A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira, 4, a segunda fase da Operação Venire, que apura a existência de associação criminosa responsável por crime de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), ambos do Ministério da Saúde.

Na atual fase são cumpridos mandados de busca e apreensão emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da Procuradoria-Geral da República, contra agentes públicos vinculados ao município de Duque de Caxias/RJ, que seriam responsáveis por viabilizar a inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 naqueles sistemas.

A ação tem como objetivo, ainda, buscar a identificação de novos beneficiários do esquema fraudulento. Ao todo, são cumpridos dois mandados, nas cidades do Rio de Janeiro/RJ e Duque de Caxias/RJ.

Entre os alvos da nova operação estão Washington Reis, secretário estadual de Transportes e ex-prefeito de Duque de Caxias, e Célia Serrano, secretária de Saúde do município. As diligências foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da PGR.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitou ao Supremo em abril o aprofundamento das investigações que envolvem Jair Bolsonaro. Em março, a Polícia Federal indiciou o ex-presidente, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) e outras 14 pessoas no caso. Bolsonaro foi alvo da primeira fase da operação Venire, que avançou após a delação premiada assinada por Cid.