Há uma ala no partido que resiste em se aliar com o ex-governador José Eliton, indicado pelo PSB para a disputa à sucessão estadual, em função de suas convicções ideológicas de direita

O diretório goiano do Partido dos Trabalhadores (PT) deve confirmar dia 28 de maio o nome do ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) Professor Walmir Amado como candidato ao Governo de Goiás às eleições deste ano. Os filiados entendem que não se pode ceder a candidatura própria a governador.

Há uma ala no partido que resiste em se aliar com o ex-governador José Eliton, indicado pelo PSB para a disputa à sucessão estadual, em função do passado político dele e suas convicções ideológicas de direita. Inclusive, conforme antecipado pelo Jornal Opção, o vereador Mauro Rubem (PT), por exemplo, reconhece o valor da indicação de Eliton, mas segue apontando a opção petista como a melhor para o Estado por sua “capacidade política e inserção social”.

Segundo o parlamentar, o desejo de aliança com o PSB é natural, sobretudo com Elias Vaz, com quem avalia ter uma relação de estima e respeito nas caminhadas políticas. Além disso, o movimento repete o caminho tomado pelo ex-presidente Lula, em âmbito nacional. Ainda que reconheça o movimento de saída de Eliton do PSDB para formatação da aliança, Rubem destaca que o ex-governador não carrega o histórico de militância necessário para o avanço do governo do Estado.

“O nome de José Eliton vincula a um período muito trágico de Goiás, do governo de Marconi Perillo. Ele faz uma movimento importante saindo de onde ele estava e vindo para o PSB, porém não representa o que precisamos para Goiás neste momento”, aponta.

O fato de o presidenciável Lula (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) terem sinalizado favoravelmente a José Eliton não será decisivo na hora de o PT goiano definir por nome próprio. Desde 1982, apenas uma vez – em 2016 – a legenda abriu mão da cabeça de chapa para governador.