Vacina inalável contra a covid-19 apresenta bons resultados em sua fase de testes
28 julho 2021 às 17h08
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Imunizante inalável produzido pela CanSino Biologics, farmacêutica chinesa, precisa de duas aplicações para produzir a mesma quantidade de anticorpos gerados pela aplicação de uma dose injetável
Está sendo produzida pela farmacêutica chinesa CanSino Biologics, uma vacina inalável contra a covid-19. De acordo com as respostas produzidas ainda na fase de testes do imunizante em questão, serão necessárias duas doses do mesmo para que ele produza a mesma quantidade de anticorpos que é garantida a partir da aplicação de apenas uma dose da versão injetável da vacina Ad5-nCoV. No entanto, a farmacêutica que produz o imunizante afirma que a aplicação de duas doses da vacina inalável pode ser feita em dosagens mais baixas.
Os resultados em questão foram baseados em dados obtidos em um estudo de Fase I que envolveu 130 participantes na China e foram publicados na revista médica Lancet Infectious Disease. A vacina inalável não foi capaz de causar efeitos colaterais graves em nenhum dos participantes. A versão injetável da Ad5-nCoV está sendo aplicada em países como o México, a Argentina, a Hungria e a China, em dose única.
Ad5-nCoV no Brasil
De acordo com uma decisão tomada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no último dia 28 de junho, o uso emergencial da vacina chinesa em questão não foi autorizado por perda de legitimidade da Belcher Farmacêutica do Brasil e do Instituto Vital Brazil para atuarem como interessados no processo de compra e venda do imunizante produzido pela farmacêutica chinesa CanSino Biologics.
Isso se deu devido a uma falta de consenso entre essas empresas no processo em questão, fazendo com que a Belcher e o Instituto Vital Brazil perdessem a autorização para representar o laboratório chinês. De acordo com a Anvisa, a Belcher pode pedir novamente a chamada Autorização de Uso Emergencial da vacina, desde que seja sanada a falta de consenso com a CanSino Biologics.