Desta vez as investigações foram realizadas nas prefeituras de Gurupi, Figueirópolis, Jaú do Tocantins, Paranã, Peixe e São Salvador 

PF e CGU em ação durante operação Catilinárias II, em prefeituras do sul do Estado | Foto: Divulgação 

A Polícia Federal realizou a segunda fase da operação Catilinárias que apura fraudes em contratos de transporte escolar em municípios do sul do Tocantins. A operação investiga reprodução do suposto esquema em outros seis municípios, Gurupi, Figueirópolis, Jaú do Tocantins, Paranã, Peixe e São Salvador do Tocantins. 

As apurações identificaram fortes indícios de conluio entre várias empresas para fraudar as licitações. A PF calcula que o prejuízo pode chegar a pelo menos R$ 740 mil reais. O trabalho é realizado em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU). 

A Catilinárias II cumpriu 14 mandados de busca e apreensão em sete cidades do Tocantins e em Goiânia. Os trabalhos contaram com a participação de 60 policiais federais e de dois auditores da CGU.  As irregularidades foram identificadas pela CGU durante apurações realizadas em 2017 nos municípios de Araguaína e Gurupi, no âmbito do 4º Ciclo do Programa de Fiscalização em Entes Federativos.

As propostas de preço teriam sido elaboradas pela mesma pessoa, antes mesmo da abertura dos processos licitatórios. Em acordo de colaboração premiada firmado com Ministério Público Federal (MPF), alguns investigados revelaram que o total de quilômetros percorrido pelos veículos era ampliado para permitir o superfaturamento dos pagamentos.

Catilinárias I

Na semana passada a operação foi deflagrada no norte do Estado, compreendendo as cidades de Araguaína, Araguatins, Babaçulândia, Filadélfia, Goiatins, Nova Olinda, Riachinho, São Bento e Xambioá. De acordo com a PF as irregularidades teriam sido praticadas no período de 2013 a 2018. A operação investiga ex-prefeitos, gestores e servidores públicos, suspeitos de terem recebido propina em um esquema de desvio de recursos públicos.