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O radialista que prometeu sair de cuecas pelas ruas de Palmas, caso Marcelo Miranda conquistasse na Justiça a condição de elegível, ainda não cumpriu a promessa e ninguém está interessado que ele cumpra. Além de fora de forma o moço agora está desmoralizado e ninguém merece ver uma cena grotesca sem nenhum propósito. Teve deputado que prometeu rasgar a Constituição em plenário. Nada de novo. Muitos parlamentares fazem isso todos os dias.
Líderes políticos da base do governo revelam que está próximo de acontecer uma debandada de candidatos para o palanque de Marcelo Miranda. Os candidatos dizem que o grande problema do lado governista é a falta de ânimo da chapa majoritária, incluindo a falta de apoio para tocar a campanha. Mais um erro de Eduardo Siqueira ao juntar tantos partidos e não saber o que fazer com tantos candidatos. A perda gera sempre desgaste.
Em vez de questionar liminar do TJ Tocantins derrubando votação da Assembleia Legislativa, os deputados deveriam botar a mão na consciência e pedir desculpa ao povo por votar matérias no Parlamento descumprindo um regulamento básico, o Regimento Interno da Casa. Foi o caso do processo de rejeição das contas do ex-governador Marcelo Miranda (PMDB), que caiu por irregularidades na tramitação da matéria. Em outras palavras, se Marcelo Miranda é hoje elegível se deve a incompetência da bancada governista, que armou todo um “esquema” para segurar a eleição do peemedebista, mas falhou na execução.
Coube ao advogado Juvenal Klayber protagonizar as cenas mais patéticas durante a votação do pedido de registro de candidatura do ex-governador Marcelo Miranda (PMDB) no plenário do TRE. Em determinado momento o procurador da República Álvaro Manzano disparou em tom irônico: “Imaginava que o senhor fosse advogado do deputado Júnior Coimbra e não da coligação governista que o senhor veio aqui defender, não é?”, disse levando o juiz federal Valdemar Cláudio a perguntar quem ele estava defendendo, provocando risos na plateia, o que obrigou a presidente da corte a pedir silêncio.
E não é segredo pra ninguém que existe uma verdadeira guerra declarada na base do governo. O avanço de Eduardo Siqueira nos colégios eleitorais de aliados já ameaça a chapa majoritária. Corre nos bastidores que já houve até ameaça de morte contra prefeitos para não romper compromissos. E olha que a campanha só está começando.
A confusão dos juízes do TRE e do próprio advogado Juvenal Klayber, que não sabia a quem defender, tem explicação. Para o advogado, Júnior Coimbra e governo são a mesma coisa, inclusive a mesma fonte de pagamento. De fato, embora deputado de oposição, Coimbra há muito vinha trabalhava para o governo. Sua função era implodir o PMDB e deixar Miranda sem legenda. Klayber o ajudou muito nesta missão com orientação direta do Palácio Araguaia. O problema é que a defesa de Coimbra, como ele fez, levantou suspeita.
O candidato a deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (PTB) resolveu colocar em prática a estratégia para tentar ser o mais votado. Montou escritório volante pelo interior e por onde passa tem feito estrago nas bases até mesmo de aliados bem próximos. Pelo potencial econômico que tem já está sendo chamado de Friboi do Tocantins. Dinheiro demais para prestígio de menos.
O deputado e candidato ao Senado Eduardo Gomes (SD) resolveu mudar o nome político. Em vez do nome Eduardo que adotou inspirado em Eduardo Siqueira Campos, de quem copiou até a tipologia, agora o deputado prefere explorar o sobrenome Gomes. Seria para não confundir com o Eduardo Siqueira candidato a deputado estadual ou para desvincular dos escândalos que ameaçam sua candidatura?
O ex-prefeito de Palmas Raul Filho está à procura de um novo partido. O ex-prefeito, que já anunciou saída do PT com o seu grupo de apoio, busca criar uma nova legenda ou assumir o comando de um partido que possa ser chamado de seu. Se não abandonar logo o PT Raul pode ser expulso novamente. Os petistas já não contam mais com o seu grupo político.
O senador e candidato a governador Ataídes Oliveira (Pros), que foi o primeiro a montar um comitê de campanha, também foi o primeiro a levar a campanha pra rua e se diz satisfeito com a receptividade que tem encontrado nas caminhadas pelas avenidas comerciais de Palmas. O candidato mantém agenda de compromissos da capital e anuncia que vai participar de todos os debates a que for convidado para mostrar que a coligação Reage Tocantins tem propostas para mudar a realidade do Estado.
Integram o conselho político da campanha do governador Sandoval Cardoso o ex-deputado Darci Coelho, o senador Vicentinho Alves (SD), o ex-prefeito de Palmas Raul Filho e o ex-secretário de governo de Palmas Adir Gentil (PP). Ainda na condição de coordenadores estão o ex-secretário da Agricultura Júnior Mazola (DEM) e o ex-prefeito de Tocantínia Manoel Silvino (PR). Já o conselho político da campanha do ex-governador Marcelo Miranda contará com a participação do ex-vice-governador Paulo Sidnei (PPS), do prefeito de Paraíso do Tocantins, Moisés Avelino (PMDB), do ex-vice-prefeito de Palmas Derval de Paiva, do deputado Osvaldo Reis (PMDB), dentre outros que ainda serão anunciados.
Depois de seis mandatos consecutivos de deputado federal Osvaldo Reis (PMDB) desiste da reeleição, mas não vai abandonar a política, pelo menos por enquanto. Reis anuncia que deve coordenar a campanha do candidato a deputado federal Carlos Henrique Gaguim, na região do Bico do Papagaio. O deputado faz apenas uma exigência: que Gaguim mantenha entendimento com Marcelo Miranda. Gaguim já anunciou apoio a Marcelo.
Fortes pré-candidatos que ficaram pelo caminho, o que significa fim da linha. Siqueira Campos (PSDB), Nilmar Ruiz (PEN), Edmundo Galdino (PSDB), Paulo Sidnei (PPS), Osvaldo Reis (PMDB), dentre outros que desistiram de ser candidatos e podem pendurar as chuteiras. Sidnei foi convidado para integrar a equipe de coordenadores da campanha de Marcelo Miranda.
Por onde anda o empresário e suplente de senador Marco Antônio Costa (PSL), que chegou a lançar pré-candidatura ao governo do Estado e depois desapareceu no cenário político? Seu partido integra a base do governo Sandoval Cardoso (SD).
O ex-deputado Totó Cavalcante era o maior entusiasta da candidatura de Paulo Mourão ao governo do Estado. Para ele o petista é o quadro mais preparado do Tocantins para realizar o choque de gestão que o Estado precisa para sair da crise de imobilidade que está sofrendo. Totó mantém o apoio ao candidato a deputado que ele gostaria de ver no comando do Palácio Araguaia.