Alguns motoristas, mesmo sem convocação dos sindicatos, ameaçam parar de trabalhar para acompanhar reunião entre as partes marcada para a partir das 14h

É cogitada a possibilidade de durante a tarde desta segunda-feira (19/5) voltar a haver deficiência no serviço de transporte público da Grande Goiânia, pois motoristas de ônibus pretendem acompanhar a nova rodada de negociação marcada para esta tarde na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-18), na T-51, Setor Bueno. Estarão presentes representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Goiás (Sindittransporte), do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo de Goiânia e Região Metropolitana (Sindicoletivo), do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de Goiânia (Setransp) e da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC).

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Em entrevista ao Jornal Opção Online o presidente do Sindicoletivo, Carlos Alberto Luiz dos Santos, disse que não há uma convocação propriamente dita da categoria, mas que realmente alguns motoristas querem assistir às negociações. O Sindittransporte também nega qualquer convocação neste sentido.

De acordo com o presidente do Sindicoletivo, a categoria não chegou a rejeitar a negociação da última quinta-feira que fechou em reajuste de 7% no vencimento (dos atuais R$ 1.445,14 para R$ 1.546,30) e de 16% no vale alimentação (passando de R$ 365 para R$ 435), mas que é exigido o direito de ter uma assembleia geral para decidir se acata ou não esse acordo.

Na noite da última sexta-feira (16) a paralisação que resultou em 104 veículos danificados entre quinta e sexta foi considerada ilegal pela desembargadora Elza Cândida da Silveira, presidente do TRT-18. Na mesma data o juiz Washington Timóteo Teixeira Neto, da 9ª Vara do Trabalho em Goiânia, proibiu motoristas dissidentes de se aproximarem das garagens e terminais. A decisão não foi acatada e no sábado o serviço continuou debilitado. Houve princípio de normalização entre domingo e segunda-feira, porém devido à redução da frota ocasionada pelas depredações, seguem ocorrendo atrasos em algumas linhas.