Vereadores repudiam acordo entre prefeitura e Codese para elaboração de políticas públicas
09 março 2017 às 13h04
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Iris Rezende (PMDB) assina na próxima sexta-feira (10/3) compromisso com o conselho ligado a empresários e representantes do setor imobiliário
Vereadores usaram questões de ordem durante sessão plenária na manhã desta quinta-feira (9/3) para criticar a assinatura de Termo de Cooperação entre a Prefeitura de Goiânia e o Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Goiânia (Codese).
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De acordo com o presidente da Casa, vereador Andrey Azeredo (PMDB), foi encaminhado à Câmara um convite para que os vereadores participem da solenidade de assinatura, que será na próxima sexta-feira (10/3), na sede da Federação das indústrias do Estado de Goiás (Fieg).
Lembrando que 2017 é ano de revisão do Plano Diretor de Goiânia, o o vereador Elias Vaz (PSB) foi incisivo ao questionar os interesses que estariam por trás da parceria. “O que eu quero saber é que convênio é esse? É para dirigir o plano diretor da cidade? Porque se for isso mesmo, nós vamos denunciar. Esse conselho não representa a sociedade civil, representa parte do setor imobiliário que tem interesses escusos, só quer ganhar dinheiro. Para mim, esse discurso de que ‘só quer o bem da cidade’ é discurso mole”, disse o parlamentar.
Segundo o Codese, a parceria consistirá no “fornecimento de dados, estudos e instrumentos para melhoria da gestão pública”, tendo em vista o plano apresentado pelo conselho chamado Goiânia 2033, que projeta ações a serem efetivadas até o ano do centenário da cidade.
“Proponho que a gente faça um ato de repúdio a esse convite. Nós vereadores não vamos fazer parte dessa jogatina no Plano Diretor. Eles têm que respeitar esta Casa”, disse Paulo Magalhães (PSD) sobre possível influência do conselho no projeto a ser encaminhado pela prefeitura à Câmara Municipal.
“Não quero relação com esse Codese. Pensei que ficaria sozinho, mas vários outros vereadores já confirmaram que não participarão do evento amanhã”, acrescentou Jorge Kajuru (PRP), citando Anselmo Pereira (PSDB), Clécio Alves (PMDB), Sargento Novandir (PTN) e Romário Policarpo (PTC).