Sindipúblico se diz decepcionado com cronograma dos pagamentos de dezembro
27 março 2019 às 19h44

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Presidente do sindicato afirma que funcionalismo público não tem mais confiança no governo

Nylo Sérgio, presidente Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público do Estado de Goiás (Sindipúblico), diz que ele e sua diretoria estão decepcionados com a administração estadual. “Não temos confiança nesse governo”, afirmou ao Jornal Opção após o anúncio do cronograma de dezembro que deixa boa parte do funcionalismo de fora na primeira leva.
Com exceção da Educação e da Segurança Pública, só receberão funcionários que ganham até R$ 2.670. “Em todas as rodadas de negociação, desde 3 de janeiro, era dito que o mínimo a pagar seria R$ 3.500. Falta de compromisso com o servidor”, lamentou Nylo.
Segundo o presidente do Sindipúblico, o tratamento tem que ser isonômico e o Governo cria distorções em relação ao servidor, quando trata diferente Segurança Pública (R$ 5.100), Educação (até 4.590,00, a depender), celetistas (integralmente, independente do salário) e os demais de formas desconformes (R$ 2.670). “Se não tem os servidores, as políticas públicas não chegam aos 246 municípios”, alertou.
Nylo lembrou que foi combinado que o salário seria pago sempre dentro do mês, como justificativa ao atraso de dezembro, e mês passado já não foi cumprido. “Duvido que será cumprido neste mês”, antecipou.
Revolta
Segundo Nylo, o servidor está revoltado e o Sindipúblico, bem como outros sindicatos, repudia essa postura. “Temos programação financeira, assim como Estado. Vários servidores se complicaram com juros de cartão de crédito, contas de água e luz, e outras, por conta desse balão”, exemplificou.
Ainda conforme ele, a correção que o Estado vai pagar não será compatível com os juros das contas atrasadas. “Não chega aos pés de um de um dia de juros de cartão”, lamentou.