“Tristeza e incerteza”, avalia vereador sobre clima na Câmara de Goiânia

06 junho 2024 às 13h52

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*Com informações de Nielton Soares
Questionado sobre o clima na Câmara Municipal de Goiânia, o vereador Kleybe Morais (MDB) informou que o ambiente é de “incerteza e de tristeza”, porque quando se fala em suspeita de corrupção, ele pensa que o dinheiro que foi para bolso de um ou de outro poderia ter ido para obras de infraestrutura, escolas e para as unidades de saúde. “São suspeitas, mas suspeitas graves, envolvendo laranjas, mas é preciso ter cuidado”, explica o vereador.
Ao Jornal Opção, o vereador Joãozinho Guimarães (Solidariedade) disse que a investigação advém de “forças ocultas que querem atrapalhar a reeleição do nosso Prefeito Rogério Cruz”. “Mesmo que muitos não reconheçam o que ele está fazendo, ele têm feito muito por Goiânia, é só andar nas ruas de Goiânia”, completa Joãozinho.
A sede da Secretaria de Infraestrutura Urbana de Goiânia (Seinfra) da Prefeitura de Goiânia foi alvo de operação da Polícia Civil de Goiás (PCGO) nesta quarta-feira, 5. A corporação investiga crimes de fraude em licitações e contratos, corrupção ativa, corrupção passiva, constituição de organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Já o vereador Cabo Sena (PRD) avalia que é importantíssimo a fiscalização. “Nós vereadores estamos fiscalizando e eu, como presidente da Comissão Mista, na última prestação de contas eu enviei um documento para a Comissão de Finanças para investigações. Existe um déficit e esse déficit eu pedi a apuração para a Comissão, que tem como presidente o vereador Léo José”, explica. Segundo ele, se a polícia encontrou algo, é preciso trazer a resposta para a comunidade. “Aqui os vereadores não tocaram no assunto, mas não deixa de ser uma preocupação, porque quem sofre é a sociedade”, completa Cabo Sena.
Para o vereador Igor Franco (MDB), está tudo tranquilo. “Mesmo porque em fase embrionária de investigação não dá para a gente condenar ninguém. Precisa ter realmente o fim para somente após isso, a polícia, o judiciário fazer o seu papel para a gente poder opinar”, explica.
Ele diz que “ouviu por alto” sobre a Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Saúde, mas que não está envolvido. “Nós não temos informação de dar o certo, mas vejo consentimento da Câmara para poder analisar, investigar de forma mais profunda o que realmente aconteceu, especialmente na gestão do Durval. E essas são as alegações da Câmara”, pontua Igor Franco.
A CEI tem o objetivo de investigar possíveis irregularidades na saúde municipal e pode ser protocolada na próxima semana na Câmara Municipal de Goiânia. Conforme apurado pela reportagem, a proposta para a criação da CEI já conta com 15 assinaturas (são necessárias 12), com pressão por parte de parlamentares da oposição à atual gestão para que seja apresentada “o mais breve possível”.
Sobre a crise no IMAS, Igor avalia que é preciso ser feito uma sistematização, analisando de forma mais profunda para ver qual que é o déficit. “Lá [IMAS] tem um problema que é crônico, que arrecada menos do que tem a despesa. Precisa ver como equalizar isso aí para resolver definitivamente”, conclui o vereador.