Presidente russo acusou pelo menos 40 países de fazerem parte do tráfico ilegal de petróleo promovido pelo grupo fundamentalista

| Foto: The Presidential Press and Information Office
Para Putin, outras nações estão “tomando consciência de que o terrorismo só pode ser combatido com o envolvimento de todos os países” | Foto: The Presidential Press and Information Office

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse nessa segunda-feira (16/11) que pelo menos 40 países financiam o grupo autointitulado Estado Islâmico, entre eles alguns membros do G20. “O financiamento, como sabemos, provém de 40 países, entre eles vários países do G20”, disse Putin numa entrevista à imprensa, na cidade turca de Anatólia.

Putin afirmou ainda que durante a reunião de Cúpula do G20, na Turquia, deu vários exemplos sobre “o financiamento a várias unidades do Estado Islâmico por pessoas identificáveis”.

Segundo o presidente russo, na reunião foi abordada a necessidade de se cumprir a resolução sobre prevenção ao financiamento do terrorismo adotada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, por iniciativa da Rússia.

Putin disse que apresentou imagens captadas por aviões espiões em que se “mostra claramente a magnitude que atinge o tráfico ilegal de petróleo” por parte do Estado Islâmico. “As imagens mostram as colunas de caminhões tanques que se estendem por dezenas de quilômetros”, afirmou referindo-se ao tráfico de petróleo bruto que financia o califado.

O presidente russo disse que depois de terem negado cooperação à Rússia na luta contra o extremismo na Síria, todos os países, incluindo os Estados Unidos, estão agora tomando consciência de que o terrorismo só pode ser combatido com o envolvimento de todos os países. “Os trágicos acontecimentos” ocorridos em Paris “confirmam que temos razão” ao propor uma coligação antiterrorista internacional, acrescentou.

Putin pediu para que se deixe de discutir a eficácia da operação aérea russa contra as posições do Estado Islâmico na Síria e reunir esforços contra o terrorismo para prevenir os atentados em todo o mundo. “Lamentavelmente, ninguém está a salvo dos atentados terroristas. Por exemplo, a França estava entre os países que mantinham uma postura muito firme contra o presidente, Bashar al Assad”, afirmou. Isso salvou Paris dos ataques terroristas? Não”, acrescentou.

“Parte da oposição armada síria considera possível iniciar ações armadas contra o Estado Islâmico caso sejam apoiados pela Força Aérea e nós estamos dispostos a prestar-lhes apoio”, disse.