Quase metade dos municípios goianos não possui museu
04 dezembro 2023 às 11h57
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Quase metade da população goiana (47,9%) não tem acesso a museus na cidade onde residem. O percentual é o sétimo menor do país, à frente apenas do Maranhão (27,5%), Tocantins (36,0%), Pará (44,5%), Bahia (45,9%), Sergipe (47,1%) e Rio Grande do Norte (50,6%).
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O levantamento, referente ao ano de 2021, foi divulgado na última sexta-feira, 1º, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O órgão ainda afirmou que o tempo médio para chegar a um museu em Goiás é de quase 40 minutos.
Mesmo considerado baixo, a média está acima da registrada no país, que registrou apenas 29,6% das cidades brasileiras com museu em 2021. Apesar do total ser menor que um terço do país, os dados apontam uma melhora no cenário cultural frente a outros anos, sendo a maior proporção da série histórica desde 1999.
Em nota, a Secretaria de Estado de Cultura de Goiás (Secult) informou que administra cinco museus e que possui programas para levar a cultura ao interior do estado. Vale ressaltar o trabalho, divulgação e expansão deste tipo de serviço também é de responsabilidade dos municípios e Governo Federal.
Proporção maior
A proporção, porém, é maior quando é investigada a existência de teatro ou sala de espetáculo nos municípios goianos. Em 2021, 68,1% da população do estado afirmou residir em cidades com a oferta deste tipo de serviço, considerado o décimo maior percentual do país. O tempo de deslocamento, entretanto, é de 43 minutos.
Outro quesito investigado pela pesquisa do IBGE foi acerca da despesa com cultura do governo estadual. Em 2022, Goiás despendeu R$ 44,6 milhões em despesa com cultura, o que representa 1,0% do total gasto no país. Esse percentual, que já alcançou 2,6% em 2020, já é um dos mais baixos da série histórica.
Veja nota da Secult na íntegra
“Referente aos dados apontados na pesquisa feita pelo IBGE sobre o número de museus e cinemas em Goiás, a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) esclarece:
Na área de cinema, a Secult gerencia na capital o Cine Cultura, uma das salas de referência em cinema de arte em Goiás, que mantém um público cativo e uma programação diária de clássicos e significativas mostras, além de localização e preços acessíveis;
A Vila Cultural Cora Coralina, que sedia exibições quinzenais do Cineclube, na sala Multimeios, com entrada gratuita;
O Teatro Goiânia, que recebe mostras de cinema como o festival Goiânia Mostra Curtas;
O Centro Cultural Martim Cererê também é um espaço multiuso onde podem ser realizadas sessões e oficinas de cinema.
Já no interior, na cidade de Goiás, tem o Cine Teatro São Joaquim, que além de sala de espetáculos teatrais e shows, também conta com toda estrutura (projetor e equipamentos) para uma sala de cinema, espaço responsável por sediar todos os anos o Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica).
Ainda sobre o audiovisual, a Secult tem o projeto Cine Cultura Itinerante, criado em 2006, que leva sessões gratuitas de filmes e oficinas. Este ano, até o momento, foram atendidos mais de 150 municípios goianos.
Na área de museus, a Secult gerência na capital os museus da Imagem e do Som (Mis), Pedro Ludovico e Zoroastro Artiaga (atualmente fechado para reforma), assim como no interior, que tem o Palácio Conde dos Arcos, na cidade de Goiás, e o Museu Ferroviário de Pires do Rio. São espaços abertos ao público, com um rico acervo para pesquisa e visitação.”