Petista teria tentado dificultar delação premiada de Nestor Cerveró sobre suposta participação em irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos EUA

Senador Delcídio do Amaral, do PT, preso nesta quarta-feira | Site/Delcídio Amaral
Senador Delcídio do Amaral, do PT, preso nesta quarta-feira | Site/Delcídio Amaral

Atualizada às 8h50

O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) foi preso em um hotel pela Polícia Federal nesta quarta-feira (25), em Brasília. Líder do Governo no Senado, ele é acusado de atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.

O petista teria tentado dificultar a delação premiada do ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró sobre sua suposta participação em irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

As primeiras informações são de que o filho de Serveró teria gravado vídeo do senador oferecendo fuga para o ex-diretor para evitar depoimento na delação. A prisão é preventiva, ou seja, não há prazo para o fim da reclusão. Estão sendo realizadas mandados de busca e apreensão na casa do congressista em Mato Grosso do Sul. As ações foram autorizadas pleo Supremo Tribunal Federal (STF).

Delcídio foi citado na delação do lobista Fernando Baiano por ter recebido entre US$ 1 e 1,5 milhão de dólares de propina pela compra da refinaria. O parlamentar já havia citado por Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobras, em outro depoimento.

Outras três pessoas também foram detidas, mas temporariamente: o chefe de gabinete do petista, Diogo Ferreira, Édson Ribeiro, ex-advogado Serveró, além do banqueiro André Esteves. O líder do Governo foi preso no mesmo hotel em que o pecuarista e empresário José Carlos Bumlai foi preso na terça-feira (24).