Após determinação da Justiça, o padrasto do menino Danilo de Sousa, Reginaldo Lima dos Santos, foi solto nesta tarde

Reginaldo Alves, padastro do garoto Danilo | Foto: Eduardo Pinheiro / Jornal Opção

O padastro do garoto Danilo de Sousa Silva, de 7 anos, foi liberado na tarde desta quarta-feira, 12. Reginaldo Alves, de 33 anos, estava detido desde o dia 31 de julho no complexo de delegacias do Setor Cidade Jardim, em Goiânia. Na saída, ele disse: “O que fizeram com o Danilo é coisa de psicopata”

Reginaldo foi considerado inocente da participação na morte do garoto. A investigação concluiu que o crime foi cometido apenas por Hian Alves, de 18 anos.

Na saída da delegacia, Reginaldo disse que não voltará para o Setor Parque Santa Rita, onde morava com a família de Danilo. Segundo ele, moradores do local o acusaram do envolvimento no crime.

“Sempre o considerei como meu filho. Desde que comecei a morar com a mãe dele, ele se espelhava em mim, pelo caminho honesto e certo”, disse em referência a Danilo. “Repito: eu fui inocentado. Como cheguei falando que era inocente”, disse.

Reginaldo ainda disse que havia uma rixa muito grande partida de Hian. Ele afirmou que o rapaz dizia comandar a ocupação do Parque Santa Rita e repetia que quem mandava por lá era ele.

O advogado de Reginaldo, Antonio Celedoni, disse ao Jornal Opção na manhã desta quarta-feira que ele está muito abalado e tem recebido ameaças contra sua vida, mesmo após ter sido inocentado.

A Polícia Civil encerrou o caso e encaminhou o inquérito para o Ministério Público, que denunciou Hian Alves nesta quarta-feira.

O crime

De acordo com a Polícia Civil, Hian Alves confessou que cometeu o crime por ciúmes de Reginaldo com o pastor que o acolhera como filho adotivo. Para isso, escolheu Danilo para se vingar e premeditou o crime por pelo menos cinco dias.

Hian Alves convenceu o garoto a entrar em um matagal no Parque Santa Rita ao prometer uma pipa que havia caído. O acusado sufocou o garoto em um lamaçal até a morte, depois o atingiu com uma vara para se certificar da morte.

Danilo foi encontrado morto no dia 27 de julho após ficar por quase uma semana desaparecido. Hian e Reginaldo foram presos no dia 31 de julho e apontados pela Polícia Civil como autores do crime. Mas a força-tarefa formada para elucidar o crime inocentou o padastro.