Rogério Marinho ganha apoio de deputados com troca de PSDB para o PL
02 dezembro 2024 às 18h52
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A política do Rio Grande do Norte começa a se movimentar com vistas às eleições estaduais de 2026, com a filiação de quatro deputados estaduais ao PL, programada para esta segunda-feira, 2, em Natal. José Dias, Dr. Kerginaldo, Gustavo Carvalho e Tomba Farias, até então integrantes do PSDB, formalizam sua adesão ao partido liderado no estado pelo senador Rogério Marinho, que, com essa aliança, fortalece sua posição como candidato ao governo.
A mudança de partido desses parlamentares é vista como um passo importante para o lançamento da candidatura de Marinho. A adesão ao PL sinaliza que os deputados devem apoiar o senador na disputa pelo Executivo estadual. Com isso, Marinho, que já ocupa a presidência do PL no RN, ganha apoio de figuras políticas locais enquanto se prepara para enfrentar a oposição interna, liderada pelo prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, também cotado para a corrida ao governo em 2026.
Ao longo das últimas semanas, o cenário político do estado tem se desenhado com uma clara divisão dentro da oposição. O apoio de José Dias, Kerginaldo, Carvalho e Tomba Farias ao PL marca uma tentativa de Marinho consolidar a base bolsonarista, que já o vê como um representante desse campo político no RN. A filiação ao PL ocorre em um momento de articulações intensas, em que os partidos começam a se reposicionar em busca de uma candidatura forte para enfrentar a base governista.
O senador Rogério Marinho, que chegou a manifestar interesse em apoiar a candidatura de Allyson Bezerra à Prefeitura de Mossoró, se distanciou politicamente do prefeito após o desentendimento sobre a indicação do vice nas eleições municipais de 2024. A divergência entre os dois políticos culminou em um rompimento, com críticas públicas e troca de acusações. Após o fracasso de Genivan Vale nas eleições municipais de Mossoró, Rogério agora se prepara para enfrentar Bezerra na disputa pelo governo do estado.
Enquanto isso, Allyson Bezerra também tem se movimentado em direção à candidatura ao governo. A campanha publicitária voltada para suas realizações à frente da Prefeitura de Mossoró tem buscado expandir sua imagem para o restante do estado, fortalecendo sua base eleitoral. Contudo, Bezerra sabe que não pode contar apenas com o apoio de Mossoró e que a disputa se estenderá a outras regiões do estado, especialmente se a oposição se fragmentar.
O lado governista da eleição ainda está em fase de definição. A governadora Fátima Bezerra, que conclui seu segundo mandato em 2026, deve deixar o cargo para disputar uma vaga no Senado. Nesse cenário, o vice-governador Walter Alves (MDB) é o nome mais cotado para representar a base aliada nas urnas. No entanto, a renúncia de Fátima e a oficialização de sua candidatura ao Senado ainda dependem de uma decisão.
Para analistas políticos, a fragmentação da oposição pode acabar favorecendo a chapa governista. A divisão entre os pré-candidatos Rogério Marinho e Allyson Bezerra, que tentam atrair o voto bolsonarista e de centro, respectivamente, poderá enfraquecer o campo oposicionista, deixando um caminho mais aberto para o candidato governista. O quadro eleitoral deverá se definir mais claramente à medida que novas movimentações políticas ocorram nos próximos meses.
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