Sobre aumento de desemprego, secretária da Fazenda garante que Goiás trabalhará para amortecer impactos
22 abril 2015 às 19h16
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Possibilidade de aumento da taxa de desemprego foi abordada por Ilan Goldfajn. Ana Carla garante que Estado irá manter forte motores da economia para evitar fato
A secretária do Estado da Fazenda, Ana Carla Abrão, mostrou nesta quarta-feira (22/4), após palestra do economista Ilan Goldfajn na sede da Fieg, preocupação com o aumento da taxa de desemprego no Brasil. Economista-chefe do Banco Itáu, Ilan falou sobre suas percepções quanto à economia nacional e goiana, e garantiu que até o fim do ano o índice terá crescimento de mais pelo menos 1%.
Ana Carla explicou que desemprego é uma preocupação sempre que o Estado olha para frente e vê um cenário de crise. Também economista, a secretária afirma que chamou-lhe a atenção a taxa apontada por Ilan. “É uma taxa que estamos desacostumados de ver nesse patamar. É sempre uma preocupação porque tem reflexo sobre o vigor da economia e na capacidade de recuperação.”
Inserido em um contexto nacional, Goiás poderá sentir os efeitos da crise de forma ainda mais impactante. “Desemprego mais alto no País significa desemprego aqui, que é tudo que não queremos”, concluiu a secretária. Ana Carla garante que o Estado trabalhará para que os motores da economia goiana – com a agricultura e indústria – se mantenham fortes, amortecendo os impactos.
Ilan explicou que o índice é reflexo da recessão e queda do Produto Interno Bruto (PIB), que de acordo com ele, deve fechar o ano entre -1% e 1,5%. “Assim fica difícil gerar emprego”, afirmou. De acordo com ele, se observados os números, a geração de emprego está negativa há 12 meses. Por causa do crescimento baixo, Ilan afirma que o Brasil está “destruindo empregos há um ano”.
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O economista garante que o desemprego só não aumentava devido à força de trabalho, que estava diminuindo ao mesmo tempo, mas que agora deve voltar. Ilan explicou que houve uma diminuição de pessoas na idade de trabalho no mercado, o que ele atribui a algumas questões, entre elas a volta de pessoas que não trabalhavam.
“Antes duas pessoas complementavam a renda em casa, mas teve aumento de salário e uma delas saiu, passando a ser só uma. Agora esse pessoal vai voltar, o que aumenta o número de pessoas procurando trabalho”, disse o especialista, que garante que o País deve focar na produtividade.