Renato de Castro diz que oposição não pode ser “metralhadora giratória”
20 abril 2015 às 12h00
COMPARTILHAR
Mesmo alertando para situação “horrorosa” do Estado, deputado petista defende que oposicionistas devem propor soluções e não só criticar por criticar
O deputado estadual Renato de Castro (PT) criticou a postura radical adotada por alguns oposicionista na Assembleia Legislativa de Goiás. A despeito do que vem fazendo o companheiro petista Luis César Bueno, o ex-prefeito de Goianésia prefere o debate centrado. “Aprovo o que for bom, vou contra o que é ruim. Nem por isso deixo de fazer oposição”, garantiu ele em entrevista ao Jornal Opção Online.
E não deixa mesmo. Renato alerta que há um rombo no caixa do governo de Goiás e que, caso não consiga viabilizar empréstimos e recursos federais, Marconi Perillo (PSDB) não conseguirá entregar nem sequer as obras que já estão em andamento. “A situação das contas do Estado está horrorosa e vai piorar cada vez mais. Se não fosse a presidente Dilma Rousseff (PT) para salvar Marconi no mandato passado, não sei como teria sido. Neste, não será diferente”, sustenta.
No entanto, o petista acredita que este debate deve ser feito de maneira ampla e não só “criticar por criticar”. “Defendo uma posição menos radical. O debate deve ser feito para salutar o Estado… Não adianta ser metralhadora giratória”, explica ele.
Nos próximos dias, Renato de Castro — que segue para Cavalcante nesta segunda-feira (20/4), onde participa de audiência pública para discutir abusos contra meninas do povo Kalunga — deve mobilizar a oposição contra a venda de áreas públicas do Estado.
De acordo com ele, o governador reacendeu a discussão sobre o assunto e planeja arrecadar 800 milhões de reais com os leilões. “É o patrimônio dos goianos que está sendo dilapidado. Politicamente é ótimo para ele, pois usará o dinheiro agora, só que amanhã o governo terá que pagar aluguel. Uma bomba de efeito retardado”, critica.
O petista alerta, ainda, para a privatização das rodovias, as quais ele diz ter extrema preocupação, pois devem chegar a outras esferas da administração pública.