*Matéria atualizada às 21h11

Destituído da presidência do partido e da vice na chapa de Vanderlan Cardoso, o ex-vereador Paulo Daher dá sua permanência no PP como insustentável. Nesta segunda-feira, 16, Daher disse ao Jornal Opção que espera a “palavra final” do presidente estadual do PP, Alexandre Baldy, mas revelou que já prepara sua saída da legenda. “Estou negociando, conversando com Vanderlan sobre minha ida para o PSD, o que pode acontecer antes” do primeiro turno das eleições municipais, declarou.

A permanência de Paulo Daher na presidência da comissão provisória do PP em Goiânia foi alvo de uma verdadeira batalha judicial após Vanderlan Cardoso, que é candidato à Prefeitura de Goiânia, anunciá-lo como vice em sua chapa na convenção do PSD, no início de agosto deste ano.

Ainda durante o evento onde ocorreu o anúncio, a direção estadual do PP desautorizou Daher, acusando-o de ter fraudado a ata da convenção que colocava a legenda na coligação ‘Goiânia que Queremos’, de Vanderlan. À época, Alexandre Baldy declarou que a sigla já estava fechada com o candidato do governo, Sandro Mabel (UB), e que Daher teria atropelado a vontade da comissão provisória e dos candidatos a vereador

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Após decisões judiciais que mantiveram Paulo Daher à frente do progressistas em Goiânia e o partido na coligação de Vanderlan, a Justiça Eleitoral decidiu, na última semana, por fim, pela remoção do PP do grupo do candidato do PSD. A decisão, no entanto, também impediu a legenda de se unir à coligação de Sandro Mabel, forçando uma redistribuição do tempo de TV.

Diante do cenário de derrota, Paulo Daher decidiu por vontade própria renunciar à vice de Vanderlan Cardoso, posto que foi preenchido pela presidente licenciada do Conselho Regional de Contabilidade (CRC), Sucena Hummel.

Sem vice, sem presidência

A defesa de Daher confirmou, também, que o político fora afastado em definitivo da presidência do PP pelo próprio partido. “O mandato dele terminaria no dia 20 de setembro, mas reduziram para o dia 11”, informou o advogado Felipe Neiva, que acusa a legenda de descumprir determinações do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO).

A comissão provisória do PP em Goiânia, hoje, é presidida pelo deputado federal Adriano do Baldy. O Jornal Opção entrou em contato com o parlamentar sobre a questão. Após a publicação desta matéria, o deputado e atual presidente do PP em Goiânia declarou que não houve descumprimento do TRE.

O MS que entraram foi contra destituição da Comissão Provisória sem o devido processo legal. O PP Estadual então abriu um processo de destituição. Com contraditório e ampla defesa. Esse processo foi aberto em 6 de agosto e em 20 de agosto o Diretório Estadual decidiu por expulsar Paulo Daher e constituir Nova Comissão Provisória. A matéria já foi pacificada no TRE. Inclusive os atos cometidos na vigência daquela Comissão Provisória foram anulados. Agora: o PP vai seguir o seu caminho , sem nenhum embaraço jurídico

Também à reportagem, Paulo Daher – que segue trabalhando na campanha de Vanderlan Cardoso, mesmo fora de sua chapa – disse esperar a decisão de Alexandre Baldy sobre sua permanência no PP. “Eu não estou entendendo o que aconteceu, sendo que a orientação [de coligação com Vanderlan] partiu dele”. No entanto, já adianta que deve deixar o PP e se filiar ao PSD antes, segundo ele, “da vitória de Vanderlan no primeiro turno”.

Nas entrelinhas, a saída de Daher do PP já é dada como certa e próxima. “Se ele não sair, vai ser convidado a se retirar”, disse, ao Jornal Opção, uma pessoa próxima ao ex-vereador. Vale destacar que, uma vez que não é mais candidato e não possui mandato, Paulo Daher é livre para se filiar a uma outra sigla foram da janela partidária.