Cunhado de Bolsonaro provoca ciúmes nos bastidores

Cunhado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Diego Torres Dourado, que desempenha um papel cada vez mais destacado nos bastidores do governo de São Paulo, tem gerado desconforto entre os aliados do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). As informações foram divulgadas pela revista Veja, nesta sexta-feira, 8.

Tarcísio de Freitas celebrou, na quarta-feira, 6, a aprovação, por 62 votos a 1, do plano de privatização da Sabesp na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Entretanto, nos bastidores, as políticas mais tensas revelam um cenário mais complexo, com disputas de poder entre os principais auxiliares do governador.

Em meio a esse panorama, Diego Torres Dourado, irmão da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, surge como um novo protagonista na articulação política. Nomeado assessor especial por Tarcísio em janeiro, Diego desempenha o papel de intermediário entre o governo e a base bolsonarista na Assembleia, além de cuidar de diversas tarefas, como agendar reuniões.

Ex-soldado da Força Aérea Brasileira (FAB) e próximo ao clã Bolsonaro, Diego tem uma trajetória que o coloca no centro de várias polêmicas. Dentre as quais, no caso das joias presidenciais comercializadas no exterior.

Falta de traquejo

De acordo com informações de bastidores, o governador, apesar de seu desejo de apresentar resultados, demonstra impaciência em lidar com questões políticas. O que tem resultado atritos entre seus secretários Arthur Lima e Gilberto Kassab. Essas disputas internas geraram uma certa confusão sobre quem detém o verdadeiro controle no governo.

Embora seja elogiado por sua atuação positiva, Diego causa desconforto nos bastidores devido ao seu crescente protagonismo. O irmão da ex-primeira-dama também se envolveu em polêmicas ao divulgar informações sobre candidaturas em Guarulhos. Com isso, gerou contribuições adicionais em um cenário político já acirrado.

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