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Prefeito Carlos Amastha pratica uma “nova política” muito pior que a velha política que ele critica

A nova presidente Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputada federal Tereza Cristina (DEM/ MS), tomou posse na terça-feira, 20. Ela ressaltou que o principal compromisso do agronegócio com o Brasil é garantir a segurança alimentar da população com comida farta, barata e saudável na mesa do brasileiro. “Assumo hoje a liderança de um setor que mais uma vez será o motor do crescimento econômico e social do país”. Prestigiaram a solenidade os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSBD), e do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), os ministros Blairo Maggi (Agricultura), Sarney Filho (Meio Ambiente), Carlos Marun (Secretaria de Governo), Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), dentre outros parlamentares e representantes de entidades do setor agropecuário. O deputado federal César Halum (PRB) foi reconduzido ao cargo de vice-presidente e ficará responsável por coordenar as demandas da região Norte do Brasil durante o biênio 2018/2019. Nos últimos anos, Halum lembrou ter protagonizado diversas discussões da FPA. “A frente representa não só o setor produtivo brasileiro, em todas as suas escalas de pequeno, médio e grande produtor rural, mas a logística do Brasil. Esse setor do campo é o carro-chefe da economia brasileira. Fico feliz pela confiança depositada no nosso trabalho”, afirmou o deputado tocantinense. Halum citou os avanços alcançados nas gestões anteriores, os desafios ainda enfrentados pelos produtores rurais e as prioridades que o setor deve buscar. “É preciso transformar o Brasil num país com espaço para todos, principalmente a quem produz e sustenta o País. Precisamos buscar o que dignifica o homem: o emprego. E é isso que essa frente faz”, resumiu o deputado.

Vereador Lúcio Campelo questiona conceito de justiça social que o prefeito Amastha exerce e cobra investimentos na capital

[caption id="attachment_116789" align="aligncenter" width="620"] Ex-prefeito Raul Filho e prefeito Carlos Amastha: o segundo,
com menos tempo, arrecadou três vezes mais que o primeiro[/caption]
Professor da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e especialista em Direito Urbanístico, João Bazzoli fez estudo sobre a evolução da arrecadação de Palmas com o IPTU, nos últimos 14 anos. A constatação é de que Carlos Amastha transformou a rubrica numa supermáquina de fazer di nheiro: a receita resultante do tributo, sem multas e juros, entre 2005 e 2012, na gestão Raul Filho (PR), foi de R$ 65.150. 512,10, enquanto o faturamento do colombiano, em apenas cinco anos de gestão, foi de R$ 213.416.100,00. A diferença é exorbitante: R$ 148.265,588,00, ou seja, o atual prefeito arrecadou 227,6% a mais, ou 3,27 vezes.
As informações estão em esclarecedora reportagem assinada por Wendy Almeida, publicada na quarta-feira, 7, no Blog CT. Reproduzimos parte inicial do texto:
Em 2003, a receita com IPTU em Palmas foi de apenas R$ 3.359.340,00. No ano passado, a arrecadação chegou a R$ 48.744.171,04. Em 14 anos, o Executivo palmense teve incremento de 1.351%. Isso sem incluir nos números as multas e juros por atraso, o faturamento da dívida ativa, deduções, além de multas, juros e atualização monetária da dívida ativa. Com a inclusão da receita desses encargos, a arrecadação total no governo Amastha chega a R$ 287,3 milhões.
Diferente da gestão atual, no governo do ex-prefeito Raul Filho a variação na arrecadação foi sempre crescente. Apesar de que, nos primeiros anos, o crescimento foi bem tímido. De 2005 para 2006 a receita do IPTU saiu de R$ 3.346.716,87, para 3.469.446,53 (+3.7%). Em 2007, saltou para R$ 3.974.463, 42 (+ 14,6%) e, em 2008, alcançou a casa dos R$ 4.401.323,52 (+10,7%).
No primeiro ano do segundo mandato do republicano (2009), a receita do IPTU da Capital teve um crescimento mais significativo, chegando a R$ 7.587.445,71, ou seja, um aumento de 72,3% em relação a 2008. Em 2010, a arrecadação continuou a crescer, passando para R$ 10.065.732,55 (+ 32,6%). Em 2011, o valor saltou para R$ 11.366.456,05 e, em 2012 chegou a R$ 20.938.927,54, ou seja, 84,2% a mais.
Em 2013, já na administração de Amastha, o Paço contabilizou R$ 24.431.902,83 em receita de IPTU. Nesse mesmo ano, o pessebista propôs a Revisão da Planta de Valores, o que aumentou o valor dos imóveis e consequentemente o imposto, gerando muita polêmica. Com o reajuste, a arrecadação teve um salto exorbitante, em 2014, de 101%; ou seja, R$ 49.151.990,39. O número representou a receita mais alta do período.
Nos dois anos seguintes, contudo, a arrecadação com o IPTU sofreu reduções: R$ 46.367.668,10, em 2015, e R$ 44.720.367,94, em 2016 (- 3,6%), o que pode ser explicado pelo aumento da inadimplência. A reação veio em 2017: R$ 48.744.171,04 (+ 8,9%). A cifra só não foi maior porque órgãos de controle e, posteriormente, a Justiça impediram as diversas tentativas do prefeito reajustar o imposto.
O governador Marcelo Miranda (MDB) nomeou, na quarta-feira, 24, mais 19 aprovados no concurso da Polícia Civil do Estado. São seis delegados, três peritos e dez escrivães, que deverão atender, prioritariamente, as delegacias do interior, a partir de critérios administrativos estabelecidos pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP). As nomeações estão publicadas no Diário Oficial do Estado nº 5.038, dessa quarta. A Secretaria Estadual de Comunicação (Secom) informou que, com essa nova chamada, o governo completa um quadro de 353 nomeados no último concurso da Polícia Civil, sendo: 90 delegados, 13 médicos legistas, 43 peritos, 14 papiloscopistas, 123 escrivães, 44 agentes e 26 necrotomistas. As nomeações do concurso da Polícia Civil, segundo a Secom, estão sendo feitas de acordo com as necessidades apresentadas pela área da segurança pública e a capacidade do Estado de absorver novos servidores em seu quadro de pessoal.

Candidaturas de Siqueira Campos, Carlos Amastha e mesmo a de Kátia Abreu dependem do projeto do emedebista

A movimentação política com vistas às eleições de outubro está em curso. Todos os partidos, os pré-candidatos e candidatos a pré-candidatos se mexem para ganhar a chamada “musculatura” política por meio de coligações. O MDB do governador Marcelo Miranda, que é pré-candidato à reeleição, está fazendo dever de casa. Na quarta-feira, 17, o presidente estadual da sigla, Derval de Paiva, esteve reunido como o prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, também pré-candidato a governador, pelo PR. Na foto (sem autoria revelada), além de Derval e Dimas, participam da conversa Hebert Barros Brito, o Dr. Buti, o deputado estadual Valdemar Júnior e o ex-prefeito João Tabocão. Resta saber se aliança entre os dois partidos estava no cardápio. Se sim, quem vai ceder?

Ao assumir comando interino da Frente Nacional de Prefeitos, Carlos Amastha chama capital do Estado de “patinho feio”

[caption id="attachment_8498" align="aligncenter" width="620"] Ex-governador Siqueira Campos | Foto: Aldemar Ribeiro/Arquivo/ATN[/caption]
Na segunda-feira, 8, o ex-governador Siqueira Campos (DEM) declarou, por meio de Nota à Imprensa, que só definirá em março se será ou não candidato a senador nas eleições deste ano. Siqueira resolveu emitir esta declaração para pôr fim às especulações que circulam nas redes sociais incluindo seu nome em chapas que nem sequer foram discutidas.
Na nota, o ex-governador afirmou que tem recebido apoio de todos os municípios do Estado para assumir a candidatura ao Senado e disse, também, que tem recebido essas indicações como uma homenagem, mas sobretudo, pela confiança da população em sua capacidade, experiência e pelos serviços prestados ao Tocantins. “Recebo líderes de todo o Estado que chegam trazendo o apoio e a palavra de incentivo para esta candidatura. Estou me sentindo bem, estou bem de saúde, mas entendo que ainda não é o momento para assumir esse compromisso. Mas a partir de março, já poderei falar se serei ou não candidato a senador, para continuar trabalhando pelo nosso Tocantins”, afirmou.
Mais: “Cada decisão a seu tempo. Primeiro vou decidir se aceito ou não essa responsabilidade de assumir uma candidatura. Caso eu decida ser candidato, aí sim partiríamos para o momento de conversar com os partidos e discutir um projeto para o Estado e formar uma chapa forte e competitiva”.
A iniciativa do experiente político é louvável e evita especulações em torno do seu respeitado nome e passado político. Contudo, a questão não é nem de longe, o fato de ele ser candidato ou não, uma vez que há uma espécie de clamor popular favorável à sua candidatura. O problema é a generalizada especulação de que o nome do deputado estadual Eduardo Siqueira Campos, seu filho, constaria no registro eleitoral como primeiro ou segundo suplente.
Essa hipótese é totalmente possível e plausível uma vez que, ainda em julho de 2013, o plenário do Senado Federal rejeitou a proposta de emenda à Constituição (PEC) que proibia que senadores escolhessem como seus suplentes parentes de sangue de até segundo grau — como pais, filhos e irmãos —, permitindo que estes assumissem o cargo de senador quando houvesse afastamento temporário ou definitivo do titular. À época, a PEC teve somente 46 votos favoráveis, abaixo dos 49 necessários para aprová-la. Com isso, a proposta, que também pretendia reduzir de dois para um o número de suplentes, foi arquivada definitivamente.
Num passado não muito longínquo tal ocorrência passaria totalmente despercebida aos olhos do grande eleitorado, ou ainda, caso chegasse ao conhecimento de eleitores menos politizados, seria solenemente ignorado, ante ao fato de o velho Siqueira ser considerado por muitos, um ícone da política tocantinense.
Quer seja pela possibilidade de eleitores com idade entre 16 e 18 anos terem direito ao voto e isso muda – e muito(!) – o cenário para os caciques políticos de cada Estado federado, quer seja pelo avanço da internet e das redes sociais, definitivamente, os tempos são outros.
A título de parâmetro, segundo pesquisa do instituto Cetic.br, divulgada recentemente pelo jornal “Folha de S.Paulo”, praticamente todo o crescimento nos domicílios conectados digitalmente no Brasil se deu por meio de conexões móveis. Ao todo, 54% dos domicílios e 61% dos brasileiros com 10 anos ou mais já estão na internet.
A pesquisa apontou que, entre os 107,9 milhões de brasileiros conectados, 43% dos usam o celular para acessar a internet. Os usuários, principalmente móbile, são os mais jovens e mais urbanos. Segundo o mesmo levantamento, 89% das pessoas que usam a internet o fazem para enviar mensagens instantâneas, usando aplicativos como o WhatsApp, e 78% afirmam usar redes sociais.
Nestas circunstâncias, não parece crível que, em pleno século XXI, uma suposta “jogada” para eleger Siqueira Campos ao Senado com a finalidade de alçar – em pouco tempo – o deputado Eduardo ao cargo. Ainda não estou convicto que tal hipótese se concretize, não apenas pelo amplo conhecimento que o parlamentar possui acerca das viralizações de fatos ou boatos, após o advento da internet, como também, pelo fato de que a divulgação de uma eventual notícia, acerca do registro de tal chapa, se espalharia como um rastilho de pólvora – com indícios de “fraude eleitoral” – por todas as redes sociais e mancharia, por assim dizer, a carreira de ambos.

[caption id="attachment_113786" align="aligncenter" width="620"] Vicentinho Alves, Donizeti Nogueira, Cesar Halum, Gaguim, e os Siqueira: querem as duas vagas ao Senado | Fotos: Agência Câmara e Agência Senado/ Asleto[/caption]
A corrida pelos dois cargos de senadores, até o momento, é mais acirrada do que a disputa para o cargo de governador do Estado do Tocantins. Para a disputa do governo, já estão definidos como pré-candidatos o atual detentor do cargo, Marcelo Miranda (PMDB), a senadora Kátia Abreu (sem partido) e o franco atirador Marlon Reis (Rede). Também declarados pré-candidatos, é necessário ressaltar que o senador Ataídes Oliveira (PSDB), o deputado estadual Paulo Mourão (PT), além dos prefeitos Ronaldo Dimas (PR) e Carlos Amastha (PSB) ainda precisam passar por convenções partidárias e renunciarem a seus cargos, o que, talvez, não se confirme.
Detalhes à parte, o certo é que para o cargo de senador vários são os postulantes, já declarados pré-candidatos: o senador Vicentinho Alves (PR), que quer a reeleição, o suplente de senador Donizeti Nogueira (PT), os deputados federais César Halum (PRB) e Carlos Gaguim (Podemos), o ex-deputado federal Eduardo Gomes (SD) e até mesmo o decano Siqueira Campos (DEM).
O encaixe desses nomes nas chapas majoritárias é mais complicado, principalmente se for considerado o jogo de interesses e o acerto político com cada um dos postulantes ao cargo de presidente da República. Em todo caso, resta claro que são muitos candidatos para poucas vagas. Em que pese em 2018 o eleitor poder votar em dois nomes para o Senado Federal, um fator que deve ser levado em consideração é que a reeleição de Vicentinho Alves é muito provável, face ao grande número de emendas parlamentares destinadas ao longo de oito anos aos 139 municípios tocantinenses. Evidentemente que esse fato é preponderante e tem peso decisivo.
Neste caso, sobraria apenas uma vaga para cinco pretendentes. Nogueira tem força suficiente dentro do PT para forçar Paulo Mourão desistir da candidatura ao governo e se tornar o vice na chapa encabeçada por Kátia Abreu. Neste caso, não seria muito difícil para ele emplacar seu nome como senador nesta chapa, não apenas pela estreita ligação com Kátia, como também pelos laços com o “companheiro” Lula e demais petistas.
Halum encontrou um nicho perfeito: o norte do Estado – tantas vezes representado no Senado por João Ribeiro – no momento encontra-se carente de tal representatividade. Estrategicamente, Halum assumiu a postura de defensor do Bico do Papagaio, Norte, Nordeste e Noroeste do Tocantins e praticamente já foi aclamado como o candidato daquele eleitorado.
Em que pese o deputado Gaguim ser polêmico e acelerado em demasia, além de sérios enfrentamentos judiciais, sua candidatura ao Senado, considerando suas últimas votações, não pode ser taxada como aventura eleitoral. O parlamentar já retirou vários coelhos de uma cartola que parecia totalmente vazia e, também, demonstrou uma incrível capacidade política de sair de situações difíceis.
Já o nome de Eduardo Gomes possui referencial histórico no território tocantínio. Participou ativamente da criação do Estado e da capital, Palmas. Foi vereador e deputado federal atuante. Uma das cabeças pensantes da antiga União do Tocantins (UT), Gomes se destacou ao obter mais 276 mil votos na última eleição para senador em 2014, tendo sido derrotado por Kátia Abreu, por uma diferença ínfima (0,87%), correspondente a pouco mais de 5,9 mil votos.
Por fim, há ainda a possibilidade do até então aposentado Siqueira Campos concorrer ao cargo de senador. Seu passado, sua história e suas conquistas lhe habilitam a disputar o cargo. Apenas dois problemas teriam que ser contornados ou pelo menos explicados para a grande maioria dos eleitores. O primeiro reflui da própria carta de renúncia ao cargo de governador, em abril 2014, quando disse: “Deixo o Governo na certeza de que o entrego em mãos comprometidas com o desenvolvimento do Estado e com o bem-estar de nosso povo, na confiança de que junto com seus nobres pares, haverá de tomar as melhores decisões com a responsabilidade de quem tem compromisso com Deus para construir o futuro, com os grandes projetos que estão encaminhados, como as regiões metropolitanas de Palmas, Araguaína e Gurupi e o metrô elevado de Palmas, que integrará no futuro toda a região através de rodovias duplicadas a partir de Porto Nacional, Paraíso, Miracema/Miranorte e Aparecida do Rio Negro.”
A verdade nua e crua é que nenhuma destas premissas aconteceram, uma vez que nem os “grandes projetos” se tornaram realidade nem tampouco seu sucessor, Sandoval Cardoso, demonstrou ser comprometido com o desenvolvimento ou com o bem-estar da população. Aliás, nem mesmo a quitação da folha de pagamento dos servidores públicos Sandoval foi capaz de honrar.
Além disso, Siqueira terá que convencer os eleitores que sua idade avançada não o obrigará a empreender nova renúncia, deixando o cobiçado cargo nas mãos de um desconhecido suplente, que nem sequer teria sido submetido ao julgamento das urnas.

[caption id="attachment_97480" align="alignleft" width="620"] Foto: Divulgação[/caption]
O Pleno do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins (TCE) rejeitou, por unanimidade, 6 votos a zero, os três pedidos de suspeição do prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), contra o conselheiro Alberto Sevilha. Todos os membros da Corte de Contas acompanharam o voto do relator Severiano Costandrade de Aguiar, que não viu a alegada inimizade entre Amastha e Sevilha, nem atos do conselheiro que não fossem estritamente dentro das atribuições. Na sessão, no lugar de Sevilha votou o conselheiro substituto Leon Diniz.
Nos termos do relatório aprovado, extraído do Processo nº 9677/2017, os conselheiros corroboraram o entendimento do relator, nos seguintes termos: “...insta lembrar que o reconhecimento da suspeição, de cunho subjetivo, demanda prova robusta e hábil a ser apresentada pelo Excipiente, com a aptidão necessária à demonstração da necessidade de afastamento do julgador ante a diferenciação na sua atuação ordinária, em razão de sua pretensa parcialidade na condução dos feitos. Indispensável a cabal demonstração de comportamento parcial do julgador na atuação processual, do contrário, incorrer-se-ia em verdadeira banalização do instituto da suspeição e inviabilização do exercício da atuação dos Conselheiros perante o Tribunal de Contas em que oficiam. Além disso, no que tange à suspeição por inimizade capital, como ora se argumenta, tem-se que é indispensável que o sentimento seja grave, que remata ao ódio, a um sentimento de rancor ou de vingança. Não basta uma simples antipatia ou malquerença. Contudo, não se visualizou a comprovação de circunstância que afaste a manutenção da atribuição do Conselheiro Alberto Sevilha para atuação no município de Palmas. Não é possível visualizar também o interesse do Conselheiro Excepto em prejudicar o Excipiente, tendo em vista que, pelo que se pode extrair dos documentos que compõem os Autos, não há a comprovação sequer de alguma antipatia de um para com o outro. Não se visualiza demonstração de que houve a atuação parcial, seja movida por interesses pessoais ou com o desiderato de prejudicar o excipiente – quer quando tenha atuado de ofício, quando na sua atuação ordinária regimental ou quando provocado pelo Ministério Público de Contas, no regular exercício de suas funções. A análise dos documentos e dos fatos alegados pelo Excipiente, além de já cobertos pelo manto da preclusão, não tiveram o condão de provar a inimizade alegada ou quaisquer hipóteses previstas no art. 145 do CPC, de forma que o presente feito carece do necessário suporte legal...”

[caption id="attachment_111457" align="alignleft" width="620"] Márlon Reis (Rede), Ronaldo Dimas (PR), Paulo Mourão (PT): nomes lançados, mas nem todos vão até as convenções | Fotos: Reprodução[/caption]
Saltaram aos olhos o número de lançamentos de pré-candidaturas ao governo do Estado do Tocantins no mês de novembro de 2017. Numa espécie de demarcação de território, no último dia 22, o PT lançou como pré-candidato o deputado estadual Paulo Mourão que, ao ensejo, enfatizou: “Quero colocar meu nome como projeto de construção, harmonização, pacificação das forças políticas, não quero intriga com quem quer que seja”, declarou. “Eu preciso demonstrar ao Partido dos Trabalhadores que a minha hora é agora”, afirmou o parlamentar.
Já no dia 24, a Rede Sustentabilidade apresentou o ex-juiz, coautor e idealizador da Lei da Ficha Limpa, Márlon Reis. “O povo tem consciência e está esperando a oportunidade para escolher. Pela primeira vez no Tocantins vai haver a oportunidade de escolher e não optar entre o menos pior. Escolher é uma coisa, ou seja, te dá várias opções. Agora, optar é limitado, não te dá a liberdade”, disse Marina Silva, ela mesma pré-candidata à Presidência da República pela sigla, ao discursar na capital tocantinense no lançamento da pré-candidatura de Márlon ao governo estadual.
Por sua vez, no dia 28, a grande surpresa: o PR lançou oficialmente a pré-candidatura do prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas. O comunicado por meio de nota à imprensa veio do líder da bancada tocantinense no Congresso Nacional e presidente estadual da sigla, o senador Vicentinho Alves. “Buscando contribuir nesse processo de construção de candidatura, coloco a estrutura partidária à disposição do prefeito Ronaldo Dimas para que ele possa fazer os entendimentos visando à definição de sua candidatura e à composição da chapa majoritária e das coligações proporcionais para as eleições de 2018” afirmou o comunicado.
Muito embora ainda sejam aguardadas as naturais candidaturas da senadora Kátia Abreu (sem partido), como também do senador tucano Ataídes Oliveira, além da própria candidatura palaciana, liderada pelo atual governador Marcelo Miranda (PMDB), o pleito do PT e do PR soa como uma espécie de artimanha num jogo de pôquer: “é um blefe, mas se o adversário recuar, eu ganho”.
Face ao seu desgaste político em nível nacional, o PT não teria votos suficientes para obter êxito no pleito majoritário no Estado do Tocantins. O partido tem ciência dessa limitação, mas necessita de um palanque forte no Estado para uma eventual candidatura de Lula à Presidência da República. A alternativa seria se aliar à senadora Kátia Abreu, contudo, a vaga de vice na chapa majoritária seria uma exigência, uma vez que a pré-candidatura de Paulo Mourão já foi lançada.
Já o PR, após o senador Vicentinho assumir a liderança da bancada, se aproximou do Palácio Araguaia, apresentou emendas parlamentares, entretanto, na primeira oportunidade, mostrou as garras ao lançar Dimas como pré-candidato ao governo. Assim como o PT, o que o PR quer mesmo é garantir vaga na chapa majoritária. Quer seja por intermédio de Dimas ou por outro nome, a sigla certamente vai “exigir” a vaga de vice na chapa liderada por Marcelo Miranda.
Faltando praticamente um ano para eleições, as siglas partidárias já começaram, por assim dizer, a “jogar o jogo”. Nomes são lançados, mas nem todos vão continuar até as convenções. Se ontem erámos inimigos, hoje somos aliados e, amanhã, talvez, sejamos adversários ou apenas emissores de “fogo amigo”...

[caption id="attachment_105207" align="aligncenter" width="620"] Foto: Geraldo Magela/Agência Senado[/caption]
A Comissão de Ética e Disciplina do PMDB não recuou e acabou por acatar, colegiadamente, a decisão de expulsar a senadora tocantinense Kátia Abreu, por atacar membros e autoridades regionais e nacionais do PMDB, além de ter votado no Senado contra a orientação do partido. O documento, assinado pelo presidente da comissão, Eduardo Karuse, foi entregue ao presidente nacional da sigla, senador Romero Jucá, na quinta-feira, 23, que recebeu os membros da Comissão no diretório nacional, em Brasília.
Karuse pediu, ainda, que Jucá tome “as providências necessárias ao cumprimento da decisão”, quais sejam, comunicação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO) acerca do cancelamento da filiação da parlamentar.
Kátia recebeu a notícia durante evento sobre o cenário político brasileiro na Universidade Yale, em Connecticut (EUA). Em nota à imprensa, foi irônica: "Fui expulsa exatamente por não ter feito concessão à ética na política. Fui expulsa por defender posições que desagradam ao governo. Fui expulsa pois ousei dizer não a cargos, privilégios ou regalias do poder”. E arrematou: "Fiquei no PMDB e não saí como queriam. Fiquei e lutei pela independência de ideias e por acreditar que um partido deve ser um espaço plural de debates. A democracia não aceita a opressão”.
O certo é que essa expulsão já havia sido decidida há tempos. A homologação do colegiado é apenas a pá de cal. Kátia foi teimosa, permaneceu no PMDB com o intuito de medir forças, mas essa novela teve seu capítulo final e a senadora tocantinense foi a grande derrotada. Muito embora ela pose como vítima, a expulsão foi um desprestígio, além de ser obrigada a arcar com prejuízos políticos, uma vez que sua exclusão da sigla lhe impede, por exemplo, de presidir qualquer comissão em trâmite no Senado.
Em que pese Kátia Abreu ter a pretensão de disputar o governo do Estado do Tocantins em 2018, ela não definiu em qual partido pretende se filiar. Ela disse que, por enquanto, continuará sem partido, e que vai conversar "com a população do Tocantins e com as lideranças políticas sérias do país antes de decidir o que será melhor para meu Estado e o Brasil”.
Lideranças sérias, apontam os burburinhos, seriam os membros do PDT, PSD e PT. A filiação neste último partido daria fôlego à candidatura de Lula à Presidência, entretanto, é bem improvável, uma vez que seria muito complexo convencer alguns membros do próprio PT, como também seria complicadíssimo convencer grande parte do eleitorado da senadora a aceitar tal filiação.
O PSD está – e sempre esteve – de portas abertas para a senadora, mesmo porque ela foi uma das fundadoras da sigla, ao lado do líder paulistano Gilberto Kassab, presidente nacional. Contudo, sua filiação não agregaria nada ao partido em termos regionais, visto que ela já é respeitada e considerada um grande líder naquela sigla, mesmo porque seu filho, Irajá Abreu, é presidente estadual da agremiação.
O destino deve ser mesmo o PDT. O Jornal Opção tentou contato com os líderes do partido no Tocantins, como o prefeito de Pedro Afonso e presidente da Associação Tocantinense dos Municípios (ATM), Jairo Mariano, a deputada estadual Luana Ribeiro e também o ex-deputado Ângelo Agnolin, contudo, não foi possível obter informações mais consistentes acerca de tal filiação.
Ao que parece, assim como ocorreu com o PMDB em 2014, Kátia será uma imposição da executiva nacional numa filiação “goela abaixo”.
O que muda para o cenário das eleições em 2018 ainda é difícil conjecturar, todavia, pode-se garantir que, a partir de agora, Katia terá condições de alinhavar alianças políticas e formar legendas para a disputa do governo do Estado, o que era impossível antes de sua expulsão do PMDB, na medida em que o candidato “modeba” não seria, sob nenhuma hipótese, a senadora.
A Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou no dia 30 de outubro, a proposta de transposição do Rio Tocantins para a Bacia do Rio São Francisco, de autoria do deputado federal Gonzaga Patriota (PSB-PE). A proposta tramita agora no Senado Federal, cuja relatoria estará a cargo da senadora Kátia Abreu (PMDB). O projeto, que agrada a bancada nordestina, prevê um percurso de 733 km de interligação entre o Rio Tocantins e o Rio Preto (na Bahia), vinculado na bacia do São Francisco. A polêmica matéria tem gerado repercussão entre políticos tocantinenses. O presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins, Mauro Carlesse (PHS), lançou na segunda-feira, 13, um abaixo-assinado contra a proposta. O ex-governador Siqueira Campos (sem partido) também é contrário, assim como o senador Vicentinho Alves (PR) e o deputado federal Cesar Halum (PRB). O ato de inconformismo de Carlesse alerta que o nível das águas do Rio Tocantins vem caindo anualmente, prejudicando o turismo e a pesca e a produção agropecuária. O deputado reitera que, em alguns trechos, como em Tocantinópolis, já é possível fazer a travessia a pé. Alegando que o Rio Tocantins não é inesgotável, Siqueira Campos enfatizou: “Sou nordestino, no entanto, sou contra porque fere os interesses de ambos os lados. Não aceito, não sou favorável. É preciso que o pessoal entenda que as águas do Rio Tocantins não podem ser levadas para qualquer outro lugar.” O senador Vicentinho Alves também se manifestou totalmente contrário: “Todos nós brasileiros compreendemos a crise hídrica na Região Nordeste e somos solidários na busca de soluções que amenizem o sofrimento da população daquela importante região do país. Mas o Rio Tocantins também passa por expressiva redução do seu volume e uma possível transposição pode comprometer a nossa capacidade hídrica”. O deputado César Halum lembrou que essa conversa surgiu há mais de 15 anos. “Naquela época o Rio Tocantins era abundante. Depois, ele se tornou um rio afogado, uma vez que só no território tocantinense há mais quatro usinas hidroelétricas. Os reservatórios emendam-se um ao outro e não se vê mais o leito do rio. Em muitos lugares é possível atravessar o rio a pé, como é o caso de Tocantinópolis, ou seja, não existe mais essa fartura de água.” Em contrapartida, numa espécie de conduta totalmente “fora da casinha”, o deputado federal Carlos Gaguim (Podemos) se manifestou favorável ao projeto, exaltando o autor do projeto, o deputado pernambucano Gonzaga Patriota, como grande líder. “Apoiamos este projeto dele, esta luta incansável de levar água para nosso querido Nordeste. E no Tocantins temos águas abundantes e temos sim condições de construir um projeto viável que vai poder beneficiar milhares de nordestinos que precisam desse bem tão precioso, que é a água. O Tocantins está junto com este grande líder Gonzaga Patriota”, disse o parlamentar tocantinense tão logo o projeto foi apresentado. Ao perceber a indignação da população tocantinense e o tamanho do “fora” que houvera cometido, Gaguim subiu ao púlpito da Câmara Federal e discursou para um plenário praticamente vazio, na sexta-feira, 10, enfatizando sua mudança de posição: "Gostaria de deixar registrado que nós somos contrários à aprovação deste projeto sobre a transposição das águas do Rio Tocantins. Sem o estudo, sem estar passando pela nossa bancada. Primeiro tem que ser feito estudo técnico", afirmou. Gaguim, como quase sempre, pecou pelo “acelerador estragado”. Vários foram os posicionamentos errôneos e apressados que acabaram por desgastá-lo. Por fim, o certo é que o Rio São Francisco vem ‘morrendo’ ao longo das últimas décadas e isso decorre não apenas em razão de fenômenos naturais, como também e – principalmente – por causa da intervenção humana. Logicamente que a salvação de um rio não pode significar a condenação de outro. Em vez de uma nova e dispendiosa transposição – a primeira se arrasta há vários anos e não apresenta resultados práticos –, a atitude a ser tomada para garantir água no São Francisco é revitalizar sua bacia. O desatento deputado federal tocantinense precisa estudar mais sobre o Protocolo de Kyoto que discute os efeitos do clima e o aquecimento global, o rompimento da camada de ozônio, a seca dos cursos d’água, o desmatamento ilegal, e a ecologia de forma geral. l

[caption id="attachment_110215" align="alignnone" width="620"] Marcelo Miranda e sua comitiva com empresários europeus: parcerias a vista[/caption]
O governador Marcelo Miranda (PMDB) e a comitiva tocantinense que se encontram em missão oficial na Europa desde a segunda-feira, 13, reuniram-se na sexta-feira, 17, com empreendedores de duas grandes empresas em Gorichem, na Holanda: o diretor executivo da Concórdia Group, Chris Kornet, e o presidente da Damen Shipyards, René Berkvens. Eles estiveram acompanhados da embaixadora do Brasil nos Países Baixos, Regina Dunlop.
Nas duas empresas, os tocantinenses apresentaram números e condições naturais do Tocantins, que favorecem investimentos em ferrovia e hidrovia. “Estamos no lugar e no momento certos, em busca de novos investimentos.
Acredito que temos tudo para fechar parcerias favoráveis, tanto para o Tocantins quanto para as empresas que se interessem em investir no nosso Estado”, avaliou o governador. “Nossa presença tem o objetivo de iniciar um primeiro contato, uma discussão, não só na construção de barcos e de logística [especialidade da Concórdia Group], mas ainda sobre a navegabilidade de nossos rios. Também pretendemos buscar parceiros com expertise na derrocada de pedreiras [caso da Damen]", disse Marcelo Miranda.
O secretário de Estado do Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia, Turismo e Cultura, Alexandro Castro, fez uma apresentação técnica. “Trabalhamos para garantir a navegabilidade dos dois principais rios tocantinenses, de transporte da nossa produção agrícola. O governo do Tocantins pretende trabalhar em busca de parcerias público-privadas”, ressaltou.
O diretor executivo do grupo Concórdia, Chris Kornet, revelou já ter realizado levantamento sobre as condições de navegabilidade dos rios Araguaia e Tocantins. Ele disse acreditar na navegabilidade desses rios, com alguns ajustes. Dentre eles, citou o Pedral do Lourenço. E sugeriu que "a melhor saída para o transporte, especialmente para exportação da soja no Tocantins, é por meio de contêineres. Essa é a melhor indicação para um futuro próximo, porque é a melhor opção para reduzir preços", informou.