Jovita Ribeiro é a quarta pessoa a assumir a prefeitura do município goiano desde as eleições de 2012. Com histórico extenso de cassações, cidade vive momento difícil

jovitaSão Domingos vive uma fase difícil. Primeiro, o prefeito Dimá (PMDB) e o vice Domingos Jacinto Oliveira Neto (PT) foram cassados em 2013 por compra de votos e abuso de poder econômico. O então presidente da Câmara de Vereados, Rival Gonçalves da Silva (PRP), assumiu o cargo enquanto a cidade esperava a eleição suplementar, quando Etélia Vanja foi eleita. A ex-prefeita assumiu a prefeitura mas também teve o mandato cassado, juntamente com o vice Ruy de Oliveira Pinto, em fevereiro deste ano

E não parou por aí. A então presidente da Câmara Municipal, Jovita Ribeiro da Silva (PMDB), assumiu o cargo em fevereiro deste ano, mas também foi afastada em junho de 2015.

Agora, mais uma novidade surge envolvendo corrupção e a cidade de São Domingos. A prefeita afastada Jovita Ribeiro é suspeita de ter recebido indevidamente o benefício do Bolsa Família, do governo federal, em todo o ano de 2013 e de janeiro a agosto do ano passado — enquanto exercia o cargo de vereadora

O Ministério Público de Goiás (MPGO), por meio dos promotores Douglas Chegury e Paulo Brondi, concluiu nesta quarta-feira (7/10) o inquérito civil público, instaurado em junho deste ano. Com a conclusão do novo inquérito civil público, os promotores encaminharão uma cópia de todo o apurado durante as investigações ao Ministério Público Federal, já que a competência para julgar o caso é da Justiça Federal, por envolver recursos federais.

A ex-prefeita Etélia Vanja foi afastada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) por prática de corrupção eleitoral, abuso do poder e captação ilícita de recursos. Jovita, que era presidente da Câmara Municipal de São Domingos, assumiu a prefeitura, mas também foi afastada para que fosse concluída a ação civil de improbidade administrativa proposta pelo MP contra ela e o vereador João de Lú Gomes da Silva.

Na ação, ambos são processados pela emissão de cheques do Poder Legislativo em favor do vereador João de Lú a título de antecipação de subsídios, os quais foram trocados com agiota da cidade. Logo que soube do início das investigações, a fim de destruir as provas, Jovita, que na época era presidente da Câmara, e o vereador João de Lú procuraram o portador dos cheques e destruíram os documentos. (Com informações do MPGO)