OS é suspeita de contratar anestesista sem registro para atuar em Porangatu

30 maio 2022 às 15h17

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Notificado pela Secretaria Municipal de Saúde, Instituto Alcance suspendeu vínculo com a empresa da profissional por tempo indeterminado
Verônica Maria Lobo Verri, médica e sócia da empresa Lobo Verri Serviços Médicos Eireli – contratada pelo Instituto Alcance, que gere o RH Médico do Hospital Municipal (UPA) e Hospital Municipal de Porangatu (MMP), está sendo acusada de ter apresentado “registro falso de anestesista” e ter sido contratada para exercer essa profissão na cidade. “Ela não é anestesiologista, pois não possui registro na Sociedade Brasileira de Anestesiologia, nem na Associação Médica do Brasil (que homologa os diplomas emitidos pelas Sociedades das especialidades médicas), nem tampouco tem registro de nenhuma especialidade junto ao CRM”, esclareceu o presidente do Conselho de Saúde de Porangatu, André Gomide.
No entanto, para o superintendente da Organização Social (OS), Ronnie Cabral, a profissional e o esposo, que também é médico, estariam sofrendo perseguição por serem de outro estado. Apesar disso, há um ofício assinado por ele em resposta à Secretária Municipal de Saúde, suspendendo o contrato com a empresa dos médicos por tempo indeterminado “até que se esclareça as inconsistências”.
Gomide cita que Verônica apresentou um diploma falso de membro da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA). “Diploma este apresentado à SBA e com resposta negativa quanto ao registro da médica junto a esta sociedade de especialidades médica, o que é crime de falsidade ideológica e falsificação de documento”.
Por outro lado, Cabral argumenta que ela “não foi contratada como anestesiologista. Foi contratada como plantonista dos leitos críticos/ UTI, coordenadora da equipe multidisciplinar da UTI e suporte a escala de anestesista”. De acordo com ele, a médica está devidamente registrada no Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), “em pleno direito do exercício da profissão. Inclusive para exercer a medicina na sua plenitude, conforme resolução do CFM”, afirmou.
A reportagem do jornal Opção não conseguiu o contato da médica para manifestação. O espaço segue aberto.