Possibilidade de aumento da taxa de desemprego foi abordada por Ilan Goldfajn. Ana Carla garante que Estado irá manter forte motores da economia para evitar fato

Secretária do Estado da Fazenda, Ana Carla Abrão | Foto: Sarah Teófilo
Secretária do Estado da Fazenda, Ana Carla Abrão | Foto: Sarah Teófilo

A secretária do Estado da Fazenda, Ana Carla Abrão, mostrou nesta quarta-feira (22/4), após palestra do economista Ilan Goldfajn na sede da Fieg, preocupação com o aumento da taxa de desemprego no Brasil. Economista-chefe do Banco Itáu, Ilan falou sobre suas percepções quanto à economia nacional e goiana, e garantiu que até o fim do ano o índice terá crescimento de mais pelo menos 1%.

Ana Carla explicou que desemprego é uma preocupação sempre que o Estado olha para frente e vê um cenário de crise. Também economista, a secretária afirma que chamou-lhe a atenção a taxa apontada por Ilan. “É uma taxa que estamos desacostumados de ver nesse patamar. É sempre uma preocupação porque tem reflexo sobre o vigor da economia e na capacidade de recuperação.”

Inserido em um contexto nacional, Goiás poderá sentir os efeitos da crise de forma ainda mais impactante. “Desemprego mais alto no País significa desemprego aqui, que é tudo que não queremos”, concluiu a secretária. Ana Carla garante que o Estado trabalhará para que os motores da economia goiana – com a agricultura e indústria – se mantenham fortes, amortecendo os impactos.

Ilan explicou que o índice é reflexo da recessão e queda do Produto Interno Bruto (PIB), que de acordo com ele, deve fechar o ano entre -1% e 1,5%. “Assim fica difícil gerar emprego”, afirmou. De acordo com ele, se observados os números, a geração de emprego está negativa há 12 meses. Por causa do crescimento baixo, Ilan afirma que o Brasil está “destruindo empregos há um ano”.

[relacionadas artigos=”33653″]

O economista garante que o desemprego só não aumentava  devido à força de trabalho, que estava diminuindo ao mesmo tempo, mas que agora deve voltar. Ilan explicou que houve uma diminuição de pessoas na idade de trabalho no mercado, o que ele atribui a algumas questões, entre elas a volta de pessoas que não trabalhavam.

“Antes duas pessoas complementavam a renda em casa, mas teve aumento de salário e uma delas saiu, passando a ser só uma. Agora esse pessoal vai voltar, o que aumenta o número de pessoas procurando trabalho”, disse o especialista, que garante que o País deve focar na produtividade.