Por Alexandre Parrode

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Diretor do Serpes diz que alguns políticos usaram e abusaram dos institutos de pesquisa

[caption id="attachment_76663" align="aligncenter" width="620"]Antonio Lorenzo: campanha tirou Waldir Soares do páreo e criou confronto entre Iris Rezende e Vanderlan Cardoso Antonio Lorenzo: campanha tirou Waldir Soares do páreo e criou confronto entre Iris Rezende e Vanderlan Cardoso[/caption] O diretor Serpes, Antonio Lorenzo, disse ao Jornal Opção na sexta-feira, 30, que algumas coisas o surpreenderam nas eleições deste ano. “O que mais me surpreendeu foi a facilidade com que alguns políticos usaram e abusaram de pesquisas de intenção de voto, com números, por vezes, disparatados, e com margem de erro irrealista e nada rigorosa.” O pesquisador sugere que os jornais tenham mais cuidado ao publicar pesquisas, como material jornalístico ou publicitário. Um dos fatos que surpreenderam Lorenzo, durante a campanha, foi a ascensão e queda rápida do delegado Waldir Soares. O candidato do PR a prefeito de Goiânia não resistiu à campanha e os eleitores o substituíram por Vanderlan Cardoso, possivelmente com o objetivo de encontrar um adversário à altura de Iris Rezende. A campanha foi curta? “Sim, mas com muita movimentação.” O sr. aposta no 2º turno entre Iris e Vanderlan? “Diria que o quadro está dividido. Há 50% de chance de a eleição ser decidida e 50% de não ser definida no 1º turno. Em 2 dias, sábado e domingo, haverá muita mudança de voto.”

Gustavo Mendanha e Vinicius Luz são as duas principais revelações da política de Goiás em 2016

[caption id="attachment_76662" align="aligncenter" width="620"]Gustavo Mendanha e Vinicius Luz Gustavo Mendanha e Vinicius Luz[/caption] Quaisquer que sejam os resultados das eleições para prefeito em 2 de outubro, dois políticos saem consagrados como as principais revelações do pleito de 2016: Gustavo Men­danha, de Aparecida de Goiânia, e Vinicius Luz, de Jataí. Ambos são vereadores. O primeiro do PMDB e o segundo do PSDB. Mendanha, há um mês, não era muito conhecido e, nas pesquisas de intenção de voto, aparecia com 3%. O prefeito Maguito Vilela pedia calma: “Vamos crescer no momento certo, de maneira sólida e incontornável”. Logo depois, o jovem disparou — superando os experimentados Marlúcio Pereira, do PSB, e Alcides Ribeiro, do PSDB. O primeiro é deputado estadual e o segundo é empresário e foi candidato a vice-governador. Vinicius fez a campanha do tostão contra os milhões do empresário Victor Piori (DEM). Começou atrás, mas foi crescendo e, na última pesquisa Serpes, estava em 1º lugar. O jovem passou os últimos 4 anos estudando os problemas do município e, sobretudo, articulando soluções para resolvê-los. O resultado é que chegou à campanha mais preparado do que Priori. Qualquer que seja o resultado das urnas, Vinicius tornou-se uma estrela de primeira grandeza da política de Jataí e do Sudoeste Goiano.

Diretor do Grupom critica campanha curta e frisa que campanha sobre segurança pública naufragou

[caption id="attachment_55952" align="aligncenter" width="620"]Mário Rodrigues Filho | Foto: Fernando Leite Mário Rodrigues Filho | Foto: Fernando Leite[/caption] O diretor do Grupom, Mário Rodrigues, disse ao Jornal Opção que os eleitores foram dando contornos às candidaturas, mudando o ideário dos candidatos. “De início, pensava-se que o tema da segurança nortearia as pesquisas, embora as pesquisas sugerissem a saúde como tema mais crucial. Na campanha, os eleitores perceberam que o problema da segurança não se revolve com um delegado, um major ou um coronel na Prefeitura de Goiânia. Eles entenderam que o problema é de gestão, quer dizer, precisa-se de um político que saiba administrar a cidade. Compreendeu que a problema da segurança não pode ser resolvido por um prefeito e percebeu que o tema foi usado mais como manipulação eleitoral.” Os eleitores também deixaram patente que não dão importância aos candidatos que fazem propostas demais. “Eles têm consciência de que a maioria das propostas não pode ser cumprida, até por falta de orçamento. Na área de saúde, os eleitores descreem, quase que inteiramente, das propostas dos postulantes. Porque lembram-se das campanhas anteriores e verificam que nada ou muito pouco foi cumprido.” Campanhas monotemáticas, versando quase que exclusivamente sobre segurança pública, perderam o apoio de milhares de eleitores. “Eleitores são realistas e pragmáticos”, sublinha Mário Rodrigues. “Patrões ou empregados, os eleitores se interessam pela discussão das creches-cmeis. Por vezes, se tornou o segundo tema mais importante da campanha, perdendo apenas para saúde. Os eleitores observam e, se verificam que o projeto é realista, passam a prestar mais atenção no candidato. Porém, se desconfiam das intenções do candidato, começam a abandoná-lo.” Pode-se falar que Vanderlan Cardoso tem um teto, por volta de 27%, e, portanto, que parou mesmo de crescer? “Não dá para explicar direito a questão, ao menos não com inteira precisão, porque demandaria novas pesquisas, exames qualitativos, mas não há mais tempo. O que se pode dizer, de verdade, é que tanto Vanderlan Cardoso quanto Iris Rezende estão firmes e bem posicionados. O quadro, mesmo em cima da hora, permanece indefinido. É possível que a votação de Vanderlan seja um pouco maior do que a registrada em certo período. Quando o quadro afunila, com os indefinidos assumindo posições, alteram-se os números.” Mário Rodrigues diz que é óbvio dizer o que dirá mas é necessário dizê-lo: “Iris Rezende e Vanderlan Cardoso podem crescer ou não, depende dos humores, na reta final, dos eleitores”. Como o eleitor percebe Vanderlan Cardoso? “Como um gestor altamente empreendedor. Noutras palavras, é apontado como aquele político que, por ter experiência, dará conta do recado, quer dizer, de administrar a cidade, e de não piorá-la. Iris Rezende é visto pelo eleitor sobretudo como um político experiente. Por outro lado, é visto como não-adepto da modernidade.” Fala-se, por vezes, que as pesquisas “erram”. Mário Rodrigues frisa que as pesquisas registram quadros fixos, mas que as campanhas “movem” as opiniões dos eleitores, ou seja, podem mudá-las. Assim, uma pesquisa diz uma coisa hoje e outra amanhã. “É a dinâmica da vida. Pesquisa que tem de acertar mesmo é a de boca de urna.” A campanha de 2016 pode ser considerada curta? “Os deputados federais terão de rever a questão. A campanha poderia muito bem começar em janeiro, pois daria mais tempo para o eleitor examinar as propostas e conhecer aqueles que pretendem executá-las. A campanha, por ter sido curta, não ajudou ninguém; pelo contrário, estressou todo mundo, não reduziu os gastos e aumentou a agressividade dos postulantes. Em cidades pequenas, principalmente, foi quase impossível fazer pesquisas. Os pesquisadores eram ameaçados.” O que tem a dizer sobre o quadro eleitoral de Anápolis. “O quadro de lá possivelmente terá João Gomes, do PT, e, quem sabe, Roberto do Orion, que pode ser a surpresa. Mas, no momento, o favorito é o prefeito João Gomes.” Pesquisador atualizado, Mário Rodrigues diz que as pesquisas precisam mudar. “É possível sustentar que as atuais estejam paradas, em termos metodológicos e de uso de tecnologia, na década de 1970.”  

Celular de Gilberto do Amaral pode conter informação sobre o assassinato de José Gomes da Rocha

A polícia investiga um celular, possivelmente de Gilberto Ferreira do Amaral, no qual haveria conversas entre o assassino do ex-prefeito de Itumbiara José Gomes da Rocha e do cabo Vanilson Pereira e um político do município. Podem ser conversas amenas. Mas há indícios de que conversavam muito.

Diretor do instituto Fortiori diz que há um esgotamento de lideranças em Goiás

[caption id="attachment_28571" align="aligncenter" width="620"]gean Gean Carvalho[/caption] O pesquisador Gean Carvalho, do instituto Fortiori, avalia que, se o quadro apreendido pelas pesquisas não mudar, Goiânia terá segundo turno para prefeito e será entre Vanderlan Cardoso, do PSB, e Iris Rezende, do PMDB. O peemedebista está em primeiro, com cerca de 10%. “Não é será fácil virar, mas, dependendo da expectativa de poder, Vanderlan Cardoso pode ate mesmo crescer.” A eleição foi curta? “Não considero que tenha sido tão curta como falam. Pode se falar que a exposição foi maior, notadamente na televisão.” Por que os eleitores optaram por Vanderlan e Iris? “Iris foi prefeito três vezes, e gestor, ganhou tudo na capital. Vanderlan é o grande nome da oposição, é gestor, reuniu amplo apoio e ganha o voto de quem não quer Iris.” O que é específico da eleição de 2016? “Não sei se é específico, talvez não seja. Mas o eleitor valorizou a experiência do candidato em gestão, daí a preferência por Iris Rezende e Vanderlan.” Gean Carvalho nota que há uma espécie de esgotamento de lideranças no Estado. “Em quem apostar para o futuro? Os eleitores mencionam José Eliton, Ronaldo Caiado, Daniel Vilela e Maguito Vilela. Mas a grande referência política ainda é o governador Marconi Perillo.”

Vilmar Rocha diz que a festa da democracia ficou “escondida” e “engessada” na eleição de 2016

O presidente do PSD, Vilmar Rocha, diz que a eleição deste ano teve aspectos negativos. “Fica-se com a impressão de que não houve campanha, pois quase não houve movimentação e agitação nas ruas. A festa da democracia ficou escondida, engessada. Faltou o clima festivo que havia noutras eleições. Mas cresceu o uso das mídias sociais. Gravei depoimentos em coloquei no Facebook. É de graça e repercute.”

Eleição deste ano em Goiânia criou o candidato-mendigo

A eleição deste ano inventou o candidato-mendigo. Ele chega no eleitor e, no lugar de oferecer alguma coisa, pergunta, humilde: “Como e com que você pode me ajudar?” Faltou dinheiro para a campanha de candidatos a vereador, os maiores abandonados. Os candidatos amedrontados e mal informados deram o tom: “Como faço para pegar dinheiro e justificá-lo?” Os fornecedores da campanha exigiram notas precisas, com informações detalhadas. Ninguém quer, adiante, ser convocado pela Justiça para se justificar”. Outra característica da eleição foi o uso intensivo, mas não funcional, das redes sociais. Os candidatos perderam tempo nas redes sociais, às vezes discutindo com eleitores que votam noutros candidatos, ou nem votam.

Marcelo Augusto diz que Vanderlan Cardoso vai para o segundo turno em primeiro lugar

“Pelo conhecimento que tenho dos bairros e das ruas, posso sugerir, até garantir, que Goiânia terá segundo turno e será entre Vanderlan Cardoso, do PSB, e Iris Rezende, do PMDB. Acrescento que não ficarei surpreso se Vanderlan chegar ao segundo 2% ou 3% à frente de Iris Rezende. Pode até ser que eu esteja errado, mas sinto um clamor na cidade por Vanderlan. O eleitor quer renovar”, afirma o ex-presidente da Câmara Municipal Marcelo Augusto.

Baixo clero de campanha pode sugerido ter que Gilberto do Amaral matasse José Gomes da Rocha

De um político de Itumbiara: “A polícia certamente vai descobrir uma bomba na história do assassinato do ex-prefeito Zé Gomes da Rocha e do cabo Vanilson Pereira. O assassino teria conversado por telefone, várias vezes, com um político da cidade. Conversas pouco católicas, provavelmente”.

O líder itumbiarense frisa que “a investigação do crime, às vezes tratado como resultado de uma questiúncula pessoal entre Zé Gomes e Gilberto Ferreira do Amaral, o Béba, pode levar à questão política”.

“O problema nem sempre é o alto clero. Mas as conversas entre pessoas do baixo clero das campanhas. É provável que alguém tenha potencializado, de maneira inteligente e discreta, um possível ressentimento de Gilberto do Amaral contra Zé Gomes”, afirma o político.

O político avalia que o deputado Álvaro Guimarães, candidato a prefeito pelo PR, não está envolvido no crime. “Mas é possível que alguém do baixo clero, do seu entorno, possa ter incentivado Gilberto a matar o ex-prefeito, ou talvez tenha apenas sugerido. Digo ‘possível’, pois não há provas de nada, até agora.”

Tasso Jayme vai disputar a presidência da SGPA. É produtor rural há 35 anos

Produtor rural há 35 anos e ex-prefeito de Vila Propício, Tasso Jayme disputa a presidência da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA) pela chapa União, Trabalho e Liderança.

Associado desde 1990, Tasso Jayme é conselheiro da atual gestão da SGPA. Ele é filho de Olímpio Jayme.

“A SGPA é como minha segunda casa. Aqui comecei a aprender como se faz um trabalho cooperativo, como caminhar em uma só direção com homens e mulheres que têm em comum a visão de fortalecer a agropecuária goiana”, afirma Tasso Jayme

Sandro Mabel diz que é a “porta de entrada” de Gustavo Mendanha no governo de Michel Temer

Numa visita a Aparecida de Goiânia, Sandro Mabel, que os amigos chamam, brincando, de Sandro Temer, disse que, se Gustavo Mendanha (PMDB) for eleito prefeito, poderá ser sua porta de entrada no governo federal. “Minha sala, no Palácio do Planalto, não fica muito longe do gabinete do presidente Michel Temer.”

Magda Mofatto sugere que, como pertence à base de Marconi, tem o dever de apoiar Vanderlan Cardoso

A deputada federal Magda Mofatto e seu marido, Flávio Canedo, líderes do PR, vão apoiar Vanderlan Cardoso num possível segundo turno.

Aos aliados, Magda Mofatto tem dito, com todas as letras, que, como pertence à base política do governador Marconi Perillo, tem o dever de apoiar a candidatura de Vanderlan Cardoso para prefeito de Goiânia. No segundo turno, é claro.

Mesmo sem empolgação com a candidatura do Delegado Waldir Soares, a deputada federal mantém o apoio à sua candidatura. Ela tem sido leal.

Iristas garantem que o Delegado Waldir Soares vai apoiar Iris Rezende num possível segundo turno

Políticos do PMDB, sobretudo iristas, dão como certo, se houver segundo turno, que o delegado e deputado federal Waldir Soares (PR) vai hipotecar apoio a Iris Rezende, candidato do partido a prefeito de Goiânia.

Para ser justo, o Delegado Waldir nunca disse nada a respeito de alianças para o segundo turno. Até porque, embora com poucas chances, não pode declarar voto a um adversário já no primeiro turno.

Vanderlan Cardoso, do PSB, gostaria de ter o apoio do delegado, no segundo turno, mas não vai forçar a barra.

Embora tenha saído menor da disputa de Goiânia, o delegado Waldir Soares ainda é um gigante político

Ninguém pode dizer que, mesmo com baixos índices nas pesquisas de intenção de voto, o delegado e deputado federal Waldir Soares, do PR, desanimou durante toda a campanha.

Determinado, de uma persistência rara, o delegado Waldir continuou fazendo suas caminhadas e pedindo votos em praticamente todos os bairros de Goiânia.

O delegado Waldir é uma autêntica força da natureza. Mas é provável que, na sua campanha, tenha faltado três coisas.

Primeiro, recursos financeiros. Por mais que a deputada federal Magda Mofatto tenha ajudado o candidato, os recursos foram escassos durante toda a campanha.

Segundo, faltou estrutura partidária mais ampla. Há poucos militantes — que são voluntários — na sua campanha. Campanhas esvaziadas costumam não atrair eleitores, que acabam concluindo que o candidato não tem chance de ser eleito e acabam por abandoná-lo.

Terceiro, houve um equívoco duplo no marketing. O republicano começou uma campanha com um projeto monotemático — a aposta num projeto de segurança pública para Goiânia. Eleições majoritárias exigem um leque mais amplo de projetos, o que o delegado Waldir desenvolveu, porém tardiamente. Depois, embora candidato a prefeito, e da maior cidade de Goiás, por vezes ficava-se com a impressão de que o delegado continuava fazendo campanha para deputado federal.

De qualquer maneira, mesmo sem chance de passar para o segundo turno, o delegado Waldir é aquilo que, na falta de melhores palavras, pode ser chamado de uma força da natureza. Mesmo sem recursos e sem uma rede ampla de apoios, comportou-se como um gigante incansável durante a campanha.

Pós-eleições, pacificados os ânimos, o deputado deveria adotar uma política de agregar aliados e, sobretudo, de não arrombar portas abertas, inclusive na imprensa. É um político de futuro? É. Mas precisa entender que não se constrói uma carreira política sozinho, como outsider, e que um político precisa ser menos contencioso.

DEM de Ronaldo Caiado vai abrir as portas para uma possível filiação do Delegado Waldir Soares

O DEM do senador Ronaldo Caiado deverá abrir as portas para o deputado federal Waldir Soares, possivelmente em 2017. A cúpula do PR não ficará “chateada” se o delegado deixar o partido.

Se for para o DEM, será uma grande conquista. O Delegado Waldir tem dificuldade de ser eleger para mandato majoritário, porém, para a Câmara dos Deputados, sempre será um candidato competitivo.