Denunciados pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), seis integrantes de uma torcida organizada vinculada à Força Jovem Goiás, conhecida como Quebra Caixote, foram condenados a penas superiores a oito anos de prisão em regime inicialmente fechado. Murilo Crecêncio, Carlos Henryck, Fellipy Anthony Nogueira, Marco Aurélio Crecêncio, Andrei Sales Paulino e Tawan Gabriel Borges foram sentenciados por crimes de roubo majorado, ameaça, lesão corporal, associação criminosa e corrupção de menor.

Os crimes ocorreram na noite de 9 de dezembro de 2023, quando os réus ameaçaram e agrediram frequentadores de um bar no Setor Leste Universitário, resultando em roubos e lesões graves. O líder do grupo, Marco Aurélio Crecêncio, conhecido como Marquinho Quebra Caixote, foi o principal instigador dos crimes.

As penas variam de 8 anos e 6 meses a 12 anos, 8 meses e 28 dias de reclusão, além de detenções de até 1 ano e 1 mês por ameaças e lesões corporais. Os réus foram presos na Operação Quebra Caixote, realizada pela Polícia Civil, e permanecem presos preventivamente.

Condenados

Murilo Crecêncio:
a) Roubo + corrupção de menor: 9 anos, 8 meses e 28 dias de reclusão, e ao pagamento de 75 dias-multa (regime inicial – fechado)
b) Ameaça + lesão corporal contra duas vítimas: 1 ano e 1 mês de detenção

Carlos Henryck:
a) Roubo + associação criminosa + corrupção de menor: 10 anos e 6 meses de reclusão, e ao pagamento de 79 dias-multa (regime inicial – fechado)
b) Ameaça + lesão corporal contra duas vítimas: 11 meses de detenção

Fellipy Anthony Nogueira:
a) Roubo contra a vítima Marlon Barbosa Dias + associação criminosa + corrupção de menor:
10 anos e 6 meses de reclusão, e ao pagamento de 79 dias-multa (regime inicial – fechado)
b) Ameaça + lesão corporal contra duas vítimas: 11 meses de detenção

Marco Aurélio Crecêncio:
a) Roubo + associação criminosa + corrupção de menor: 12 anos, 8 meses e 28 dias de reclusão, e ao pagamento de 95 dias-multa (regime inicial – fechado)
b) Ameaça + lesão corporal contra duas vítimas: 1 ano e 1 mês de detenção

Andrei Sales Paulino:
a) Roubo + corrupção de menores: 9 anos, 8 meses e 28 dias de reclusão, e ao pagamento de 75 dias-multa (regime inicial – fechado)
b) Ameaça + lesão corporal contra duas vítimas: 1 ano e 1 mês de detenção

Tawan Gabriel Borges:
a) Roubo + corrupção de menores: 8 anos e 6 meses de reclusão e ao pagamento de 67 dias-multa (regime inicial – fechado)
b) Ameaça + lesão corporal contra duas vítimas: 11 meses de detenção

Relembre o caso

Tudo começou em 2023, quando imagens de câmeras de segurança registraram os momentos em que um grupo da Força Jovem Goiás emboscava membros da Esquadrão, torcida do time rival Vila Nova, em Aparecida de Goiânia. A operação da Polícia Civil começou após um integrante da Esquadrão ser agredido e sequestrado no dia 31 de outubro.

Em seguida, houve uma emboscada criminosa em um bar no setor Leste Universitário, em Goiânia, na noite do dia 9 de dezembro, onde o grupo investigado teria agredido severamente um torcedor rival, e subtraído seus pertences, tendo sido abandonado pelos agressores já desacordado.

Durante as investigações, a Polícia Civil apurou que o mesmo grupo criminoso teria novamente emboscado e agredido um torcedor rival no dia 17 de dezembro no setor Madre Germana, em Goiânia. Nesse crime, integrantes da Força Jovem utilizaram um carro e uma moto para emboscar a vítima. Após ser espancado, ele fica caído no chão por um momento.

Durante essa ação delituosa o grupo criminoso ainda espancou duas outras vítimas, que sofreram diversas lesões corporais, ao tentarem socorrrer a vítima inicial.