Voto evangélico mobiliza pré-candidatos ao Senado em Goiás
04 julho 2022 às 18h38
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Deputado federal João Campos (Republicanos) articula ‘dobradinha’ com a ex-ministra Damares Alves, que terá mesmo número de urna pelo DF
Embora não tenha se decidido para qual cargo irá concorrer, o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) lidera as intenções de votos ao Senado, onde ele já ocupou uma cadeira de 2007 a 2010. No entanto, a disputa segue acirrada e tem ganhado novos capítulos. A pergunta é: quem vai conseguir aglutinar o voto evangélico? No páreo, apesar de estarem atrás nas pesquisas eleitorais, estão o deputado federal João Campos (Republicanos) e o senador Luiz do Carmo (PSC).
Campos e Luiz do Carmo são diretamente ligados ao segmento evangélico. O primeiro se classifica nas redes sociais como pastor sênior da Igreja Assembleia de Deus, uma das maiores denominações religiosas no Estado. O segundo é irmão do bispo Oídes do Carmo, líder da instituição evangélica e respeitado no meio que atua. Já Perillo, mesmo sendo católico, em todas as eleições que concorreu, contou com o apoio desse seguimento.
Para se diferenciar dos adversários, João Campos tem uma cartada: apostar também no bolsonarismo. Ele articula fazer um tipo de ‘dobradinha’ com a pastora e ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves (Republicanos), que vem empatando na liderança com outros dois pré-candidatos ao Senado, pelo Distrito Federal. A ideia é que ambos tenho o mesmo número de urna, e assim o goiano possa angariar os votos do Entorno de Brasília. O parlamentar já completa chapa com o pré-candidato ao Governo de Goiás, o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (Patriota).
Mas, Luiz do Carmo ainda não definiu a chapa que irá tentar a reeleição de senador, porém, não esconde que gostaria de estar no grupo do governador Ronaldo Caiado (UB) e nem que será candidato de qualquer jeito, sem ser candidatura isolada. No entanto, caso Marconi faça a opção por disputar o Palácio das Esmeraldas, o senador sinalizou que pode compor com ele. “Hoje quem não fechou a vaga parece que são Caiado e Marconi”, analisa, sem afastar outras possíveis alianças.