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Além da vice-presidência, ele estaria disposto a assumir um ministério, seguindo o exemplo de Geraldo Alckmin (PSB)
Greice Guerra, economista formada pela USP
Esse artigo reflete, necessariamente a opinião deste veículo
Desde que o Brasil saiu da dura recessão econômica ocorrida no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, a polarização política instalou-se no País. A chegada do ex-presidente Bolsonaro à presidência com o vencimento das eleições em 2018 veio envolta a um cenário repleto de expectativas por parte da sociedade e do setor produtivo, onde o futuro mandatário possuía a responsabilidade de dar continuidade ao processo de recuperação econômica na pós-recessão.
Ao final de 2019 havia a projeção do mercado financeiro e seus agentes econômicos e da CNI da economia brasileira crescer em até 2,50%, porém em 2020, foi deflagrada a pandemia da COVID-19, fato que atingiu a economia brasileira acarretando retração econômica, inflação e consequente elevação da Taxa Selic nos anos subsequentes, até junho de 2023.
Em 2022 ano de eleição, o Brasil já encontrava-se bem polarizado politicamente, com a volta do ex-presidente Lula devido a anulação de suas condenações pelo STF e habilitado para disputá-las. Tal acontecimento dividiu o País acirrando os desentendimentos, ataques e conflitos entre as pessoas, causando até mesmo cisões familiares e perda de amizades. É a divisão posicionada. É a esquerda versus a direita!
Ao final da disputa presidencial venceu o ex-presidente Lula para a alegria, e ao mesmo tempo, tristeza de muitos.
Lula sobe ao poder pela terceira vez e seu Ministro da Fazenda, Fernando Haddad institui o novo Arcabouço Fiscal, abandonando de vez o Teto dos Gastos. Após quase dois anos de governo, o déficit fiscal vem aumentado cada vez mais, pois o novo marco fiscal, o “natimorto” Arcabouço Fiscal não conseguiu ainda debelar e muito menos amenizar o desajuste nas contas públicas, fato que aumenta o risco fiscal brasileiro, eleva o dólar, provoca fuga de capitais do País e afugenta os investidores nacionais e sobretudo os internacionais.
Somado a este quadro, ainda existe o hostil e adverso cenário externo em função das guerras, uma no Leste Europeu e outra entre Israel e o Hamas, ataques no Mar Vermelho, crise imobiliária na China e uma resiliente inflação americana que vem impedindo o FED (Banco Central Americano) de iniciar o corte dos juros nos EUA, fatos estes, que impactam os mercados globais, uma vez que tais acontecimentos contribuem para uma desaceleração econômica global.
Tal conjuntura interna e externa dificulta a condução da Política Monetária no Brasil no sentido de cortar a taxa de juros, pois o COPOM avalia ambos os contextos em suas reuniões antes de definir o patamar da Taxa Selic, uma vez que o receio de uma possível inflação, o que seria péssimo para a economia necessita ser inibido, principalmente porque o Brasil tem histórico de hiperinflação.
Desta feita, em recente reunião o COPOM decidiu pela manutenção da Taxa Selic no atual nível de 10,50%, após sete cortes consecutivos. O Presidente Lula mais uma vez criticou o presidente do Banco Central pela decisão alegando que o mesmo deveria abaixar a Selic. As críticas de Lula ao Banco Central vem ocorrendo desde quando o mesmo assumiu a presidência do Brasil.
Baseado no cenário macroeconômico externo e interno, observa-se a lucidez e sensatez do Banco Central brasileiro e sua independência em relação a conduta da Política Monetária, pois um eventual corte na Selic sem avaliação do quadro mencionado, sem atenção aos fundamentos da Economia, e sem espaço fiscal e inflacionário para tal corte, pode acarretar uma taxa de juros artificial.
A cada crítica de Lula à autarquia, o dólar só aumenta, ocorre instabilidade no mercado financeiro e ainda coloca em “xeque” a credibilidade do Banco Central brasileiro, o que dificulta a atração dos investidores globais no País, acirrando a polarização no Brasil, ainda não mitigada.
Baseado em tais explanações, observa-se que como se não bastasse a polarização política, parece que os juros no Brasil também estão polarizados.
Assim sendo, fica a pergunta que não quer calar: os juros no Brasil estão polarizados?
O Congresso Nacional é conservador e já ficou claro de que ele não representa o povo, apenas seus interesses próprios. Fato que comprova isso é o quanto o governo tem tido dificuldade de governar desde que o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começou, em 2023.
Às custas de muitas concessões o governo, até o momento conseguiu aprovar todos os projetos que enviou para o legislativo, as exceções ficam são algumas medidas provisórias entre elas a mais discutida que é sobre a desoneração das folhas de pagamentos das prefeituras. Todos, com consciência e o mínimo de senso crítico, sabem que o governo anterior deixou um rombo gigantesco, para além dos gastos com a pandemia de COVID-19, que foi gasto contra a vontade do ex-presidente.
Para tentar financiar a eleição, o governo do ex-presidente enviou para o Congresso, e foi aprovado a limitação da cobrança do ICMS dos combustíveis em 17%, gerando um impacto negativo imenso nos cofres dos governos estaduais fazendo com que o governo tivesse que ressarcir as unidades da federação.
O governo anterior foi embora, mas muita gente dele e seus seguidores radicais ficaram dentro do Congresso. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) sabia que a sua sede por poder e controle do orçamento seria mais difícil, mas ele não deu o braço a torcer e não quer ser apenas um ex-presidente da Câmara Federal, esquecido. Ele quer manter a sua influência sobre o que a Casa pauta, vota e como vota.
Existe apenas uma coisa que controla o infeliz presidente com pose de primeiro ministro do país, a opinião pública. Ficou claro depois de dois episódios que colocaram o povo para bater de frente com deputados, senadores e com Lira. Primeiro foi a PEC de privatização das praias a pauta caiu após polêmica que veio a tona com uma briga entre a atriz Luana Piovani e o jogador cai cai, Neymar Jr.
O episódio foi a votação da urgência do projeto de lei que iguala a prática do aborto legal após 22 semana ao homicídio simples com pena prevista para mulher que abortar maior do que a pena para quem a estuprou. O texto ficou conhecido como PL do estuprador. Após uma série de absurdos vomitados durante quase duas semanas, Lira recuou e deixou a apreciação do texto para o final do ano, porque um conflito com a opinião pública em pleno período de eleições municipais dificultaria o trabalho dos parlamentares em suas bases eleitorais.
Tudo isso Lira está fazendo para conseguir emplacar seu sucessor na eleição para a presidência da Câmara em fevereiro do ano que vem. Lira não se preocupa com políticas públicas, com o bem estar da sociedade e da mulher. Enquanto ele deixa a bancada evangélica de molho aguardando a votação da PL do estuprador para o final do ano, ele vai afagar os partidos políticos.
Lira deve colocar em apreciação dos deputados a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que anistia os partidos políticos. O texto prevê que nenhuma punição seja aplicada a partidos políticos que descumpriram regras eleitorais sobre as cotas de gênero e racial, por exemplo. Sobre esse assunto a maioria dos partidos vota junto. Direita se junta à extrema-direita com o centrão e a esquerda e deve ser aprovada com facilidade
O problema é que esse tema não tem a capacidade de mobilizar a opinião pública como foi com o PL do estuprador e a PEC das praias. A anistia aos partidos é grande perda para busca de igualdade da disputa eleitoral entre homens e mulheres e tornar o Congresso mais diverso tal qual a nossa sociedade. É por conta de um parlamento formado pela grande maioria de homens, homens e mulheres brancos que a sociedade deixa de ser representada.
Acima de tudo a sociedade precisa votar melhor, acompanhar e cobrar seus os deputados do seu estado, dos deputados estaduais que representam a sua região e os vereadores.
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