PF diz que irmãos que ameaçaram Moraes cometeram crime contra o estado democrático
05 novembro 2024 às 20h15
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A Polícia Federal (PF) concluiu a investigação sobre ameaças enviadas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e seus familiares, classificando o caso como uma tentativa de abolição do estado democrático de direito.
O relatório aponta como responsáveis um sargento da Marinha e seu irmão, que agora enfrentam acusações com penas previstas de quatro a oito anos de reclusão, além das penas para os crimes de ameaça e perseguição.
Segundo o comunicado da PF divulgado nesta terça-feira, 5, o fuzileiro naval Raul Fonseca de Oliveira e seu irmão, Oliverino de Oliveira Júnior, enviaram 41 e-mails com ameaças ao escritório da esposa do ministro a partir de 25 de abril deste ano. Para dificultar a identificação, os irmãos teriam criado várias contas de e-mail, ocultando suas identidades.
“Para perpetrar a ação, eles [o militar e o irmão] criaram duas contas de e-mail e, a partir destas, diversas outras, com intuito de encobrir quem de fato praticava os crimes”, diz nota da PF.
As prisões preventivas dos investigados foram autorizadas pelo próprio ministro Moraes em maio, a pedido da Procuradoria-Geral da República. A defesa dos irmãos nega as acusações e afirma que aguarda o arquivamento do caso.
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