Ocupada por servidores da educação, Câmara de Goiânia têm serviços de água e energia elétrica restabelecidos

16 junho 2014 às 16h39

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Grevistas estavam sem água e luz desde o dia da ocupação, no dia 10. Eles pretendem protocolar pedido de audiência com o prefeito no Ministério Público de Goiás
Marcelo Gouveia
*Colaborou Thiago Burigato
Desde o primeiro dia de ocupação na Câmara Municipal, na terça-feira (10/6), os servidores municipais da educação de Goiânia tiveram que conviver com o corte de energia e de água orquestrado pela presidência da Casa como medida paliativa. Sem o êxito esperado, ou seja, com a permanência dos professores, o serviço de água foi religado nesta segunda-feira (16/6) e a energia fora do plenário também voltou a funcionar.
O vereador Virmondes Cruvinel (PSD) informou ao Jornal Opção Online que o reestabelecimento é “mais que um bom senso”. Ele disse que o corte foi uma medida equivocada e afirmou que ele mesmo chegou a protocolar um pedido à presidência para o retorno imediato da água e da energia. De acordo com o vereador, ele também colocou seu nome à disposição da categoria para tentar dialogo com o prefeito, que, segundo ele, está, até agora, irredutível quanto a receber a categoria.
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Mais cedo, após a assembleia da categoria, integrantes do Comando de Luta, juntamente com o delegado Waldir Soares, do 8º DP de Goiânia, foram até o Paço Municipal protocolar uma solicitação formal para audiência com o prefeito Paulo Garcia (PT) em busca da abertura de um canal de negociação. Este é o segundo pedido formal protocolado pela categoria com este objetivo desde a deflagração da greve.
Inicialmente a comitiva também contaria com as presenças de vereadores de oposição à gestão municipal, que optaram não comparecer ao encontro. Em entrevista ao Jornal Opção Online, Elias Vaz (PSB) explicou que a intenção é aglutinar a participação de mais vereadores em busca de um consenso. “Se só oposição for, o prefeito pode usar isso como argumento e isso iria prejudicar o movimento grevista. Durante a sessão de amanhã (17) esperamos incorporar mais alguns vereadores, inclusive da base, para que possamos vislumbrar um acordo em definitivo.”
Os grevistas anunciaram que também vão procurar o Ministério Público de Goiás (MPGO) para protocolar a solicitação e esperam que o órgão medeie a discussão com o paço, da mesma forma que ocorreu durante a última paralisação da categoria, em outubro do ano passado. A próxima assembleia da categoria está marcada para o dia 24 de junho. Até lá, caso haja alguma manifestação do prefeito em prol do diálogo com a classe, uma assembleia extraordinária deve ser convocada.
A reportagem procurou o presidente da Câmara, vereador Clécio Alves (PMDB), mas os contatos não foram respondidos.