Gustavo Gayer mostra avaliação da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) em que apareceria uma crítica ao presidente Jair Bolsonaro

O pré-candidato a prefeito de Goiânia, Gustavo Gayer (DC), publicou, em seu canal do Youtube, uma avaliação da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) em que apareceria uma crítica ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na prova de inglês. No entanto, a pasta diz se tratar de uma montagem.

Ele diz que a prova faz um trocadilho entre castanha do Brasil e Bolsonaro como “louco do Brasil” [Brazil nuts]. E mostra que a suposta a avaliação de inglês teria críticas, ou como chama “doutrinação”, contra o presidente.

Gayer, seguindo a cartilha do guru do bolsonarismo Olavo de Carvalho, atribui a passagem a uma pretensa “doutrinação” nas escolas e que professores seriam “revolucionários” que têm “ódio aos cristãos”.

Ele ainda afirma que a tal doutrinação imposta por esses professores estaria ensinando as crianças a “odiarem a livre-iniciativa” e livre-expressão” e diz que se trata de “marxismo cultural”.

“Jogar mais dinheiro na Educação, vai fomentar mais a fábrica de doutrinação. O correto agora é uma fiscalização profunda. Certificar que os professores façam o trabalho deles e não doutrinar nossos filhos mais. […] [Os filhos] começam a odiar os pais, o sistema, cometer crimes e ter problemas mentais”, aponta.

Na gravação, ele mostra ainda um vídeo de São Paulo, em que a professora de história Janaina Jardim aparece dizendo que a datação de Antes de Cristo e Depois de Cristo (AC/DC) seria mudada pela secretaria de lá para Antes da Era Comum (AEC) e Depois da Era Comum (DEC). E atribui a isso uma militância.

Em maio, Gayer foi identificado com uma das pessoas que participaram de ato que acabou com agressão contra enfermeiros que protestavam em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília. Na ocasião, ele negou que havia participação na agressão e que só gravou um vídeo contra a manifestação.