Por Editor

Candidato do prefeito eleito Iris Rezende e bancado por grupo de vereadores novatos, o peemedebista contou com 28 votos favoráveis e apenas quatro contrários

Rosana Mesquita, mãe de Lilian Sissi Mesquita, assassinada por Tiago Henrique no dia 3 de fevereiro de 2014, afirma só esperar que os casos que ainda não foram concluídos sejam julgados o quanto antes: "A gente quer um pouco de paz"
[caption id="attachment_83362" align="alignright" width="224"] Rosana Mesquita, mãe de Lilian Sissi, evita mostrar rosto em fotos para impedir que a dor atraia mais curiosos[/caption]
Augusto Diniz
Na segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014, o telefone de Rosana Mesquita e Silva foi usado duas vezes para tentar falar com a filha mais velha, a jovem Lilian Sissi Mesquita e Silva, de 28 anos. Na primeira vez, pela manhã, a mãe ligou para Lilian por volta de 10h30 e ouviu a frase “ô mulher sumida” vinda do outro lado da ligação. Quando o marido de Rosana, Erinaldo Morais Souza Mesquita, chegou em casa, ela se despediu da filha pelo telefone.
As duas tiveram uma conversa rápida. Rosana, que trabalhava com confecção, falou para a filha que estava “em casa mexendo com umas roupas”. Naquele momento, Lilian perguntou “como que a senhora está?”, diálogo que continuou com a resposta “estou bem” da mãe. “Eu estou arrumando os meninos para levar para a escola”, contou a filha para Rosana ao telefone.
A ligação foi encerrada com um “então tá, mais tarde a gente se fala” da filha, que se despediu de Rosana. Antes da morte de Lilian, que aconteceria cerca de seis horas depois de as duas se falarem, mãe e filha se viram pela última vez na quarta-feira, 29 de janeiro de 2014.
Elas buscaram as crianças de Lilian na escola no final da tarde daquele dia, uma garota de 9 anos e um menino de 6. Os quatro fizeram o que a mãe diz ser um dos programas preferidos da filha, que era sair do colégio dos pequenos e ir à Feira dos Amigos, na Praça Abel Coimbra, no Setor Cidade Jardim, e lanchar às quartas-feiras.
Dia 3 de fevereiro
Os filhos Carlos Eduardo e Ana Carolina, que esperavam o pai, o mecânico Carlos Eduardo Valczak, hoje com 37 anos, ou a mãe buscá-los na escola, Clube dos Leões, naquela segunda-feira, acabaram indo embora com Lilian. Minutos antes, o pai havia dito à esposa que não poderia sair do trabalho naquele momento. A conversa por telefone aconteceu por cerca de 10 minutos antes do crime. Foram 11 anos de casamento até aquele final de tarde de 3 de fevereiro de 2014.
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“Eu procuro nem tentar lembrar do dia. De manhã eu liguei para ela. Eu a tinha visto na quarta-feira...” A conversa na sala da casa de Rosana foi interrompida por cerca de 30 segundos. Enquanto conversava com o repórter do Jornal Opção, a mãe de Lilian até tentou, mas as lágrimas interromperam as lembranças do dia 3 de fevereiro de 2014. Mesmo assim, pouco depois, ela continuou. “Eu tenho as imagens. Na hora (do crime), ela estava mexendo no celular e me ligando”, lembra.
Na primeira vez em que tentaram se falar, pela manhã daquela segunda-feira, Rosana e Lilian conversaram rapidamente. Por volta de 16h45, quando a filha ligou para a mãe, que havia saído para buscar roupas no Setor Rio Formoso, o celular de Rosana ficou no porta-luvas do carro. “Nossa! A Lilian me ligou”, disse na hora em que viu o registro de chamada da filha. Mas como o sinal era muito ruim onde estava, Rosana deixou para retornar a ligação quando chegasse em casa, no Condomínio Santa Rita, a aproximadamente 7 quilômetros de distância de onde havia ido.
Ninguém atendia
Mas a filha não atendeu às ligações da mãe. “Quando eu cheguei aqui em casa e abri o portão, eu retornei e ela não atendia, nem o Carlos Eduardo.” Rosana ainda não sabia o que tinha acontecido. Ela pensava que Lilian tinha buscado os filhos na escola e ido com os dois passear no shopping ou em alguma praça. “Deve que ela passou em algum lugar”, imaginou.
Erinaldo, hoje com 37 anos, já sabia que Lilian tinha morrido. Foi quando a sogra da filha de Rosana, Elaine Aparecida dos Santos, chegou à casa no Conjunto Santa Rita e, muito abalada, contou que a filha de Rosana havia sido assassinada.
A segunda ligação do dia entre Rosana e Lilian — que a mãe acabou não vendo no momento em que a filha ligou para ela — aconteceu momentos antes de um homem chegar em uma moto, apontar um revólver calibre 38 para o peito de Lilian e atirar. Segundo os policiais que estiveram no local do crime, a vítima morreu na hora.
A descrição de como o autor do homicídio teria agido seis meses depois no assassinato da adolescente Ana Lídia de Sousa Gomes, e estava em um ponto de ônibus no mesmo bairro que Lilian foi morta, a aproximadamente 800 metros de distância entre o local dos dois crimes, é bastante parecida. Um homem branco alto que desce tranquilamente de uma moto preta ou vermelha e atira contra o peito da vítima. Lilian não conseguiu buscar os filhos na escola naquela segunda-feira.
Mudança de rotina
Por motivos mais do que compreensíveis, Rosana não gosta muito de falar sobre a morte da filha, que aconteceu há 2 anos, 10 meses e 22 dias. Nos 1.056 dias depois da morte de Lilian, a mãe parou de mexer com aquela que era a sua atividade profissional e diz que tem evitado sair muito de casa. Na época da morte da filha, a casa em que mora passava por uma obra. Ela e o marido tinham se mudado para o imóvel havia dois ou três anos antes do assassinato de Lilian.
Rosana evita, inclusive, ser fotografada. “Eu trabalhava muito. Daí pra cá eu não mais dei conta de trabalhar tanto. Lugares que têm muitas pessoas eu não vou. Eu que ia às lojas, que olhava modelo de roupa. Eu parei de fazer isso.” A rotina da mãe de Lilian, que havia mudado completamente, ganhou um novo motivo de alegria com a sobrinha de 1 ano e 1 mês, a menina Ana Vitória, de quem ela passou a cuidar.
“Eu tenho a Ana Vitória hoje, que é minha filha, que eu cuidei desde os 20 dias de vida. É ela que me dá forças. Eu foco nela.” Rosana não esconde a alegria ao falar da sobrinha que fica com ela.
“Se o que ele espera é o perdão, eu o perdoo”
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Carta escrita por Tiago Henrique para a mãe de Lilian Sissi mostra um réu confesso que pode ter se arrependido do assassinato[/caption]
Os breves intervalos entre a fala de Rosana Mesquita e Silva, de 45 anos, mãe da jovem Lilian Sissi Mesquita e Silva, que tinha 28 anos quando foi assassinada, davam espaço a um silêncio na casa. Os intervalos para recuperar a voz e conseguir voltar a conversar sobre a filha eram perturbadores. Não só para Rosana, mas para todos que presenciavam o sofrimento de uma mãe que perde uma filha e ainda busca forças para contar a história quase três anos depois.
Ainda mais inacreditável é perceber que, apesar de todo o sofrimento causado pela morte da filha, ainda existe espaço para o perdão ao assassino. “Se o que ele espera é o perdão, eu o perdoo. Mas eu queria olhar para ele e ouvir dele por que ele matou minha filha.”
A vontade de Rosana de conversar frente a frente com Tiago Henrique não é novidade para o marido, Erinaldo Morais Souza Mesquita, de 37 anos, que acompanhou a busca pela solução do caso de Lilian até a prisão do assassino, hoje condenado a 25 anos de prisão por essa morte.
No dia 12 de agosto de 2016, Tiago confessou o crime, acontecido no final da tarde de 3 de fevereiro de 2014 na esquina das ruas Formosa e Buriti Alegre, no Setor Cidade Jardim. Enquanto dizia ao juiz Eduardo Pio Mascarenhas da Silva que ele era o assassino de Lilian Sissi, a revelação no Tribunal do Júri: “Tenho apenas dois desejos agora, que são amar ao Senhor sobre todas as coisas e ao próximo. Eu me submeto à Justiça”.
A declaração do réu confesso, que teve a pena pela morte de Lilian reduzida de 26 para 25 anos de prisão, por ter confessado espontaneamente a autoria do crime, revoltou Erinaldo, que se levantou e disse “você destruiu a família e agora vem se mostrar bonzinho”. “Peço desculpas, pois antes não consegui me expressar. Refleti muito e me arrependo. No momento do fato, eu estava sem controle, eu não sou tudo isso. Eu não sou esse monstro que a mídia criou”, declarou Tiago no tribunal.
Deus
Evangélica da Igreja Assembleia de Deus Fogo Santo, Rosana lembra que surtou quando ouviu Tiago falar de Deus. Hoje, quando vê alguma notícia na TV sobre uma nova condenação do responsável pela morte da filha, revela que prefere desligar o aparelho e nem ver. “Isso aí para mim não tem significado nenhum. Quantos anos ele já levou? Vai ficar nessa até quando? Deveria pôr um ponto final nessa história logo.” A vontade da mãe de Lilian é que os casos que ainda não foram concluídos sejam julgados o quanto antes.
“Para quem é das famílias e passou na pele por isso é muito doloroso. Eu estou na sala e aparece o Tiago, eu tinha que tirar meus netos da sala. Para que trazer tanto sofrimento para as famílias o tempo todo? A gente quer um pouco de paz”, reclama Rosana. A mãe de Lilia e Erinaldo precisaram, com ajuda de agentes das delegacias envolvidas na força-tarefa, ir atrás de imagens de câmeras de segurança para tentar encontrar pistas que ajudassem a solucionar o caso da filha.
O marido de Rosana conta que tiveram dificuldades em algumas lojas, nas quais os comerciantes se negaram a liberar as imagens de vídeo do sistema de segurança. “Às vezes as pessoas julgam mal pela aparência. Muitas vezes meu esposo ia de bermuda, camiseta. Até o Tiago mesmo, é um rapaz bonito, com uma pele boa. Você não falaria que ele é um criminoso”, analisa a mãe de Lilian.
Para Rosana, Tiago tinha o perfil de uma pessoa que poderia ir a um lugar 50 vezes, ir e voltar, que não levantaria suspeita em ninguém de que ele poderia ser capaz ou já teria cometido dezenas de assassinatos e outros crimes.
Bilhete
Durante o julgamento de Tiago pela morte de Lilian, o condenado entregou um bilhete ao marido de Rosana que trazia uma mensagem para a mãe da vítima. Em um papel branco escrito com tinta azul, o responsável pelo assassinato da filha dela escreveu a seguinte mensagem: “Estou intercedendo por todos e Cristo está vindo. Peço perdão. Tiago”.
Rosana lembra da beleza e alegria da filha. “Ela morreu muito cedo.” O filho mais novo falava para Lilian que ele era o homem da vida dela. E era. Como lembra a avó de Carlos Eduardo, a filha de Rosana era quem cuidava do garoto, que faz tratamento de reposição de hormônio e sofre com problemas de saúde desde o nascimento prematuro de oito meses de gestação. A filha de Lilian, Ana Carolina, também teve um início complicado. Com peso de 1,3 quilo ao nascer, a menina ficou internada quase três meses e passava por transfusões de sangue.
Nunca passou a vontade de um dia olhar para o responsável pela morte da filha e perguntar a ele o que aconteceu para levar Tiago a matar Lilian. “Eu me arrependo de não ter ido à DEIC (Delegacia Estadual de Investigações Criminais) no dia que ele foi preso.”
Netos
Depois da morte da filha, os netos ficaram com Rosana alguns meses. Mas após um tempo, eles voltaram a morar com o pai. A mãe de Lilian diz que sofre com a distância dos dois meninos da filha.
Rosana e Erinaldo dizem que muita coisa mudou quando a força-tarefa foi iniciada em agosto de 2014. Os delegados Douglas Pedrosa, Deusny Aparecido Filho, Silvana Nunes Ferreira e Eduardo Prado são nomes citados pelo casal como pessoas na Polícia Civil, além de alguns agentes, que sempre se colocaram à disposição da família para solucionar o caso da morte de Lilian.
Contato recente
Um sonho recente da filha mais nova de Rosana pode ser encarado com um caso curioso e interessante. “Essa semana a minha filha teve um sonho muito visível com ela (Lilian). Ela falou que foi muito real. Disse que deitou para dormir e de repente viu a Lilian em uma loja e ela disse ‘oi, Caca, você aqui’. ‘Nossa, Lilian, eu estava com saudade demais de você.’ A minha filha, a Camila, abraçou-a e pegou no braço dela e pediu para a Lilian não ir embora. Ela disse que tinha que ir. Quando ela acordou, disse que viu um clarão, um clarão que atravessou a minha porta do quarto e a parede. E ela acordou com o braço dormente de tanto puxar porque ela falava para a Lilian não ir e ela falava que tinha que ir.”
Cristã, Rosana acredita que a prisão de Tiago no dia 14 de agosto de 2014 pode ter sido de fato uma revelação divina à equipe que investigou os casos de mortes de mulheres naquele ano em Goiânia. Sobre a dor de tocar novamente no assunto do assassinato da Lilian, ela diz que a dor sempre vai e volta. “Eu nunca imaginei que a minha filha morreria antes de mim”, lamenta.

Para além das divergências envolvendo o nome desta importante figura para o Ocidente, uma coisa é certa: ele não apenas existiu como pode ser estudado e recomposto, mesmo após quase dois milênios de sua morte

[caption id="attachment_83191" align="aligncenter" width="620"] Ronaldo Eurípedes, presidente do TJ-TO, Marcelo Miranda e Clenan Renaut, procurador-geral de Justiça releeito[/caption]
O governador Marcelo Miranda (PMDB) prestigiou a sessão solene do Colégio de Procuradores de Justiça que empossou na sexta-feira, 16, o procurador-geral de Justiça, Clenan Renaut de Melo Pereira, para mais um mandato à frente do Ministério Público do Estado do Tocantins (MPE). O evento foi realizado na sede da instituição, em Palmas, e contou com representantes dos três poderes. Para o governador, a recondução de Clenan para mais um mandato à frente do MPE significa a continuidade do zelo indispensável às ações judiciais por parte do colegiado. “A sua experiência, alicerçada por suas diversas passagens por comarcas no interior, fará com que o exercício da Justiça continue sendo impulsionado em todas as comarcas do Tocantins.”
Marcelo Miranda ressaltou que o governo estará à disposição para atender as demandas direcionadas ao executivo. “Mesmo ciente da nossa independência e autonomia, o governo do Estado se dispõe a trabalhar em harmonia com o Ministério Público”, disse.
Ao tomar posse Clenan fez um breve retrospecto dos seus 26 anos de atuação no MPE, destacou o caráter democrático do governador ao escolhê-lo e nomeá-lo e que a experiência adquirida ao longo do tempo será elemento essencial para enfrentar os obstáculos, principalmente em decorrência do momento vivido pelo País. “Esse fator vai requerer postura mais firme e uma atuação ainda mais austera por parte do Ministério Público”, pontuou.

[caption id="attachment_83192" align="aligncenter" width="620"] Joaquim Maia, prefeito de Porto Nacional: “Vamos fazer um grande mutirão”[/caption]
O governador Marcelo Miranda (PMDB) recebeu na segunda-feira, 19, o prefeito eleito de Porto Nacional, Joaquim Maia (PV), que cobrou do chefe do Executivo a implementação das obras da nova ponte sobre o Rio Tocantins e do Hospital Universitário, no município. Ao apresentar as reivindicações, o pevista estava acompanhado dos deputados estaduais Paulo Mourão (PT) e Valdemar Júnior (PMDB). De acordo com o prefeito eleito, o governador comentou sobre as ações do Palácio Araguaia em relação aos pleitos, destacando o esforço para atender as demandas e se comprometendo a dar prosseguimento.
Os deputados estaduais aprovaram em abril deste ano um empréstimo de aproximadamente R$ 142 milhões para a construção de uma nova ponte sobre o Rio Tocantins, em Porto Nacional. A estrutura antiga está condenada. Ela foi construída em 1970 e está parcialmente interditada desde setembro de 2011 por causa de problemas estruturais.
A ponte liga o tráfego da TO-050, pelo trevo da TO-255 com a TO-070, até a BR-153. Na licitação aberta em 2014, para contratar a empresa, consta que a vencedora ficará responsável pelos serviços de terraplanagem e pavimentação de 1.488 metros de extensão.
Atendendo a um pedido do prefeito eleito, na reunião o deputado Valdemar Júnior apresentou ao governador um requerimento para que o Estado disponibilize para Porto Nacional máquinas para um período de 60 dias, a partir de janeiro, entre elas uma patrol, uma pá-carregadeira, uma retroescavadeira de esteira e dois caminhões basculantes. O requerimento é para atender à ação que Joaquim Maia irá implementar já nos primeiros dias de seu governo através de um mutirão para a limpeza do município. “Vamos começar nosso governo com um grande mutirão que deixará Porto Nacional limpa e livre dos entulhos que há muito vêm incomodando e sujando a nossa cidade”, disse Joaquim Maia. O requerimento foi atendido.

Em Palmas para apresentação com o parceiro Tom Chris, cantor e compositor goiano, também um cartunista do primeiro time, fala de sua trajetória artística

Estado recebe recursos federais para programa do ensino médio

[caption id="attachment_83171" align="aligncenter" width="620"] Deputados votam matérias para fechamento do ano legislativo no Tocantins: PPA, LDO e LOA aprovados[/caption]
Os parlamentares estaduais aprovaram em turno único de discussão e votação, todos os projetos de leis referentes ao orçamento do exercício de 2017: o Plano Plurianual (PPA) 2016/2019, o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA). A previsão orçamentária para o ano de 2017 é de pouco mais de R$ 11 bilhões, o que significa um aumento de 8,6% em relação aos recursos previstos no orçamento de 2016, no montante de R$ 10,1 bilhões. No esforço para finalizar a votação das matérias mencionadas e outras proposituras aprovadas, os parlamentares realizaram diversas sessões extras da Comissão de Finanças, Tributação, Fiscalização e Controle, Comissão de Defesa do Consumidor e Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ).
A LDO contou com seis emendas, sendo uma delas de autoria do seu relator, Amélio Cayres (SD), que autoriza a criação do Fundo de Alocação dos Recursos das Emendas Parlamentares para o exercício de 2017, o qual deverá ser regulamentado pelo Poder Executivo até o final do 1º bimestre do ano em curso. O PPA foi aprovado com duas emendas aditivas de autoria do relator da matéria, deputado Paulo Mourão (PT).
Já a LOA, mais uma matéria relatada por Amélio Cayres, recebeu sete emendas, dentre as quais, uma do deputado Olyntho Neto (PSDB). Ela trata do porcentual que estima a receita e fixa as despesas do Estado, ou seja, altera o remanejamento do orçamento líquido do governo, que era de 40% e agora foi reduzido para 5%. Outra emenda aprovada é de autoria do deputado Vilmar de Oliveira (SD) que destina recurso para a reforma do Hospital Geral de Guaraí.
Conforme a Lei Orçamentária a divisão das despesas por poderes e órgãos estaduais se dará da seguinte forma: Poder Executivo R$ 4,824 bilhões para a administração direta e R$ 4,903 bilhões para a indireta. A Assembleia Legislativa terá orçamento de R$ 257,047 milhões, o Poder Judiciário R$ 596,502 milhões, Ministério Público R$ 198,220 milhões, Defensoria Pública do Estado R$ 124,517 milhões e Tribunal de Contas R$ 129,363. A maior despesa do governo fica por conta dos R$ 3,016 bilhões destinados as despesas com pessoal e os encargos sociais que representam 49,09% dos recursos do Tesouro.
Além das matérias orçamentárias para o ano de 2017, os parlamentares também aprovaram em duas sessões extraordinárias, vários projetos de iniciativa própria, do Executivo Estadual e da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPET). Uma das propostas provenientes da Defensoria concede revisão geral da remuneração dos cargos de provimento em comissão e funções de confiança e outra autoriza o mesmo benefício aos servidores efetivos do referido órgão.
De autoria do governador Marcelo Miranda (PMDB), uma das matérias alterou a lei que dispõe sobre o regime de plantões dos delegados de Polícia Civil, a fim de desvincular o regime de trabalho desses profissionais dos servidores dos demais órgãos do Poder Executivo, e prorrogou a referida medida até o fim de 2017. Também foi autorizada a alteração da Lei 1.614/2005, que dispõe sobre o Regime Próprio de Previdência Social do Estado do Tocantins, adequando-a ao artigo 40 da Constituição de 1988 e demais leis federais que regulamentam o regime de previdência. Os parlamentares também autorizaram o Governo a adequar a Escola do Distrito Bielândia da cidade de Filadélfia para a inclusão do ensino médio na unidade de ensino.
De iniciativa do deputado Ricardo Ayres (PSB) foi aprovada a alteração do artigo 19 da Constituição do Estado, a revogação da taxa de inspeção veicular ambiental criada pela Lei estadual nº 3.019, de 2015, e revogação total da Lei 2.564, de março de 2012, que autorizou ao Poder Executivo conceder à iniciativa privada a exploração do serviço de inspeção veicular.]

Os goianos precisam entender que o Programa de Austeridade pelo Crescimento é uma tentativa de “salvar” o Estado para todos os goianos

[caption id="attachment_55608" align="alignleft" width="620"] Prefeito Carlos Amastha[/caption]
Eleito em 2012 pelo Partido Progressista, o prefeito Carlos Amastha, hoje no PSB, se comprometeu a doar todos os salários que recebesse da Prefeitura de Palmas ao longo do mandato, às instituições filantrópicas. Aproximadamente durante dois anos, tais doações foram realizadas beneficiando diversas entidades, como a Apae, Casa de Recuperação Leão de Judá, entre outras. Tal medida, a princípio, deu a entender que se trata de um verdadeiro “asceta”, para os leigos, uma pessoa de moral sã e vida irrepreensível.
Contudo, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina foi informado acerca desse “altruísmo” às avessas. Havendo débitos judicialmente ajuizados, meritoriamente julgados e não quitados naquele Estado da Federação, a Terceira Câmara de Direito Civil determinou o bloqueio e penhora dos salários do prefeito Carlos Franco Amashta. O gestor recorreu, contudo o desembargador Cláudio Valdyr Helfenstein manteve a decisão.
À época, aquele Tribunal de Justiça interpretou que apesar da lei processual civil brasileira proibir a penhora de salários, essa impenhorabilidade da remuneração poderia perdurar apenas quando fosse destinada ao sustento do devedor e de sua família. Por isso, ao ter conhecimento de que o prefeito de Palmas doava os vencimentos oficiais a entidades assistenciais, aquela Corte entendeu que estava desvirtuada a natureza alimentar da verba e autorizou a penhora.
Pois bem. Quer seja em razão da doação de seus ganhos mensais, quer seja em razão da constrição judicial destas mesmas verbas, o certo é que, pelo menos a priori, o prefeito Carlos Amastha não recebe um tostão sequer para administrar Palmas.
Neste contexto, a prestação de contas do prefeito reeleito de Palmas junto ao TSE torna-se, no mínimo, curiosa. O sítio oficial do Tribunal Superior Eleitoral na internet estampa que o bem-sucedido empresário Amastha possui um patrimônio declarado de mais de R$ 21 milhões. Em outra aba da mesma página na web é possível verificar os gastos da campanha eleitoral de 2016, que custou mais de R$ 5,1 milhões. Deste total, 91,13% foram recursos desembolsados pelo próprio candidato: uma bagatela que ultrapassa R$ 4,3 milhões.
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Clique na imagem para expandir[/caption]
Custa a crer – mesmo para o eleitor mais desavisado – que o prefeito de Palmas gastou mais de R$ 4 milhões para se eleger prefeito e não quer receber nada em troca. Ora, ora, então quer dizer que devido ao seu amor incondicional por esta capital ele “pagou” para ser prefeito da cidade? Em que pese Carlos Amastha estar ironicamente filiado ao PSB, o imigrante colombiano não é tão socialista como Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai. Amastha, a bem da verdade, é tão capitalista quanto Donald Trump, presidente eleito dos EUA.
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Reprodução/ TSE[/caption]
O vereador Lucio Campelo (PR) – em entrevista exclusiva ao Jornal Opção, em seu gabinete na Câmara Municipal – refletiu sobre o tema: “Essa conduta é, no mínimo, estranha. O que falta é a sociedade ter essa percepção, que, infelizmente, não teve nas últimas eleições. Extremamente elitizado, Amastha chegou a Palmas a bordo de uma Ferrari e construiu um shopping com financiamento de bancos públicos, num terreno – que sabe-se lá como! – lhe foi vendido a preço de banana em plena avenida JK. Resta claro que ele é um capitalista na essência e por isso questiona-se essa benevolência ou esse altruísmo.”
Prossegue Campelo: “Este senhor, desde o início do seu mandato, vem comprometendo o futuro financeiro da nossa cidade, firmando contratos de empréstimos vultuosos, um na ordem de R$ 150 milhões e outro R$ 400 milhões, que
já foram aprovados pela Câmara Municipal. Há um outro projeto de lei para contrair mais um empréstimo no montante de R$ 300 milhões que ainda foi não votado. Assim sendo, ele usufrui dos bônus e daqui a alguns anos, a população arcará com os ônus. Trata-se de um total descomprometimento com a sociedade, contudo ela ainda não é capaz de fazer esse tipo de leitura, mesmo diante de tantos discursos e denúncias que eu fiz ali daquele púlpito. Fiz o meu papel, fiscalizei a má gestão dos recursos públicos e denunciei ao Ministério Público. Serenamente, aguardo as investigações e a providências legais. Por fim, concluo que ser prefeito de Palmas deve ser um negócio tão bom, que o sr. Carlos Amastha se propôs a arcar com 91% do custo da sua própria campanha eleitoral de 2016 – mais de R$ 4 milhões – visando ser reeleito, sem receber nada em troca.”
Parafraseando um conhecido quadro cômico da TV brasileira, em que uma linda e ingênua moça estrangeira dizia com sotaque carregado: “Brasileira ser tão bonzinho...!”, o cidadão palmense reflete “Colombiana ser tão bonzinho...!”.

Em entrevista exclusiva ao Jornal Opção, presidente da OAB-GO lamentou judicialização da eleição e garantiu que irá até o fim para provar que não há ilegalidade

Proposta permite que programa seja transmitido entre 19 e 21 horas do mesmo dia e autoriza governo a até dispensar veiculação

O mal lavado, o PSDB, falou mal do sujo, o PT, por muito tempo. O que se vê, pela delação dos executivos da empreiteira, é que a corrupção contaminou quase todo o espectro político

Se retirar Iris Rezende do páreo, enfraquecendo Ronaldo Caiado, o candidato do PSB fortalecerá o novo, Daniel Vilela. Se reduzir a estrutura do senador, que perderá o PMDB para o vilelismo, fortalecerá José Eliton, outra força política nova

Quantidade de imóveis comerciais para alugar escancaram realidade do que já foi um dos principais eixos comerciais de Goiânia