Poupança registra em maio mais de R$ 8 bilhões em entrada líquida

07 junho 2024 às 14h39

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O saldo da caderneta de poupança registrou crescimento pelo segundo mês consecutivo em 2024, com depósitos superando os saques em R$ 8,2 bilhões durante o mês de maio, conforme dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira, 7.
Em maio, o total de depósitos na poupança atingiu R$ 362,5 bilhões, enquanto os saques somaram R$ 354,3 bilhões. Além disso, os rendimentos creditados nas contas de poupança totalizaram R$ 5,2 bilhões, elevando o saldo total da poupança para R$ 993,3 bilhões.
No mês anterior, abril de 2024, a poupança teve uma saída líquida de R$ 1,1 bilhão. Janeiro e fevereiro também apresentaram saídas líquidas de R$ 20,1 bilhões e R$ 3,8 bilhões, respectivamente. Março, no entanto, mostrou um resultado positivo com uma entrada líquida de R$ 1,3 bilhão.
O desempenho de maio de 2024 contrasta fortemente com o mesmo período de 2023, quando houve uma saída líquida de R$ 11,7 bilhões. Em todo o ano de 2023, a caderneta de poupança enfrentou uma saída líquida de R$ 87,8 bilhões, influenciada pelo alto endividamento da população.
Esse resultado foi menor do que o de 2022, que registrou uma fuga recorde de R$ 103,24 bilhões devido à inflação e ao endividamento elevados.
Influência da Taxa Selic
Os saques da poupança também são impulsionados pela alta da Selic, a taxa básica de juros, que torna outros investimentos mais atrativos. Entre março de 2021 e agosto de 2022, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a Selic 12 vezes consecutivas, em resposta ao aumento dos preços de alimentos, energia e combustíveis.
De agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete reuniões seguidas. Com a estabilização dos preços, o Banco Central iniciou cortes na Selic, que atualmente está em 10,5% ao ano. No entanto, devido a expectativas de inflação acima da meta e a um cenário macroeconômico desafiador, o ritmo de redução dos juros foi desacelerado.
Em 2021, a retirada líquida da poupança foi de R$ 35,49 bilhões. Em contraste, 2020 registrou uma captação líquida recorde de R$ 166,31 bilhões, influenciada pela instabilidade no mercado de títulos públicos no início da pandemia de Covid-19 e pelo pagamento do auxílio emergencial, que foi depositado em contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal.
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