Jornal Opção Online entrevistou o presidente da Comurg para tratar dessa e outras questões relacionadas à Companhia

*Colaborou Marcelo Gouveia

Foto: Reprodução
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Os 67 caminhões de lixo, prometidos há um mês pelo presidente da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Ormando Pires Júnior, ainda não estão nas ruas. Até o momento, são 32 novos veículos realizando o serviço. Outros 31 caminhões já foram adquiridos e estão em fase de adaptação. A previsão, de acordo com o dirigente, é que ainda neste mês eles estejam nas ruas.

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Sobre a crise na coleta do lixo — tida pela administração municipal como “superada” –, o presidente afirma que a capital goiana faz a coleta três vezes por semana, um número superior ao estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de duas vezes em países tropicais. O problema, segundo Ormando, é que, por questões técnicas, como o reparo dos caminhões, que demanda um tempo longe das ruas, a coleta em determinados circuitos acaba prejudicada.

O presidente também comentou sobre a falta de materiais para garis, como luvas e vassouras. A situação foi noticiada em veículos da imprensa local nesta segunda-feira (8/9). Segundo Ormando, o problema está na dificuldade em controlar o gasto desses materiais. Ele explica que as luvas têm um tempo de vida determinado e que, muitas vezes, os garis as utilizam em outros serviços e pedem por novas luvas. “Isso dificulta a situação. A vassoura também tem uma durabilidade e nós a substituímos periodicamente, bem como o Equipamento de Proteção Individual (EPI). Hoje, uma remessa de vassouras foi entregue”, garantiu.

Fiscalização

Em entrevista, o presidente ressaltou o objetivo principal da Companhia: o recolhimento do lixo doméstico. A Comurg está com uma proposta para que os demais lixos sejam, de fato, de responsabilidade do gerador. Por exemplo, o entulho. Conforme aponta o dirigente, uma pessoa, que faz uma reforma ou construção, tem também que considerar os custos com a destinação final dos resíduos. “Ela tem que contratar uma empresa particular, credenciada na Prefeitura, para que ela faça o recolhimento, o transporte e dê a destinação final”, explica.

Ainda sobre a questão, Ormando informou que o órgão está firmando uma parceria com a Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA) para que a própria Companhia tenha os fiscais e, assim, possa notificar os infratores: “Eles são a menor parte, mas prejudicam o todo. A fiscalização já existia. O que faremos é colocar o fiscal, diretamente, na Comurg para que eles possam cobrar, mais agilmente, essa postura do cidadão prevista no Código de Posturas, que é manter a cidade limpa”.

Esclarecimentos

Há exatamente um mês, o promotor de justiça Fernando Krebs visitou a Comurg e acionou na Justiça, no dia 20 de agosto, afirmando a existência de 129 funcionários “fantasmas” na Companhia. A ação requeria o bloqueio de bens de Ormando e Waterson Fidéles Corrêa, chefe do Departamento de Pessoal do órgão que também foi acionado, até o total de R$ 8.608.292,91, quantia referente ao possível prejuízo ao erário, além de multa civil de duas vezes o valor do dano ao patrimônio público.

Sobre o assunto, a justificativa de Ormando é simples: “Não foi comprovada a existência desses funcionários fantasmas, tanto que a Justiça não acatou o nosso afastamento e bloqueio de bem. E nós comprovamos que eles trabalham”. Ele explica que muitos funcionários já começam sua carga horária de trabalho nos bairros específicos para varrição ou coleta, por exemplo, e que existem 60 pontos de apoio, distribuídos pela cidade, facilitando o deslocamento e o trabalho desses funcionários.