O diretor-presidente, Denes Pereira Alves disse, que foi herdada uma dívida de mais de R$100 milhões da gestão passada e trabalho está concentrado em sanar problemas administrativos

Diretor-presidente da Iquego, Denes Pereira Alves | Foto: reprodução

A Indústria Química do Estado de Goiás (Iquego), foi recebida pela atual gestão com mais de R$100 milhões de dívidas, foi o que afirmou o diretor-presidente, Denes Pereira Alves em entrevista ao Jornal Opção. Denes disse ainda que o “sucateamento” inviabilizou maiores avanços, inclusive na produção da vacina contra a Covid-19.

“Todos nós sabemos como o governador Ronaldo Caiado recebeu o estado em todas as áreas e a Iquego não é diferente, uma empresa totalmente sucateada, com mais de R$ 100 milhões de dívidas, uma empresa com todos os problemas possíveis. Nós temos técnicos muito bons e preparados, mas a forma que foi deixada inviabiliza qualquer atividade”, afirma.

De acordo com Denes, a Iquego vem passando por um processo de resolução de problemas administrativos. “Nós estamos sanando e preparando para que depois de resolver todos esses problemas dos últimos 20 anos de gestão passada, ela possa ser uma empresa com chance de ser respeitada a nível estadual e nacional. Uma empresa que já atendeu o estado de Goiás por muitos anos, porém, pela irresponsabilidade administrativa das gestões anteriores, a empresa se encontra na situação que o governador Ronaldo Caiado recebeu”, pontua.

O  diretor-presidente  reforça que os laboratórios estavam 100% sucateados e paralisados. “Nós recebemos ela com todas essas dificuldades com problemas de ações trabalhistas, tributários por falta de pagamentos de obrigações tributárias. Evidentemente que estamos sanando, buscando equacionar as questões tributárias, para que a empresa possa ter saúde e equilíbrio financeiro”, reforça Denes.

Produção de vacinas

Em relação a possibilidade de produção de vacinas contra a Covid-19, o gestor destaca que não há condições. “Da forma que recebemos a Iquego não. Só existe dois laboratórios públicos no Brasil que tem vocação para produção de vacinas, que a FioCruz e o Butantan. A Iquego nunca teve uma planta para produção de vacina, evidentemente, que se não tivesse deixado a empresa com um rombo administrativo nós poderíamos estar preparando a empresa para um projeto dessa magnitude”, disse.

“Estamos trabalhando nas molduras administrativas da empresa para ai sim, preparar ações e projetos dessa magnitude, em relação também a produção de medicamentos”, conclui.