próprios são responsáveis por gerar as “informações” nas redes sociais, que, obviamente, são fontes “privilegiadas”.

Justiça libera biografia que diz que o cangaceiro Lampião era gay

[caption id="attachment_16910" align="alignleft" width="300"]LMAPI_O A pedido da família, magistrado de Aracaju proibiu a circulação do livro “O Mata Sete”, que tem Lampião como protagonista | Foto: Reprodução[/caption] Saber que Lampião era heterossexual ou homossexual muda sua história? Os historiadores terão de refazer seus livros sobre o rei dos cangaceiros? O bandoleiro continua o mesmo, não muda um centímetro devido à sua sexualidade. Permanece mais estudado, até no exterior — um dos mais importantes historiadores ingleses, Eric Hobsbawm, se interessou por suas ações, apresentando-o como uma espécie de “bandido social” —, do que muitos políticos brasileiros. A pedido da família, um magistrado de Aracaju proibiu a circulação do livro “O Mata Sete”, do juiz aposentado Pedro de Morais. A obra, censurada há três anos, foi liberada pelo Tribunal de Justiça de Sergipe. Morais sustenta que Lampião era homossexual. O relator do processo, o desembargador Cezário Siqueira Neto, escreveu: “Não é demais repetir que, se a autora da ação sentiu-se ‘ofendida’ com o conteúdo do livro, pode-se valer dos meios legais cabíveis. Porém, querer impedir o direito de livre expressão do autor da obra, no caso concreto, caracterizaria patente medida de censura, vedada” pela Constituição. Siqueira Neto frisou que não cabe ao Judiciário restringir a liberdade de expressão. “Cabe, sim, impor indenizações compatíveis com ofensa decorrente de uma divulgação ofensiva. As pessoas públicas, por se submeterem voluntariamente à exposição pública, abrem mão de uma parcela de sua privacidade, sendo menor a intensidade de proteção”, destacou o desembargador. O advogado Wilson Winne de Oliva, que representa duas netas de Lampião, diz que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal, onde dificilmente terá condições de derrubar a decisão da Justiça de Sergipe. Pedro de Morais, que tem mil exemplares em sua casa e uma encomenda de mais de 10 mil exemplares, não decidiu se vai pôr a biografia nas livrarias. Ele vai conversar com seu advogado, pois teme novas ações.

Defensores de cachorros não devem exigir censura de artigo do jornalista André Forastieri

[caption id="attachment_16906" align="alignleft" width="200"]image André Forastieri: autor de artigo sobre os donos às vezes cuidam mal de seus cachorros | Foto: Portal dos Jornalistas/Reprodução[/caption] O homem, mesmo quando não religioso, matou Deus e postou-se como centro do universo. Deus é apenas uma espécie de instrumento que lhe garante a superioridade e, mesmo, impunidade. Num mundo “humanocêntrico”, as demais espécies são descartáveis. “Salvar” a humanidade significa isto mesmo: “salvar” os homens. As demais espécies merecem um rodapé-obituário na história da ciência. Uma discussão clássica de como e por quê o homem se tornou o deus da Terra pode ser encontrada no livro “Cachorros de Palha” (Record, 255 páginas), do filósofo inglês John Gray. Trata-se de um ensaio brilhante, sem uma gota de pieguice. O escritor Jonathan Safran Foer escreveu um livro de não-ficção, “Comer Animais” (Rocco, 319 páginas, tradução de Adriana Lisboa), no qual mostra o que acontece nos frigoríficos e granjas. É difícil não usar a palavra “monstruoso”. Diante de estudos sérios, como os de John Gray e Safran Foer, só resta dizer que o artigo “Seu cachorro é burro e você é porco”, de André Forastieri, é apenas uma diatribre com o objetivo de provocar polêmica. “O que desprezo é esse monte de donos dos cachorros folgados e porcalhões. Se você quer tratar seu bicho como gente, divirta-se na sua patetice. Quer impingir sua prepotência ao resto de nós, o animal é você”, afirma o jornalista, no artigo publicado no portal R-7. Imediatamente, organizações que defendem os animais, notadamente cachorros, passaram a cobrar que o artigo fosse excluído do portal. O texto, de fato, é pobre, mas há mesmo proprietários de cachorros que são “folgados” e, admito, “porcalhões”. Ademais, trata-se da opinião do autor. Censurá-lo é de uma estultice das mais primárias. Vive-se numa democracia, no Brasil, mas quase sempre tem alguém sugerindo que o Estado porte-se como ditador. Os que discordam de André Forastieri devem rebatê-lo, até duramente, mas não devem pedir ou exigir a supressão do artigo. “Minha Luta”, de Adolf Hitler, é um livro deplorável, mas, no lugar de proibir sua circulação, é mais saudável que seja lido e criticado. O mal não desaparece porque o Estado, por meio da censura, o “esconde”.

Katteca é genial, mas Britvs precisa ter mais cuidado com a Língua Portuguesa

kateca0001Não há dúvida de que a principal estrela do “Pop” é a personagem Katteca, criação do Britvs. Dotado de um humor fora de série, usando a ficção para ressaltar a complexidade da realidade (agruras e prazeres) e usando a realidade para sublinhar o que há de ficcional (fantástico) em quase tudo, Britvs, com seu indiozinho esperto e atento às coisas do mundo, puxa os leitores, todos os dias, para seus quadrinhos. Pode-se dizer que, às vezes, o editorial do jornal está na fala da personagem. Katteca nos faz rir de tudo, do que é cômico e do que é trágico. De algum modo, Britvs nos torna mais saudáveis e suaves ao sugerir que é possível rir não apenas do que é cômico. Porém, mesmo gênios espontâneos, como Britvs, precisam de revisão. (O grande poema “A Terra Devastada”, de T. S. Eliot, foi revisado e, aqui e ali, editado pelo poeta e crítico Ezra Pound. Eliot, criterioso com seus poemas e raramente aceitando críticas, acolheu os comentários de Pound e mudou alguma coisa no mais importante poema do século 20.) Na quinta-feira, 2, ao realçar que o endividamento dos brasileiros é generalizado e que até os ricos, para manter o padrão de vida, recorrem ao penhor da Caixa Econômica Federal, Britvs — que é e não é o Katteca (a personagem às vezes domina o criador, numa espécie de pacto faustiano) — comete alguns erros, não percebidos pela editora do caderno “Magazine”, Rosângela Chaves. Uma mulher, vestida de azul (noutro quadrinho, o vestido já é lilás), diz: “Minha amiga Clô! Você ainda consegue abaster a sua limousine?” Lógico que “abaster” deve ser trocada por abastecer. Na tentativa de capturar o espírito dos emergentes, Britvs faz a senhora rica dizer que esteve no Nordeste, em Paris, na Suíça, em Londres e em “New York” (no Brasil, costuma-se dizer Nova York, ou Nova Iorque; é provável que os novos ricos digam “New York”). Há pelo menos dois problemas nos quadrinhos. Primeiro, Britvs escreve “depois de conhecer, Paris”. Entre conhecer e Paris não há vírgula. Segundo, ao arrolar a Suíça — e não Zurique ou Berna —, entre Paris, Londres e Nova York, fica-se com a impressão de que o criador considera o país como se fosse uma cidade. Mas talvez a Suíça surja, aí, como uma dissonância e um sinal de que os ricos têm dinheiro fora do país (os brasileiros parecem acreditar que só se deposita dinheiro de corrupção ou narcotráfico na Suíça ou em certos paraísos fiscais). Em seguida, Britvs põe a personagem para dizer: “O que mais amei foi Cancún!” — possivelmente para realçar sua perspectiva de nova rica. Numa espécie de diálogo — talvez dois monólogos, pois as duas personagens praticamente não se comunicam —, a amiga da nova rica diz: “Aah, que inveja! Mas você é poderosa né, amiga?”. Britvs é o típico autor que tem facilidade para expor a linguagem oral, para transcrevê-la com fidelidade. O “aah” pode parecer, mas talvez não seja erro. Ao acrescentar um “a”, o autor tem a intenção de ressaltar o “ah”. Mas o texto na sequência ficaria mais preciso assim, com o acréscimo de uma vírgula: “Mas você é poderosa, né, amiga?” O fecho dos quadrinhos é divertido. Depois de dizer que a vida vai bem, com limusine abastecida e viagens para o exterior, a sra. rica corre, com seu cachorrinho bem tosado, para a fila de penhores da Caixa. Fica um breve comentário: alguns jornalistas e cartunistas têm preconceito de classe contra os ricos, sempre procurando desmerecê-los, avaliando que suas fortunas não foram adquiridas honestamente? É possível. Não é mais adequado combater a pobreza — não os pobres — do que a riqueza? Por que tratar os ricos como “bandidos” e os pobres, como “santos”? São duas reduções que ajudam a compreender a pobreza e a riqueza dos indivíduos e povos? Provavelmente contribuem para aumentar a incompreensão da complexidade do real.

Diário da Manhã ignora jogo do time do Goiás no Equador

Na quinta-feira, 2, o “Pop” publicou uma reportagem precisa sobre a derrota do Goiás para o Emelec por 1 a 0. Raphaela Ferro, mostrando que entende mesmo de futebol, fez um retrato preciso da partida. A repórter frisa que graças ao goleiro Renan a vitória do time equatoriano não foi mais elástica. Há um problema, minúsculo, porque, na verdade, a jornalista está interpretando, e não sugerindo que isto aconteceu exatamente: “Na oportunidade que Mondaini teve, pouco depois, Renan tremeu, mas o atacante mandou para fora”. Vendo o jogo pela TV e sem entrevistar o jogador, como Raphaela pôde perceber que ele tremeu? “O Hoje” publicou reportagem, assinada pelo experimentado Edivaldo Barbosa. Há um problema. O repórter diz que Jordan Plata (o “Pop” escreve Jordan Jaime, como os jornais equatorianos) “fraturou a perna direita” e, em seguida, informa que “quebrou o pé”. O jornal equatoriano “El Comercio” informa que o jogador de 19 anos fraturou o pé direito. O “Pop” diz que ele fraturou “o pé”, como se tivesse apenas um pé. O “Pop” assinala que o gol ocorreu aos 42 minutos do segundo tempo. “O Hoje” garante que o gol foi feito aos 41 minutos. Já o leitor do “Diário da Manhã” ficou a ver navios. O jornal não deu uma linha sobre o jogo e, mesmo, sobre o resultado. Optou por publicar reportagens frias sobre Vila Nova e Atlético, ignorando a principal notícia do dia e sobre o time mais importante do Estado no momento, que está disputando a Copa Sul-Americana.

Bob Dylan merece ganhar o Nobel de Literatura? Só se Roth, Oates e Gullar não estivessem na fila

Bob-Dylan-005Jornais começam a especular sobre a possibilidade de o compositor e cantor Bob Dylan ganhar o Prêmio Nobel de Literatura. O pai da psicanálise, Sigmund Freud, dono de um texto primoroso, também quis ganhar o Nobel de Literatura. Levou o Prêmio Goethe, também importante, mas sem o renome da premiação da Academia Sueca. Bob Dylan merece mesmo ganhar o Nobel de Literatura? Talvez sim, se não estivessem na fila Ferreira Gullar, Philip Roth, Adonis, Joyce Carol Oates, António Lobo Antunes, Don DeLillo, Thomas Pynchon, Richard Ford, Milan Kundera, entre outros.

Livro diz que a Terra tem salvação. Mas é preciso controlar crescimento da população mundial

Contagem Regressiva — A Nossa Última e Melhor Esperança Para um Futuro na Terra“Contagem Regressiva — A Nossa Última e Melhor Esperança Para um Futuro na Terra” (Leya, 569 páginas, tradução de Alice Klesc), de Alan Weisman, é um livro inquietante, mas, como sugere o título, esperançoso. A editora diz que, “para escrever 'Contagem Regressiva', o autor Alan Weisman viajou para mais de 20 países para perguntar a especialistas quais seriam as questões mais importantes a respeito da Terra — e também as mais difíceis —, quantos seres humanos o planeta suportará sem uma desolação? Quão robusto deve ser o ecossistema da Terra para garantir a nossa existência? Podemos identificar quais outras espécies são essenciais para a nossa sobrevivência? Além disso, como podemos realmente chegar a uma população ideal e estável e projetar uma economia que permita uma prosperidade legítima sem crescimento desordenado?” Segundo release da Leya, “Weisman visitou uma extraordinária variedade de culturas, religiões, nações, tribos e sistemas políticos para descobrir o que, em suas crenças, histórias ou circunstâncias atuais pode indicar que, às vezes, é para benefício próprio limitar o crescimento populacional. O resultado é um relato devastador, urgente e profundamente esperançoso”.

História de preso que fugiu duas vezes de hospital parece extraída de um conto de Kafka

Diógenes Albuquerque, de 26, matou Simone da Silva, 28 anos, e, ferido nas nádegas, foi levado para o Hospital de Urgências de Goiânia. Mesmo algemado, fugiu duas vezes. É uma história que Kafka adoraria transpor para um conto. Na primeira página de sexta-feira, 3, o “Pop” publicou: “Preso foge duas vezes do Hugo e é recuperado”. “Recuperado”, diria Flaubert, não é a palavra precisa, justa.

Companhia das Letras relança edição revista de livro sobre Pagu. Augusto de Campos é o organizador

13720_ggPatrícia Galvão ficou famosa (depois, desapareceu) porque, além de escrever um romance proletário (“Parque Industrial”), foi mulher de Oswald de Andrade, o mais irreverente dos poetas da Semana de Arte Moderna de 1922. O livro “Pagu — Vida e Obra” (Companhia das Letras, 424 páginas), organizado pelo poeta e crítico Augusto de Campos, ajuda a compreendê-la. É um relançamento. O livro foi lançado primeiramente pela Editora Brasiliense, em 1982. A Edição da Companhia das Letras é revista e ampliada, incluindo novos textos e dezenas de fotografias e ilustrações.

Passaralho nas redações do Brasil e nos Estados Unidos

As empresas de comunicação continuam demitindo. Nos Estados Unidos, seu mais importante jornal, o “New York Times”, fez 100 demissões na redação. No Brasil, o jornal “Lance” afastou 65 funcionários (de todas as áreas), 37 deles no Rio de Janeiro (metade da equipe, segundo o Portal dos Jornalistas). A ESPN Brasil também fez demissões. Há uma crise na imprensa? A redução de custos pouco tem a ver com crise, e sim com a tentativa de elevar a lucratividade das empresas.

Antropóloga lança livro sobre acidente do césio em Goiânia

digitalizar0001Há um livro magnífico chegando às livrarias e que merece amplo debate. Muito bem escrito e pensado, “Césio-137: O Drama Azul — Irradiação em Narrativas” (Fapes/Cânone Editorial, 196 páginas), da antropóloga Suzane de Alencar Vieira, com mestrado pela Unicamp, será lançado na quarta-feira, 8, às 18 horas, na Livraria Nobel, no Shopping Bougainville. Produto de uma dissertação de mestrado defendida na Unicamp, o livro é apresentado pelos professores-doutores Maria Suely Kofes e Márcio Seligmann-Silva.

Setor cultural vê Virmondes Cruvinel como representante ideal na Assembleia

O vereador Virmondes Cruvinel (PSD) vem se consolidando como o candidato a deputado estadual com maior apoio no segmento da Cultura em Goiás. E não é para menos. O jovem político, em seu mandato na Câmara Municipal, apresentou diversos projetos que contemplam o setor. Uma das iniciativas mais elogiadas é o Projeto Arte Segura, assinado por Virmondes (foto) e pelo seu colega Eduardo de Souza (PV), que pretende implementar melhores condições de segurança em espaços culturais de Goiânia. Virmondes e Souza formaram uma comissão com representantes de vários espaços culturais da Capital para discutir sobre as situações de risco vividas por artistas, equipes técnicas e o público em geral. Situações, que segundo eles, estão se tornando críticas. Foram representados espaços culturais de várias esferas: Goiânia Ouro, Centro Livre de Artes, Gustav Ritter, Octo Marques, Teatro Goiânia, Centro Cultural UFG, Martim Cererê, Basileu França, Teatro Madre Esperança Garrido e Teatro Sesi. “Após a discussão com o pessoal, formulamos um questionário para ajudar a subsidiar a interelação entre o segmento cultural e a Secretaria de Segurança Pública”, diz Virmondes Cruvinel. O vereador também intermediou o encontro dos gestores com o titular da Pasta, Joaquim Mesquita. Nesta semana, foram encaminhados ao gabinete do secretário os relatórios sobre as condições e necessidades de cada espaço cultural. Para Virmondes, o Projeto Arte Segura surgiu de todas essas discussões e propõe uma rede de proteção e segurança a todos os envolvidos com os ofícios culturais em Goiânia – tanto público quanto artistas e profissionais da área técnica. Segundo um produtor cultural, “por ser aberto ao diálogo e ter uma postura impecável, Virmondes é uma grata revelação na política e já o consideramos como representante do setor da Cultura em Goiás”.

Tayrone di Martino: “Cansei de votar a favor de Paulo Garcia e contra Goiânia”. É o motivo da renúncia

O vereador sustenta que o PT de Goiás vive uma esquizofrenia política. O principal prefeito do partido no Estado não apoia o candidato Antônio Gomide, e sim o candidato Iris Rezende, para governador