Fortemente armado, um membro do Primeiro Comando da Capital (PCC) foi preso suspeito de integrar um plano para matar o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, um dos nomes mais conhecidos do governo Tarcísio. A Polícia Civil paulista identificou que o executor do crime seria Marcelo Adelino de Moura, mais conhecido como China.

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O suspeito, de 48 anos, foi detido com uma metralhadora Mag 762 usada pelas Forças Armadas da Argentina, um fuzil HK 47 – 762, coletes balísticos, capacetes balísticos, máscaras, luvas táticas, além de munições de diversos calibres como .50 (capaz de derrubar helicópteros e perfuram blindados).

China também escondia 18 tabletes de pasta base de cocaína e R$ 101 mil em dinheiro vivo. A maior parte da quantia estava na casa do suspeito.

Inicialmente, a operação que prendeu China não estava relacionada à investigação sobre o planejamento de atentado. Foi somente após a prisão, em maio, feita por agentes do Comando de Operações Especiais do Batalhão de Choque, que o setor de Inteligência da PC identificou que o criminoso já vinha sendo monitorado, há algum tempo, por fazer parte da engrenagem de ataque à Derrite. 

China tinha um papel crucial na empreitada, que era de matar o secretário. A ofensiva ocorre num momento em que as forças policiais impõem um prejuízo bilionário ao PCC. 

Quem é China?

O faccionado já possui uma extensa ficha criminal. Ele tem passagens por homicídio, ameaça, falsidade ideológica, formação de quadrilha, furto, roubo, fuga e por falsificar documento público.

Além do armamento de guerra, ele estava em posse de duas capas de colete balísticos, quatro placas de colete balísticos, dois pares de luvas táticas, duas máscaras ” modelo Airsoft”, um designador, um carregador de lanterna, dois capacetes balísticos, um par de joelheiras, 10 carregadores 7’62, sete carregadores de pistola, modelo .40, um carregador modelo “cofre”. Também foram apreendidos três celulares iPhone e dois celulares Xiaomi.

Prejuízo ao PCC

Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, chefiada por Derrite, 2023 marcou um recorde na apreensão de cocaína, o mais rentável produto comercializado pelo PCC. No ano passado, a polícia capturou 39,6 toneladas da droga, a maior quantidade desde o início da série histórica, em 2001. 

Dezessete grandes pontos de armazenamento de entorpecentes foram estourados, sobretudo nas proximidades do Porto de Santos, usado para exportar cocaína para Europa, Ásia, África e Oriente Médio.