Além do presidente da Câmara Municipal, prefeito afirmou que Guarda Municipal e assessores também sugeriram mudança de dia

Prefeito Paulo Garcia em evento para assinatura de pacote anticorrupção, no Paço municipal |Foto: Twitter/Paulo Garcia
O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), explicou nesta segunda-feira (13/4), no Paço Municipal, sua ausência na prestação de contas na Câmara Municipal. Conforme o petista, na noite do último domingo (12), o presidente da Casa, Anselmo Pereira, entrou em contato com o gestor e sugeriu que ele não comparecesse à Câmara nesta segunda.
A explicação foi fornecida após evento para assinatura de medidas anticorrupção, que seguem a linha do governo federal. Paulo Garcia sustentou que Anselmo havia se reunido com todo o aparato de segurança para organizar a prestação de contas no decorrer da semana, e que sugeria que a data fosse remarcada.
“Ele disse não se sentia em condições seguras para que nós tivéssemos um ambiente institucional preservado”, pontuou o gestor. Paulo Garcia sustenta que disse, então, que pensaria no assunto, mas que era seu “desejo pessoal comparecer”.
Segundo a assessoria de imprensa de Anselmo Pereira, o presidente de fato conversou com o prefeito e comentou que naquelas condições ele não teria condições de apresentar o balanço do quadrimestre.
Conforme Paulo Garcia, a chefia de gabinete militar, responsável pela segurança da gestão municipal, teria dito ao prefeito que não havia condições seguras para todos. Além disso, o comandante da Guarda Municipal, segundo o petista, também teria dito que em razão da paralisação, não havia efetivo o suficiente para realizar as ações necessárias no dia. “Hoje cedo, nossos assessores também foram contrários a ida, então acatei o que me aconselhavam e pedi uma nova data para apresentação de contas”, concluiu o gestor, comentando que as contas já estão publicadas no portal da transparência.
Nesta segunda-feira, a Câmara estava cheia de servidores municipais e grevistas aguardando pela chegada do petista. O prefeito, ressaltando que Goiânia é uma das poucas capitais que o gestor vai pessoalmente ao parlamento apresentar as contas — “Por exemplo, a nível federal, nem estadual, isso não acontece” — falou que o momento é complexo, com manifestações extremadas.
Lembrando da ocupação da Câmara Municipal pelos servidores da Educação, no ano passado, Paulo Garcia disse considerar os movimentos legítimos, mas repetiu: desde que não sejam extremados e desrespeitosos.
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