Resultados do marcador: 2015

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Número de cesarianas cai pela primeira vez no Brasil

Porcentual de partos normais também permanece maior – 59,8% contra 40,2% de cesarianas

Governo de Goiás investe mais em Segurança que em Saúde

Pela primeira vez, repasses para programas de combate à violência representaram 12,55% no ano passado, mais do que os 12,2% repassados para a Saúde

Rio Verde é o município que mais exportou produtos em Goiás

Alto Horizonte, Itumbiara, Luziânia e Anápolis também se destacaram como origem das exportações goianas. Anápolis foi a principal importadora em 2015

Pela primeira vez na história, Impostômetro chega a R$ 2 trilhões

No último ano, o País arrecadou R$ 1,95 trilhão de impostos

Vendas de Natal caíram 1% neste ano

Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) divulgou balanço anual. Resultado é o pior em dez anos

O ano da sobrevivência

Afonso Lopes A comparação é inevitável. Este 2015 foi um ano para ser lembrado durante décadas como o momento em que o Brasil saiu de uma freeway para cair diretamente numa estradinha de terra batida. Um baque e tanto que alterou completamente o panorama da economia do Brasil como um todo, e que atingiu todos os Estados de maneira bastante dura. Goiás se mantém acima da linha d’água graças a medidas de forte contenção e redução da máquina administrativa iniciadas ainda no final de 2014, com a diminuição de 16 para 10 secretarias, demissão de funcionários temporários e comissionados e corte de quase 1.000 funções gratificadas. Ainda assim, a crise que se instalou no início de 2015 só fez se agravar a cada mês, e os cortes tiveram que continuar. Inicialmente, a economia com a redução da máquina estabelecida em 2014 somou, segundo dados da Secretaria da Fazenda, menos de 500 milhões de reais. Durante a última semana, a secretaria Ana Carla Abrão Costa atualizou os números: o Estado teria deixado de gastar algo em torno de 2 bilhões de reais este ano. Sacrifícios É óbvio que com tanto dinheiro a menos, todos os setores administrativos passaram por contingenciamentos. Obras não emergenciais, mas em andamento, algumas prestes a serem finalizadas, tiveram que parar. Inúmeras outras, que deveriam ser iniciadas este ano, foram adiadas. Ainda assim, uma das principais joias do princípio administrativo dos governos comandados por Marconi Perillo, o pagamento dos servidores dentro do mês trabalhado, sofreu ajuste, e passou a ser liberado dentro do prazo previsto em lei. Isso permitiu que a folha dos servidores se mantivesse em dia, embora sem quitação antecipada. Também foram adiados aumentos e reajustes pré-acertados anteriormente, medida que levou os gastos com pessoal ao limite máximo previsto dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal, mas à beira de seu rompimento. De uma maneira geral, o Estado de Goiás continuou “rodando”, mas numa velocidade bem menor em relação aos anos anteriores. A queda na produção de riquezas no Brasil, principal fator de arrecadação dos governos através dos impostos, impôs limites. Vários Estados sucumbiram, como ocorreu com o rico Rio Grande do Sul, que chegou a parcelar salários de servidores em três parcelas. Há dez dias, o Rio de Janeiro anunciou que não terá como quitar o 13º salário dos servidores. O curioso é que o Rio é o único Estado brasileiro que manteve uma agenda de investimentos federais robusta, com a construção das obras preparatórias dos Jogos Olímpicos do ano que vem. Nem assim o governo fluminense suportou a crise. No Mato Grosso, o governo chegou a debater com os servidores a possibilidade de recorrer a empréstimos bancários em nome deles para o recebimento do abono natalino, medida idêntica a adotada por inúmeros governos de Goiás antes de 1999. Mérito Há méritos em governos estaduais que consigam fazer seus Estados apenas sobreviverem? Há, sem dúvida. Pelas regras atuais, enquanto o governo federal amarga déficits monumentais, que já é projetado para a casa dos 50 bilhões de reais também para 2016, os Estados são obrigados a fechar com superávits vigorosos, em torno de 14% de suas arrecadações, dinheiro este que é enviado a Brasília para o serviço da dívida histórica de cada um deles. É uma montanha de recursos que entra nos cofres estaduais, mas não fica. O Rio Grande do Sul descumpriu essa regra e teve parte de suas receitas bloqueadas. Reunidos como frente de governadores do Centro-Oeste, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins iniciaram um importante debate em torno dessa questão, e hoje já recebem a adesão de outros governadores da região Norte do Brasil. Pela maior experiência e liderança, o governador Marconi Perillo é o presidente dessa frente, que pretende convencer Brasília a aliviar de alguma forma o pesadíssimo fardo imposto a eles ao longo dos anos. Isso permitiria que, sem repasses novos, mas com alguma economia no repasse correspondente ao montante das dívidas, os Estados pudessem recuperar ao menos um quinhão para investimentos em áreas essenciais, como a conclusão de obras e até lançamento de outras, como a abertura de estradas em regiões isoladas e com forte vocação produtiva. Como costumam dizer os governadores do Centro-Oeste, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul formam uma espécie de triunvirato do PIB positivo, e formam um conjunto que auxilia o Brasil como um todo. 2016 Não há previsão positiva em Brasília em relação à superação da crise econômica. Ao contrário do que se dizia em janeiro e fevereiro deste ano pelas autoridades econômicas, as dificuldades vão continuar durante todo o ano de 2016. O mercado calcula que a recessão vai se manter próxima de 3% depois de resvalar nos 4 pontos este ano. Isso equivale a dizer que a queda continuará. Ao mesmo tempo, a taxa de inflação, que fecha o ano perto de 11%, manterá o pique também no ano que vem. Para os Estados, esses números são terríveis. Quem fez o dever de casa em 2015, como é o caso de Goiás, haverá necessidade de controle total sem permitir qualquer resvalo irreal e fantasioso. Um único passo errado e a difícil estrutura de controle pode ruir completamente. Nos Estados em que não se acertou o passo com a realidade recessiva, a previsão é muito pior. Eles terão que confrontar os números certos de que não há milagres. Goiás sobreviveu a 2015, e demonstra decisão política suficiente madura para enfrentar também 2016. A grande esperança, não apenas aqui, em todo o Brasil, é que em 2017 seja o momento da superação definitiva deste que é o pior momento econômico da história do país.

Goiás está melhor que o Brasil em relação à crise, mas não tanto

Tensão econômico-financeira ainda é menor na comparação com a União. Contudo, setores da economia mostram que Estado não está distante do resto do país

Ano de colocar a casa em ordem e enfrentar os desafios

O novo governador, Marcelo Miranda, assumiu sabendo que terá enormes dificuldades para administrar um Estado que está inquestionavelmente quebrado

Marcelo Miranda anuncia secretários restantes e garante que a ordem é “enxugar a máquina”

Nova equipe assumirá com uma preocupação: a de ainda não saber como estará o orçamento, uma vez que a Lei Orçamentária Anual não foi enviada para a Assembleia Legislativa pelo atual governo

Marcelo Miranda anuncia 12 novos nomes que vão compor o governo do Tocantins

Em reunião, governador eleito apresentou apostas para pastas estaduais e reiterou preocupação com as contas da atual administração: "Situação é de calamidade"

Herança deixada para próximo governo é de irresponsabilidades administrativas

Marcelo Miranda assumirá Estado com déficit, deixado pela gestão atual, e com sérias dificuldades de se desenvolver [caption id="attachment_18807" align="alignleft" width="620"]Foto: Marcio Vieira / Governo de Sandoval Cardoso (SD) se prepara para dar deixar o Estado com um déficit orçamentário... Foto: Marcio Vieira / Governo de Sandoval Cardoso (SD) se prepara para dar deixar o Estado com um déficit orçamentário...[/caption] Gilson Cavalcante O governo estadual vai deixar uma fatura pe­sada para o próximo governo, principalmente nas áreas da Saúde e da Educação. No entanto, o que mais chama a atenção, devido à irresponsabilidade administrativa, de acordo com dados levantados, é que o atual governo deixou de aplicar os 25% das receitas do Estado no setor educacional, como determina a Cons­tituição Federal. De janeiro a setembro deste ano, por exemplo, foram aplicados somente 19,6%. Segundo analistas, não é difícil chegar a tal dedução: nos oito primeiros meses do ano, o governo repassou para a Secretaria da Educação o montante de R$ 742 milhões, dos quais R$ 601 milhões foram gastos com pessoal e aplicou apenas R$ 20 milhões em investimentos. Isso significa que não foram investidos nem 20% do que manda a lei. No elenco de irresponsabilidades praticadas pelo governo que começa a limpar as gavetas para entregar o cargo para Marcelo Miranda (PMDB), a partir de 1º de janeiro de 2015, está o descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) no que se refere à folha de pagamento dos servidores púbicos. Um exemplo do descuido: em 2013, com os gastos com despesas de pessoal e encargos, foram gastos mais de 51,5% da Receita Corrente Líquida, quando o limite é de 49%. No mês de agosto deste ano, os gastos com folha de pagamento de funcionários foi por volta de 58%; em maio, 69%; em junho, 72%; e em julho na ordem de 53%. [caption id="attachment_18808" align="alignleft" width="620"]Foto: Fernando Leite/Jornal Opção / ... e, por consequência, Marcelo Miranda precisará lidar com sérios problemas no primeiro ano de governo Foto: Fernando Leite/Jornal Opção / ... e, por consequência, Marcelo Miranda precisará lidar com sérios problemas no primeiro ano de governo[/caption] Caso pensado ou imprudência? Só para relembrar: logo que perdeu as eleições, o governador Sandoval Cardoso (SD) baixou o famoso decreto cancelando empenhos não liquidados até 10 de outubro, cujo pagamento não depende da boa vontade de um Comitê Gestor criado para esse fim. Tem gente comentando que a decisão cheira a calote no valor de mais de R$ 1 bilhão. E os números não param por aí. Em 2010, os repasses do governo federal referentes ao Fundo de Participação dos Estados (FPE) para o Tocantins alcançaram a cifra de R$ 2,117 bilhões e o previsto até o final do ano é de R$ 3, 435 bilhões, um crescimento, portanto, do FPE de mais de R$ 1,318 bilhão em quatro anos. Dados divulgados por um jornal diário constaram que de 2003 a 2013, os investimentos do governo no Estado caíram de 35,47% para 9,72%, enquanto os gastos com servidores cresceram 388% no mesmo período. Gastos além do arrecadado O descontrole do governo ficou comprovado, agora, mais uma vez, quando o chefe do Executivo encaminhou recentemente à Assembleia Legislativa a Lei de Diretrizes Or­çamentárias (LDO) para 2015. Reconheceu, pelos números apresentados, que o Estado gastou mais do que arrecadou em 2013. Pelos cálculos apresentados, o resultado primário do Estado no ano passado apresentou um déficit de mais de R$ 550 mil. O governador Sandoval justificou que o que contribuiu para essa negatividade foi o cenário da economia brasileira apresentado em 2013 e das medidas sucessivas de renúncias fiscais promovidas pelo governo federal, o que, no seu entendimento, fizeram com que a execução orçamentária de 2013 fosse atingida por fatores impactantes, afetando o cumprimento das receitas previstas. Esse resultado primário corresponde a 3,71% negativo do PIB estadual. Cuja previsão é de R$ 14.836 milhões. O equilíbrio entre a receita e a despesa, segundo o governo, “continua como pilar fundamental para a manutenção de um regime fiscal responsável e para garantia de um processo de melhoria contínua da administração pública”. A LDO tramita na Comissão de Finanças, Tributação, Fiscali­zação e Controle.

Toinho Andrade se movimenta para tentar a presidência da Assembleia

[caption id="attachment_18810" align="alignleft" width="240"]Foto: Ísis Oliveira / Toinho Andrade: “Vou lutar por minha candidatura à presidência” Foto: Ísis Oliveira / Toinho Andrade: “Vou lutar por minha candidatura à presidência”[/caption] Reeleito com mais de 17.600 mil votos, o deputado Toinho Andrade (PSD) começa a se movimentar no sentido de colocar seu nome em discussão para comandar a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, na próxima legislatura. Recente­mente, ele fez pronunciamento da tribuna da Casa demonstrando esse interesse. O parlamentar circula com desenvoltura entre todas as bancadas e jamais entrou em polêmicas ou provocou animosidades com qualquer colega do parlamento. Por isso, acredita que pode aglutinar forças em torno de seu nome. Toinho Andrade, no entanto, garante que ainda não entabulou nenhum entendimento com vistas à sua postulação, o que pretende fazer no momento “oportuno”. Ele defende a ideia de que o Legislativo tem que ser bem re­presentado para conduzir as discussões e debates de forma equilibrada e sensata. “Vamos ajudar o Executivo no desenvolvimento do Tocantins sem, no entanto, perder a autonomia e fugir ao verdadeiro papel do Legisla­tivo”. Toinho foi o candidato mais bem votado da sua coligação. A principal base eleitoral do parlamentar é Porto Nacional, que estará bem representado no Legislativo estadual, com cinco deputados oriundos daquele município, além de um senador e um deputado federal. “Acredito que a nossa cidade, agora, não terá mais aquelas dificuldades em receber ajuda do governo estadual, ou os recursos das emendas parlamentares em nível federal”, ressalta. O deputado peessedista acredita que um presidente afinado com o próximo governador vai possibilitar que os tocantinenses recuperem sua autoestima e a credibilidade do governo, “para que a gente possa trazer de volta a alegria ao povo desse Estado, em especial, aos servidores públicos”, considera. Embora a coligação de Mar­celo Miranda não tenha elegido a maioria dos 24 parlamentares, Toinho Andrade acredita que o governador futuro não terá dificuldades na Assembleia Legislativa para colocar os seus projetos em prática. Ele entende que Marcelo Miranda é um político habilidoso, disposto ao diálogo e, por isso, está convencido de que a grande maioria dos parlamentares da próxima legislatura não oferecerá resistência ao novo governo. “Marcelo Miranda é um governador experiente, vai para o seu terceiro mandato e sabe fazer uma avaliação correta do cenário não só político, como econômico e social do nosso Estado. Ele vai apresentar à sociedade, por intermédio do Legislativo, suas metas para tirar o Tocantins do sufoco, da situação caótica em que se encontra”, apregoa o deputado. Toinho Andrade reconhece que a postulação pela presidência do Legislativo não será missão fácil, mas garante que está preparado para fazer essa gestão, com parcimônia, articulação e entendimento. “Vou lutar para que a minha candidatura seja posta de maneira consensual, buscando apaziguar eventuais desentendimentos”, pondera, acrescentando que vai, inclusive, conversar com a bancada de oposição, para que o seu intento seja exitoso, com base no princípio da “boa convivência” parlamentar. O deputado advoga a tese que as possíveis arestas que surgirão em plenário terá pulso firme de uma Mesa Diretora capaz de conduzir de “forma impecável” os trabalhos.

Deputado eleito pela 3ª via diz que será um parceiro do novo governador

Com três mandatos como vereador na capital e indo para o quarto de deputado estadual, Eli Borges, egresso do PMDB e reeleito pelo Pros, se define como um anti-siqueirista convicto e, por isso mesmo, já anunciou que vai acompanhar o governador eleito Marcelo Miranda (PMDB), mas com uma visão crítica no que tange à discussão dos projetos que considerar de vital importância para o desenvolvimento do Estado e da democracia. O parlamentar evangélico foi um dos mais bem votados candidatos em Palmas, numa coligação muito pouco expressiva eleitoralmente. Ele avalia que o pleito deste ano foi o mais difícil de todos, principalmente para quem estava em desvantagem financeira. “Ficou constatado que o Tocantins não evoluiu na politização, na consciência cidadã do voto, com algumas exceções. Outra coisa: lideranças políticas do Estado e alguns vereadores participaram do grande leilão de lideranças, no mês de junho, a famosa e tradicional compra de votos”, desabafou, lembrando que perdeu dezenas de apoios de vereadores nessas eleições. Em sua análise, boa parte do eleitor tocantinense ainda sobrevive da negociação do voto e, segundo ele, muitos políticos continuam alimentando essa prática retrógrada. “Parte da justiça eleitoral se preocupa com algum detalhe político das eleições, quando deveria realizar um trabalho muito forte no sentido de coibir esses leilões de lideranças em época de eleições e moralizar a institucionalização da compra de votos, que são as famosas bocas de urna, feito agora de forma diferente, mediante um contrato na reta final da campanha eleitoral”, condena. A expressiva votação que obteve em Palmas não empolga o deputado a pleitear a disputa pela prefeitura da capital, em 2016. “Não tenho disposição para isso, até porque a minha preocupação é de que o poderio econômico acaba fazendo a diferença e se torna muito forte depois do resultado das eleições”, pondera. Eli Borges obteve mais votos do que a deputada derrotada Solange Duailibi (SD), esposa do ex-prefeito Raul Filho (PT), a candidata do prefeito Carlos Amastha (PP), vereador Negreiros (PP), e Eduardo Siqueira Campos (PTB). Sobre a disputa pela presidência da Assembleia Legislativa, Eli Borges disse que já foi procurado por alguns colegas na intenção de concorrer (não citou nomes), mas adiantou que preferiu não fazer nenhum compromisso, pelo menos daqui até dezembro. “Vamos aguardar os fatos, a composição do governo, a plataforma individualizada que cada um dos deputados que tem a pretensão de se candidatar a presidente da Casa”, tergiversou. O parlamentar ressaltou, no entanto, que se o processo permitir que ele possa surgir como um candidato de consenso não fugirá da raia. E observa que, numa eventual disputa em que desse o empate, ele teria vantagem, porque é o deputado mais velho do parlamento e, com isso, sairia privilegiado. “Mas isso não significa que serei candidato”, ressalva.