Suspeito de matar Ana Clara abordava crianças e distribuía balas em portas de escolas
22 fevereiro 2017 às 19h05
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Polícia Civil chegou a ouvir Luís Carlos Costa Gonçalves na manhã da última terça-feira (21), após testemunhas levantarem suspeitas contra o comerciante
O comerciante Luís Carlos Costa Gonçalves, de 36 anos, suspeito de assassinar a menina Ana Clara Pires Camargo, de 7 anos, foi ouvido pela Polícia Civil na manhã da última terça-feira (21/2) durante as investigações do caso. Segundo a corporação, testemunhas ouvidas levantaram suspeitas contra o homem, que morava na mesma região em que a vítima.
Conforme relatos, Luís Carlos já havia sido visto abordando crianças e até mesmo distribuindo balas em portas de escolas da capital. A polícia não comentou detalhes sobre o depoimento do suspeito, mas pontuou que não existiam, até então, elementos que provassem qualquer envolvimento dele no caso.
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A corporação acredita que o suspeito resolveu se livrar do corpo da criança apenas após ser procurado pela polícia. “Como não era uma situação de flagrante, não havia responsabilidade legal para deixá-lo preso. Possivelmente, ele deve ter resolvido eliminar o corpo e qualquer prova depois de ter sido ouvido”, explicou à imprensa o delegado Gylson Mariano Ferreira.
Luís Carlos foi morto por policiais durante abordagem no Setor Carolina Parque, na capital, após confronto. Segundo informações da PM, ele foi encontrado na casa do cunhado no início da tarde desta quarta-feira (22), após informações passadas à polícia pela própria namorada do comerciante.
Apesar de ser o principal suspeito do crime, a PC não descarta a possibilidade do envolvimento de outras pessoas. As investigações continuam e o inquérito ainda não foi concluído — expectativa é que dure 30 dias.
A menina Ana Clara foi vista pela última vez, na última sexta-feira (17), no Residencial Antônio Carlos Pires, em Goiânia, região próxima à saída para Nova Veneza. Ela saiu de casa para visitar uma vizinha e desapareceu. O corpo da criança foi encontrado apenas nesta quarta-feira (22) em uma mata às margens da rodovia GO-462, próximo à Embrapa.
Didática
A polícia chegou até o suspeito após denúncia via telefone de um caseiro que relatou que havia se deparado com um veículo prata com as portas abertas na zona rural do município de Santo Antônio de Goiás, próximo ao local em que o corpo da pequena Ana Claria seria encontrado horas depois.
“Tratava-se de uma ocorrência cotidiana da corporação. A polícia checou a procedência do veículo e não encontrou registro de furto ou roubo. Os militares, então, se dirigiram até a residência do proprietário do automóvel”, relatou em coletiva de imprensa o Tenente Coronel Ricardo Mendes.
As equipes da PM encontraram a residência em questão vazia e, então, resolveram ligar para os números de telefone indicados em uma placa de “aluga-se” afixada na porta da casa. Quem atendeu a ligação foi Luís Carlos.
“A pessoa atendeu o telefone se identificando como Luís e naquele exato momento o policial notou o nervosismo em sua voz, levantando suspeitas. Ao ser questionado sobre o veículo, o homem teria dito apenas que iria se entregar, que não teria feito aquilo, e desligou o celular. A partir daí as coisas foram se encaixando”, continuou o Tenente Coronel.
Já nesta quarta-feira, a polícia conseguiu identificar o suspeito na casa do cunhado, localizada no Setor Carolina Parque, em Goiânia. Luís Carlos foi foi alvejado pela polícia, após confronto, e veio a óbito ainda no local. Segundo a polícia, ele estava armado e chegou a disparar algumas vezes contra os policiais.