Motivo é o episódio no último dia 1º, quando o deputado do PRP arremessou um tablet e um microfone contra o Talles Barreto (PTB). Major disse que não irá apresentar defesa

Foto: Marcos Kennedy/Alego
Deputado estadual Major Araújo será o primeiro a ter a conduta levada para o Conselho de Ética recém criado na Casa| Foto: Marcos Kennedy/Alego

Foi lido na Assembleia Legislativa de Goiás no início da sessão desta terça-feira (13/10), uma representação contra o deputado estadual Major Araújo (PRP) enviada pelo presidente estadual do PSDB, Afrêni Gonçalves.

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Logo em seguida, o deputado estadual Major Araújo afirmou que irá abrir mão de sua defesa — que deveria ser feita em um prazo de 15 dias — e deixará que o Conselho de Ética, cujo presidente é Humberto Aidar (PT), faça o julgamento. “Defender do que? As imagens foram claras. Não quero me defender. Minha defesa está pronta — é a opinião pública”, disse ao Jornal Opção.

Major criticou dizendo que esta é a primeira vez que vê um deputado sendo submetido ao Conselho de Ética por violar o decoro parlamentar. “Já tivemos outros casos muito piores em que não foi nem discutido a possibilidade de levar ao conselho”, disse. Depois da avaliação do conselho, a punição do deputado é votada em plenário, que possui maioria constituída por deputados da base governista.

Assim como havia dito em outra ocasião, o parlamentar afirmou que não é “apegado ao mandato”. “Mas não entendo isso. A população está do meu lado. Se a assembleia passar por cima do processo eleitoral e tirar um deputado que o povo escolheu, irá abrir precedente. Mas quem sou eu para questionar?”

Este é o primeiro pedido a ser protocolado na comissão, desde a sua criação no primeiro semestre deste ano. A representação contra Major Araújo é referente ao episódio do último dia 1º, em que o parlamentar arremessou um tablet e um microfone contra o deputado Talles Barreto (PTB) no plenário da Casa legislativa.

A discussão dos deputados foi em relação ao projeto que altera o Código Tributário do Estado de Goiás, que segundo o integrante do PRP, dentre as alterações, onera imposto da gasolina e do IPVA. De acordo com Major, o projeto não passou para apreciação da Assembleia.

Major Araújo afirmou que houve uma fraude na votação na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), cujo presidente é Talles Barreto. Segundo o parlamentar, o projeto foi votado sem quórum e só por alguns deputados da base. “Mesmo depois que eu entrei e bati a minha presença, que foi um minuto depois do início da Mista, o projeto não passou para que eu assinasse, como geralmente acontece. Isso não é manobra, é fraude!”