Onda de calor e falta de chuvas prejudicam safra de soja
13 dezembro 2023 às 11h26
COMPARTILHAR
A onda de calor e a falta das chuvas está afetando diretamente a soja da segunda safra, que é plantada no segundo semestre do ano. Essa safra é responsável por cerca de 70% da produção total soja do Brasil. Ao Jornal Opção, José Mário Schreiner, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), disse que vê os fenômenos com “muita preocupação” e que o plantio está atrasado em várias cidades de Goiás.
“Em muitas regiões do estado o plantio está muito atrasado e isso tem uma consequência muito grave, porque você atrasa o plantio da soja. Consequentemente, você pode ter uma produtividade menor e, além disso, também você atrasa o plantio da segunda safra que é extremamente importante. Algumas regiões, como o sudeste, estão um pouco melhor, um pouco mais avançado, mas outras regiões nos preocupam muito”, afirmou.
Schreiner adiantou ainda que a Faeg pretende realizar o Rally da Soja em janeiro, iniciativa que promete investimentos e ações para acompanhar o desenvolvimento da cultura em Goiás. De acordo com informações da Embrapa, a onda de calor e falta de chuvas podem reduzir a produtividade da soja em até 15%.
Consequências
Uma redução na produção de soja pode levar a uma redução na oferta global de soja, acarretando aumento dos preços da soja e de outros produtos derivados, como o óleo de soja e a farinha de soja. O óleo de soja é usado na produção de uma série de produtos alimentícios, como biscoitos, salgadinhos e maioneses.
Uma redução na produção de milho também pode levar a um aumento dos preços do milho, que é um importante ingrediente para a alimentação animal e humana. O aumento dos preços do milho pode afetar o preço de uma série de produtos alimentícios, como carnes, leite e derivados, e biscoitos. Além disso, pode afetar o abastecimento de ração para o gado, impactando em aumento dos preços da carne.
O Governo Federal está monitorando a situação da onda de calor e tomando medidas para mitigar seus efeitos. No entanto, é provável que os impactos da onda de calor sejam sentidos por alguns meses, até que as temperaturas voltem ao normal.
Leia mais: