Polícia prende acusado de liderar ataque a assentamento do MST
11 janeiro 2025 às 18h44
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A Polícia Civil de São Paulo prendeu neste sábado, 11, um homem de 41 anos acusado de liderar o ataque a um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Tremembé, interior do estado. A ação resultou em duas mortes e deixou seis feridos.
De acordo com o delegado seccional de Taubaté, Marcos Ricardo Parra, o suspeito foi identificado por testemunhas e vítimas hospitalizadas, já que os agressores não cobriram o rosto durante o ataque. O homem confessou o crime na delegacia e está colaborando com informações sobre outros envolvidos, que seguem sendo procurados. A Polícia ainda não determinou o número exato de participantes.
Motivações do ataque
Segundo Parra, o ataque foi motivado por uma disputa interna relacionada à comercialização de um lote do assentamento. A discordância sobre a entrada de novas pessoas na área teria gerado um confronto que escalou para o uso de armas brancas, como foices e facas, além de armas de fogo.
“Até o momento, não sabemos se o suspeito preso estava interessado no terreno para si ou intermediando a negociação para outro, mas o conflito surgiu da tentativa de alterar decisões da comunidade sobre o lote”, afirmou o delegado.
Medidas tomadas
Durante a operação, a polícia apreendeu armas utilizadas no ataque e um veículo, que passarão por perícia para identificar digitais dos envolvidos. A Polícia Militar intensificou o policiamento na área do assentamento para prevenir novos episódios de violência.
Investigação da Polícia Federal
O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou que a Polícia Federal (PF) investigue o caso, citando violações de direitos humanos contra as famílias do assentamento. Agentes federais, incluindo peritos e papiloscopistas, já iniciaram os trabalhos no local.
O ataque aconteceu na noite de sexta-feira (10) e deixou duas vítimas fatais e seis feridos, todos baleados. A comunidade local está em estado de alerta enquanto as investigações prosseguem.