Do Impeachment à prisão de personalidades poderosas, passando por eleições municipais e atentados políticos: Veja lista elencada pelo Jornal Opção 

2016 foi o que se pode chamar de ano tumultuado. A começar pelo segundo processo de impeachment desde a redemocratização, passando por eleições municipais por todo o país, cassações de parlamentares e até atentados políticos em Goiás, onde o ex-prefeito de Itumbiara, Zé Gomes (PTB), foi assassinado em evento de campanha.

Para relembrar os fatos mais marcantes do ano, o Jornal Opção fez uma lista dos eventos que mais marcaram a política em 2016. Confira:

Impeachment

Sem apoio e enfrentando insatisfação popular, presidente Dilma Rousseff (PT) não conseguiu chegar ao final do mandato para que foi eleita em 2014 | Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O grande destaque do ano foi o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Reeleita em 2014 com vantagem pequena em relação ao então adversário, senador Aécio Neves (PSDB), a petista enfrentou, desde então, tempos difíceis. Viu a economia entrar em crise, a insatisfação popular crescer e perdeu completamente o apoio do Congresso Nacional.

No final de 2015, logo depois de ser denunciado no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, em um processo que acabou resultando na cassação de seu mandato, o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) resolveu aceitar pedido de impeachment. Na peça, a petista era acusada de crime de responsabilidade fiscal por ter emitido três decretos suplementares sem autorização do Congresso e por ter atrasado repasses à instituições financeiras controladas pela União.

Em abril, uma sessão extraordinária de quase dez horas em um domingo (17/4) determinou a aceitação do processo contra ela na Câmara dos Deputados, onde o pedido de impeachment foi relatado por um goiano, o deputado federal Jovair Arantes (PTB). 367 parlamentares foram favoráveis, enquanto apenas 137 votaram contra. Entre os goianos, apenas Rubens Otoni (PT) não votou contra Dilma.

A partir daí, o pedido seguiu para o Senado, onde a ex-presidente seria julgada efetivamente. O processo terminou no final de agosto, com Dilma cassada. Ela chegou a ir ao Senado fazer sua defesa, mas já era tarde: Foi julgada culpada por 61 votos a 20.

Mesmo depois de sacramentado o impeachment, ainda houve espaço para polêmica: Depois que Dilma teve seu mandato cassado, o plenário da Casa decidiu fatiar o julgamento e, por 42 votos a 36, ela perdeu o cargo, mas conseguiu manter os direitos políticos.

O impeachment também repercutiu nas ruas das principais capitais brasileiras. Manifestantes contrários e favoráveis ao governo fizeram inúmeros protestos, alguns deles recordistas em participação. Em São Paulo (SP), por exemplo, 1,4 milhão de pessoas saíram às ruas, no que foi o maior ato político da história da cidade, superando inclusive as Diretas Já em 1984. Em Goiânia, o maior deles reuniu 60 mil pessoas.

Michel Temer assume a presidência

Pouco mais de três meses depois de assumir interinamente o governo, Temer (PMDB) foi oficializado no cargo com o impeachment da ex-aliada Dilma Rousseff (PT) | Foto: Beto Barata/PR

Em 2015, o então vice-presidente Michel Temer (PMDB) já havia dado o primeiro passo rumo à sua desvinculação do governo de Dilma Rousseff (PT) ao publicar carta em que reclamava de seu papel secundário na administração (se chamando de “vice decorativo” e dizia que, mesmo que ele tivesse provado sua lealdade, a então presidente não confiava nem nele, nem no PMDB.

Quando o processo de impeachment foi aceito no Senado, Dilma foi automaticamente afastada do cargo e, em maio de 2016 e Temer assumiu. Apesar se ainda haver a chance de ela retornar, caso acabasse absolvida, a possibilidade era muito remota e, já ali, o peemedebista começou a delinear seu próprio governo.

Embora balizado pelo otimismo da população depois da derrocada de Dilma, Temer ainda não caiu nas graças do povo. Marcando menos de 15% de aprovação nas pesquisas, ele e seus ministros já se envolveram em diversas polêmicas desde que começaram a governar. Logo no início, suas escolhas de ministros causou revolta pela falta de mulheres.

Alguns desses ministros, no entanto, não duraram no cargo. Seis deles – Romero Jucá (PMDB-RR), do Planejamento; Fabiano Silveira, da Transparência, Fiscalização e Controle; Henrique Eduardo Alves, do Turismo; Fábio Medina Osório, advogado-geral da União; Marcelo Calero, da Cultura; e Geddel Vieira Lima, secretário de Governo – já caíram.

Ao contrário de Dilma, Temer tem apoio no Congresso e conseguiu, com ele, aprovar matérias importantes para a sua gestão, como a PEC do Teto dos Gastos, que limita gastos públicos. Outras medidas vistas por Temer como fundamentais, como a Reforma da Previdência e do Ensino Médio, avançam rapidamente na Câmara e no Senado.

Não é possível saber, no entanto, se ele conseguirá chegar ao fim do mandato em 2018. Além das denúncias contra seus aliados, o próprio Temer é citado em delações premiadas na Lava Jato. Além disso, ainda tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um pedido de cassação da chapa eleitoral da ex-presidente Dilma e dele próprio.

Eduardo Cunha cassado e preso

O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), não conseguiu chegar ao fim do seu mandato. Foi cassado e, posteriormente, preso pela Polícia Federal | Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil

Parecia impossível imaginar, em 2015, que o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) teria o destino que se sacramentou em 2016. Desde que foi eleito, Cunha usou seu conhecimento ímpar na legislação interna da Casa para interferir em votações e detinha um poder de articulação impressionante.

Não bastou. Em uma queda vertiginosa, ele se tornou réu na Lava Jato em março; em maio, foi afastado da presidência e do mandato pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de interferência na Lava Jato; renunciou ao cargo de presidente da Câmara em julho; e, no dia 19 de setembro, foi cassado por 450 votos a favor e 20 contra no plenário da casa.

O processo contra ele, que apontava quebra de decoro por ele ter mentido na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobrás, ao dizer que não tinha contas no exterior, de arrastou por onze meses. Em coletiva após a cassação, Cunha se mostrou inconformado com a decisão e prometeu escrever um livro contando os bastidores do processo de impeachment (pedido aceito por ele como presidente da Câmara). A publicação, no entanto, não chegou às livrarias em 2016.

Com a perda do mandato, ele perdeu também o foro privilegiado e, assim, os processos que o envolviam na operação foram enviados para a Justiça Federal do Paraná. Então, no dia 19 de outubro, aconteceu o que ninguém esperava: Cunha foi preso pela Polícia Federal por recebimento de propina para viabilizar contratos da Petrobras. O ex-deputado segue preso desde então.

Rodrigo Maia é eleito presidente da Câmara e tenta reeleição

Com a renúncia de Cunha presidência, cargo ficou vago. Quem venceu foi Rodrigo Maia, do Democratas | Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

Enquanto ainda protelava o processo que avaliava a cassação de seu mandato, Eduardo Cunha tentou emplacar um sucessor na presidência da Câmara, indicando um nome do grupo chamado Centrão, Rogério Rosso (PSD-DF). Não conseguiu. Na madrugada de 12 de julho, o candidato do Democratas, Rodrigo Maia (RJ), acabou derrotando Rosso e foi eleito presidente.

Maia, no entanto, não pretende deixar o cargo tão cedo. Como seu mandato é tampão, ele tem que deixar a presidência no próximo dia 31 de janeiro, quando outra eleição será realizada para escolher o deputado que comandará a Casa no biênio 2017-2018. Pelo regimento interno da Câmara, nenhum parlamentar pode ser presidente duas vezes no mesmo mandato, o que vetaria uma eventual participação de Maia.

Só que, baseado no fato de seu mandato ser tampão, Maia tenta fazer uma manobra para conseguir não se encaixar na regra. Vai ser difícil: Um parecer da assessoria jurídica da Mesa da Câmara dos Deputados de julho de 2015 entende que a regra também vale no caso dele. Para contrapor o entendimento, Maia procura outros documentos de fora da Câmara que tenham um posicionamento favorável à sua demanda.

De novo, o goiano Jovair Arantes (PTB) ganhou destaque nacional ao se apresentar como pré-candidato ao cargo. Membro do Centrão, o deputado federal articula em Brasília para tentar angariar apoio dos 219 deputados que fazem parte do grupo.

Delcídio do Amaral é cassado

Senador Delcídio do Amaral teve seu mandato cassado pelo plenário do Senado, depois de ser preso em 2015 por tentar interferir na Lava Jato | Foto: Agência Senado

O Congresso Federal não viu apenas a queda de Eduardo Cunha. Preso em 2015 depois de ter sido pego tentando negociar a saída do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, do Brasil, Delcídio do Amaral também viu sua carreira política praticamente acabar em 2016. Na conversa gravada pelo filho de Cerveró, Delcídio tentava impedir que ele firmasse acordo de delação premiada na Lava Jato.

O processo contra Delcídio no Senado durou cinco meses. Aberto em dezembro de 2015, teve fim no dia 10 de maio, quando ele foi cassado por quebra de decoro parlamentar ao tentar obstruir a Justiça. Ele perdeu o mandato por unanimidade, com 74 dos 75 senadores que estavam na sessão votando pela sua condenação – o senador João Alberto Souza (PMDB-MA) se absteve.

Lula é denunciado cinco vezes na Lava Jato 

Em 2016, ex-presidente Lula se tornou réu em cinco ações penais, nos âmbitos das Operações Lava Jato, Zelotes e Janus | Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas

Em 2016, a forca-tarefa da Lava Jato apertou o cerco contra o ex-presidente Lula. No final de dezembro, o juiz Sergio Moro aceitou mais uma denúncia contra ele na operação, a quinta envolvendo seu nome. Ele é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por suposta participação em esquema que desviava valores de contratos firmados entre a Odebrecht e a Petrobras.

Lula já responde a três ações penais na Justiça Federal em Brasília: Uma pela suposta participação na compra do silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró; outra na Operação Zelotes pelos crimes de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa; e uma terceira por supostos desvios no BNDES. Na quarta, que tramita sob a condução de Sérgio Moro, o ex-presidente é acusado de receber R$ 3,7 milhões da Odebrecht.

Mesmo com cinco denúncias envolvendo seu nome, no entanto, as últimas pesquisas de intenção de voto para a corrida presidencial em 2018 apontam o ex-presidente na liderança. Levantamento do Instituto Datafolha divulgado em dezembro, por exemplo, aponta que, se as eleições fossem hoje, somente a ex-senadora Marina Silva (Rede) seria capaz de vencê-lo em um segundo turno.

Hoje, ele é apontado como o principal nome do partido para 2018. Resta saber se estará em liberdade até lá para poder concorrer.

 

Envolvido em escândalos, PT enfrenta rejeição recorde 

Manifestantes pró-Dilma se reúnem em frente ao Palácio da Alvorada no dia em que Dilma deixou a residência oficial. Impeachment marcou o fim mais de uma década do partido no governo federal | Foto: José Cruz/Agência Brasil

Na esteira do impeachment e das muitas acusações envolvendo figurões do partido, o Partido dos Trabalhadores viu sua rejeição bater recordes e seu nome virar sinônimo de corrupção no país. Em ano de eleição, ficou claro que a ligação de muitos de seus membros com escândalos de propina manchou a imagem do partido.

Mesmo em locais considerados reduto do partido, como o ABC paulista, o PT foi mal. Só conseguiu eleger um candidato, Kiko (PT), na cidade de Franco da Rocha. Nomes fortes do partido nacionalmente, como o do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), também não conseguiram se eleger. Haddad, por exemplo, perdeu ainda no primeiro turno para João Doria, feito inédito desde que as eleições começaram a ter segundo turno.

No Nordeste, por exemplo, o cenário foi o mesmo: O PT perdeu todas as cinco capitais que disputava. No total, são nove. A única excessão na queda do partido foi Eduardo Suplicy (PT), que foi o vereador mais votado no país, obtendo mais de 300 mil votos para a Câmara Municipal de São Paulo.

Em Goiás, o PT também foi mal. A candidata do partido na capital, Adriana Accorsi (PT), ficou em quinto lugar na eleição, mesmo tendo sido uma das candidatas mais bem votadas para deputado estadual em 2014. Na Câmara de Vereadores de Goiânia, por exemplo, o fato de o prefeito ser do partido não ajudou: a sigla ficou sem nenhum representante na Casa.

Poderosos nomes da política brasileira presos

Nomes conhecidos da política brasileira acabaram atrás das grades | Fotos: Ruy Baron (Mantega); Wilson Dias/ Agência Brasil (Palocci); Inácio Teixeira/ Coperphoto (Garotinho); Antonio Cruz/ Agência Brasil (Cabral)

Além de Cunha, o Brasil viu outros nomes de destaque na política nacional irem presos em 2016. Ex-ministros e ex-governadores viram seus esquemas de propina e corrupção serem investigados e acabaram atrás das grades.

Dois ex-ministros do PT, Guido Mantega e Antonio Palocci, foram presos. Mantega, acusado de atuar para captar recursos ilícitos para o Partido dos Trabalhadores. Palocci, por supostamente ajudar a Odebrecht a conseguir celebrar contratos com o Governo Federal. Mantega foi solto pelo juiz Sérgio Moro pouco depois da prisão, no dia 22 de setembro. Quando foi preso, ele acompanhava a esposa no hospital, onde ela passaria por uma cirurgia contra um câncer. Palocci, no entanto, permanece preso.

No Rio de Janeiro, por exemplo, foram dois nomes conhecidos, ambos ex-governadores: Garotinho (PR) e Sérgio Cabral (PMDB). No dia 16 de novembro, Anthony Garotinho foi preso sob a acusação de compra de votos no município de Campos dos Goytacazes, onde era secretário de governo. Atualmente, ele está em prisão domiciliar, porque passou mal depois de ser preso.

Já Cabral foi acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e teria recebido R$ 2,7 milhões em propina. A mulher dele, Adriana Ancelmo, também foi presa na operação, batizada de Calicute e deflagrada no dia 17 de novembro, acusação de corrupção passiva e participação no esquema de lavagem de propina comandado pelo marido. Os dois viraram réus na Lava Jato e seguem na cadeia.

Estados em crise

Servidores municipais do Rio protestaram contra a votação do pacote de ajuste fiscal do Governo do Estado | Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

2016 escancarou a situação financeira caótica de muitos estados brasileiros. Sem condições de pagarem suas dívidas, funcionários e fornecedores, e nem de tocar as obras já iniciadas, três deles decretaram decretaram estado de calamidade: Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Em outros, como o Distrito Federal e Pernambuco, funcionários públicos enfrentam atrasos nos pagamentos.

A situação de descontrole financeiro gerou uma onda de pacotes de austeridade por todo o país, com governadores tentando cortar e limitar gastos para evitar chegar no ponto a que chegaram alguns estados. No Rio de Janeiro (RJ) e em Porto Alegre (RS), no entanto, o anúncio de um pacote de austeridade não foi bem vistos e gerou protestos nas ruas das cidades.

Em Goiás, o governador Marconi Perillo (PSDB) começou a fazer ajustes em 2014 e, no final do ano, enviou uma série de medidas para a Assembleia Legislativa para conseguir cortar gastos, incluindo corte de comissionados, alterações na alíquota da Previdência e a criação de um Fundo de Estabilização Fiscal (FEF), que tem como objetivo a manutenção do equilíbrio das finanças públicas.

Sete anos depois, Iris retorna à Prefeitura de Goiânia

Pela quarta vez, Iris Rezende estará no comando da Prefeitura de Goiânia a partir de 2017 | Foto: Paulo José

Aos 83 anos, Iris Rezende (PMDB) foi eleito prefeito de Goiânia pela quarta vez. O peemedebista bateu o ex-prefeito de Senador Canedo, Vanderlan Cardoso (PSB), obtendo 57,7% dos votos. Antes mesmo de assumir, no entanto, Iris já está sem vice. Ele escolheu, para o cargo, o deputado estadual Major Araújo (PRP), que acabou desistindo de assumir.

Alegando pressão de sua base política para que ele permanecesse na Assembleia Legislativa e alegando sofrer “boicote” do PMDB e do próprio Iris, que não fez, segundo ele, muito esforço para impedi-lo de renunciar.

Na pré-campanha, Iris chegou a anunciar sua suposta aposentadoria política, dizendo que não seria candidato. O ex-vice-prefeito Agenor Mariano (PMDB) e o deputado estadual Bruno Peixoto (PMDB) se prepararam para tomar seu lugar, mas acabou não sendo necessário. A militância do PMDB fez campanha pela volta de Iris e ele resolveu ir para a disputa.

Ex-prefeito de Itumbiara, Zé Gomes, é morto em atentado na cidade

Na liderança das pesquisas de intenção de voto, Zé Gomes acabou sendo assassinado em atentado político em Itumbiara | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

Em Goiás, um dos fatos mais marcantes das eleições municipais foi o atentado político que vitimou o então prefeito de Itumbiara, José Gomes da Rocha (PDT), que estava em plena campanha política pela reeleição e participava de uma carreata quando foi assassinado no meio da rua. Ele levou um tiro na cabeça e não resistiu.

Além dele, também morreu no atentado o policial Vanilson João Pereira e o próprio autor do crime, o ex-funcionário público Gilberto Ferreira. O vice-governador e ex-secretário de Segurança Pública, José Eliton (PSDB), e o advogado Célio Rezende também foram atingidos, mas resistiram.

A conclusão da polícia foi de que Gilberto cometeu o crime sozinho, motivado por vingança. Conhecido na cidade como Beba, a investigação concluiu que ele sofria de psicose etílica, decorrente de uso contínuo de Anfepramona (remédio para emagrecer derivado da anfetamina) com álcool.

Zé Gomes comandava as pesquisas de intenção de voto e foi substituído pelo deputado estadual e afilhado político dele, Zé Antônio (PTB), que foi eleito prefeito de Itumbiara. Ele obteve 67,27% dos votos válidos, superando o adversário Álvaro Guimarães (PR).

Trump é eleito presidente dos Estados Unidos 

Controverso e polêmico, Trump derrotou Hillary Clinton e será o presidente dos Estados Unidos a partir de 2017 | Foto: Michael Vadon

Mundialmente, o maior destaque foi a eleição de Donald Trump, dos Republicanos. Com discursos recheados de declarações racistas, xenófobas e machistas, o magnata causou muita polêmica e revolta pelo mundo. No entanto, conquistou parte da população americana e conseguiu bater a ex-secretária de Governo Hillary Clinton, recebendo os votos de 276 delegados do colégio eleitoral.

Nos dias que se seguiram à sua eleição, protestos pipocaram pelos Estados Unidos contra o republicano. Desde que ganhou, ele já começou a escolher seus auxiliares no governo e optou por nomes considerados “linha dura”, em uma atitude que parece significar que grande parte das ameaças feitas por ele em campanha serão mesmo concretizadas.

Brexit

Saída do Reino Unido derrubou bolsas e o então primeiro-ministro, David Cameron | Foto: Reprodução Agência Brasil

Em referendo realizado em junho, os cidadãos do Reino Unido decidiram deixar a União Europeia. A vitória do “sim” derrubou não só as bolsas de valores da Ásia, da Europa e dos Estados Unidos, mas também o então primeiro ministro britânico, David Cameron, que fez campanha pelo “não” e renunciou ao ser derrotado.

Essa é a primeira vez que algum país decide deixar o bloco, criado em 1993, o que pode afetar sua manutenção. O chamado “Brexit” causa incerteza e promete modificar profundamente a geopolítica mundial, principalmente por poder representar uma escalada nacionalista no velho continente, tendência vista com preocupação por parte da população.