Depois de perder apoio de PMDB, PP e PRB, presidente recebe reforço do PDT, que tem 20 parlamentares na Câmara dos Deputados

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Solução do problema não será apenas tirando Dilma de seu mandato”, argumentou líder do partido na Câmara | Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Enquanto o governo perdeu o apoio do PMDB, PP e PRB, que anunciaram que vão votar a favor do impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT) no próximo domingo (17) na Câmara, alguns antigos aliados decidiram reforçar o apoio ao Palácio do Planalto nesta quarta-feira (13/4). O PDT, mesmo com parlamentares críticos a algumas conduções do Executivo, principalmente na área econômica, avisou que se mantém na base e fechou questão para votar contra o impedimento da presidenta.

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A decisão foi tomada numa reunião na casa do líder na Câmara, deputado Weverton Rocha (MA), com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e o ministro André Figueiredo, das Comunicações, que terminou à 1h30 da madrugada. “A reunião foi longa. É característica do partido ter discussões. O partido tem muitas criticas desde o início do governo”, disse Weverton.

Mesmo com as divergências, os 19 dos 20 deputados que integram a bancada confirmaram que vão seguir a orientação nacional. “O partido decidiu que lutará contra o impeachment porque a solução do problema não será apenas tirando Dilma de seu mandato. A bancada reitera que ficará do lado da democracia e não apoiaremos este golpe”, completou.

O único que não participou do encontro foi o deputado Mário Heringer (MG), um dos maiores críticos do governo dentro da legenda. Mas Weverton afirmou que sua ausência não teve relação com a decisão, disse estar confiante de que a bancada votará unida e alertou que, se algum parlamentar votar a favor do impedimento, poderá sofrer sanções a serem decididas na reunião da Executiva da legenda, marcada para maio.