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[caption id="attachment_15822" align="alignleft" width="300"] Agenor Mariano, vice-prefeito de Goiânia: “Eu sei que não será nada fácil os institutos de pesquisa ajustarem seus números ao quadro verdadeiro” | Fotos: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
O vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano (PMDB), diz que a política goiana se tornou uma grande central de boatos. “Durante toda a semana, ouvi que o grupo do governador Marconi Perillo (PSDB) estava dizendo que havia ‘virado’ em Goiânia, porém sem apresentar dados confiáveis. A história de ‘pesquisas internas’, obviamente sem registro, é tão-somente para convencer e incentivar os aliados. Iris Rezende (PMDB) continua na frente em Goiânia e em Aparecida de Goiânia. Em Anápolis, Antônio Gomide (PT) lidera. Portanto, nos três municípios com maior eleitorado, Marconi não é o líder. Na capital, nas ruas 44, mais popular, e 136, mais elitizada, está difícil encontrar eleitores do governador.”
Agenor frisa que, “com uma estrutura gigantesca de campanha, na qual não faltam recursos, esperava-se que a frente de Marconi fosse maior. Mas não é. Há um quadro de estabilização do tucano e um ligeiro crescimento de Vanderlan Cardoso (PSB), mas que não ameaça Iris Rezende. O que se deve, e é preciso dizer, com todas as letras, é que Goiás terá segundo turno em 2014. Uma eleição com mais de quatro candidatos dificilmente termina no primeiro turno”.
Uma das teses de Agenor é que o eleitorado está começando a definir efetivamente seu voto agora, quando passou a observar com mais atenção os candidatos. “Assim, a tendência é que Iris se aproxime mais de Marconi, com a diferença entre ambos caindo para no máximo 5%. O que os diretores dos institutos de pesquisa dirão quando tiverem de mostrar que a diferença entre Iris e Marconi não é de 15%? Uma informação pouca divulgada é que Iris começa a crescer no Entorno de Brasília. Marcos Cabral, ex-prefeito de uma cidade do interior e ligado ao deputado federal Ronaldo Caiado, está muito ‘otimista’ com os números da região. Perdemos em poucos lugares, como Luziânia.”
O vice-prefeito avalia que a campanha de Iris, “ao centrar fogo na desconstrução do governo de Marconi, acertou o alvo em cheio. No primeiro turno, o tucano até pode fazer cara de paisagem, mas, no segundo turno, com uma crítica mais concentrada e direta, sem outros candidatos, terá de ‘enfrentar’ as críticas de Iris”.
O ex-prefeito de Goiânia, na opinião de Agenor, “é um político de palavra. Ele está dizendo que a de 2014 será sua última eleição. E será. Não é blefe. Nós percebemos que o eleitor gostou disso e quer dar uma nova chance, a última chance, para o candidato do PMDB ao governo. O eleitor certamente quer homenageá-lo”.
As alianças para o segundo turno, destaca Agenor, “serão discutidas no devido tempo. Agora, o importante é ir para o segundo turno. Mas, sim, nós acreditamos que vamos conseguir o apoio tanto de Vanderlan Cardoso (PSB) quanto de Antônio Gomide (PT). Com uma aliança ampliada, devemos eleger Iris para governador de Goiás, acabando com uma série de injustiças”.

O senador Cyro Miranda (PSDB) prevê uma polarização mais acentuada na disputa pela vaga de Senado entre o seu aliado, Vilmar Rocha (PSD), e o deputado Ronaldo Caiado (DEM). “A campanha é polarizada entre os dois. E o Vilmar tem que polarizar. É importante para que a população avalie”, afirma. “O Vilmar tem uma herança política muito boa: não tem uma vírgula que se fale do Vilmar nestes 30 anos”, lembra, ainda, o senador, sobre a longa carreira política do deputado Vilmar Rocha, de quem é o primeiro suplente na chapa.
Exercendo o cargo desde 2010, Cyro assinala que o perfil político de Vilmar, conhecido por seu poder de articulação, é o mais adequado, dentre os candidatos, para ocupar a vaga no Senado. “Aquela casa de leis é uma casa conciliatória, não é uma casa de arrogância, não é uma casa de coronéis. Aquele que for querer peitar, não consegue, não agrega”, situou. “Tem a questão da paridade, nós somos três senadores por estado; então, soma muito a pessoa que é conciliatória, que sabe ouvir, porque você vai conviver com gente de todos os partidos. É muito diferente da Câmara, onde se acaba conseguindo as coisas muitas vezes no grito”, comparou.
O senador Cyro ainda ressalta a evidente parceria entre o governador Marconi Perillo (PSDB) e Vilmar Rocha na campanha. Candidato a reeleição, o governador pede votos para Vilmar em todos os eventos de campanha e tem convocado a base aliada para trabalharem com afinco na eleição do aliado e colega de chapa, que foi secretário-chefe da Casa Civil de seu governo até o final do ano passado. “Eu nunca vi uma pessoa trabalhar tanto por um candidato a senador como está trabalhando o Marconi”, observou.
Para Cyro, a eleição de Vilmar está mais difícil, mesmo com as boas perspectivas, porque ele tem a tarefa de se tornar mais conhecido que seus adversários. “Toda eleição majoritária é difícil”, afirmou o senador, citando o próprio governador Marconi Perillo (PSDB) como exemplo: “Mesmo com um governo com tanta coisa realizada, ele ainda não tem garantia de primeiro turno ”, afirmou. Segundo o senador tucano, Vilmar tem mais dificuldade porque está disputando votos em uma eleição diferente para ele, mesmo após 7 mandatos como deputado. “O Vilmar sempre fez campanha para deputado e o principal concorrente dele já foi candidato ao governo, a presidente da República, quer dizer, tem um recall”, citou. “Vilmar tem que continuar o trabalho, com um discurso bem contundente”, aconselha.

Marconi Perillo e Vanderlan Cardoso estão um passo à frente por terem equipe já definida. Iris Rezende está prestes a fechar com o marqueteiro enquanto Antônio Gomide deve ter essa resposta apenas no final da semana
Vanderlan Cardoso aparece em terceiro lugar e Antônio Gomide é o quarto colocado