Trabalhadores da Educação em Goiânia paralisam serviço na próxima semana
08 março 2017 às 16h01
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Durante assembleia geral nesta quarta-feira (8), categoria também marcou novo encontro, já com indicativo de greve
Reunidos em assembleia geral na manhã desta quarta-feira (8/3), em frente à sede da Secretaria Municipal de Educação, em Goiânia, professores e trabalhadores administrativos decidiram que irão paralisar o serviço na próxima quarta-feira (15/3) em protesto às mudanças previstas na proposta de Reforma da Previdência do governo federal.
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Durante o encontro, os servidores também trataram de reivindicações específicas da categoria em Goiânia, como o recebimento da data base no mês de janeiro para os administrativos, o pagamento do piso nacional para os professores e a convocação dos aprovados em concurso de 2016.
Como deliberação da assembleia, a categoria resolveu marcar para o dia 6 de abril novo encontro, já com indicativo de greve. Durante este tempo, os profissionais devem tentar diálogo com a Prefeitura de Goiânia, que tem recusado atender a classe.
Em entrevista ao Jornal Opção na terça-feira (7), o coordenador geral do Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed), Antônio Gonçalves, fez duras críticas à gestão do prefeito Iris Rezende (PMDB) e acusou a prefeitura de montar “artimanha” para deixar de pagar o valor definido pelo piso nacional da categoria.
“Eles fazem um cálculo de 40 horas, sendo que somos concursados por 30 horas. Então, quando você faz esse cálculo para 40 horas, proporcionalmente, você reduz o que deveria ser o salário do professor — uma artimanha da prefeitura para dizer que está dentro da legalidade”, explica o sindicalista.
Antônio também cita o déficit no quadro de servidores do município e ataca o chamamento de servidores temporários frente aos mais de 4 mil concursados que ainda precisam ser convocados. “O prefeito de Goiânia tem feito uma política deliberada contra a convocação dos concursados e para fazer a prevaricação da Educação municipal através de contratos temporários”, critica o coordenador geral do Simsed.
Em audiência pública na última quinta-feira (2/3), a prefeitura informou que irá chamar apenas 660 dos 4.725 aprovados. A convocação, no entanto, só sairá depois do chamamento de 1.375 servidores temporários.