“Nós, da juventude, somos da geração do ‘Tempo Novo’. Crescemos sob a administração e liderança do governador Marconi Perillo”, diz presidente do PSDB jovem

22 outubro 2014 às 15h49

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Chamando a juventude atual de “geração ‘Tempo Novo'”, Zani afirma que os jovens não tiveram que viver no governo do PMDB

Se filiou ao PSDB em 2010, sem convite de ninguém, a não ser o tão somente interesse nas diretrizes das siglas e admiração por figuras que caracteriza como grandiosas: Fernando Henrique Cardoso e José Serra. O presidente do tucanato jovem em Goiás, Rodrigo Zani, 29 anos, em entrevista concedida ao Jornal Opção Online, não diferiu muito do discurso ouvido dentro do PSDB no que se refere ao governador Marconi Perillo, candidato à reeleição contra Iris Rezende. “Nenhum governo do Marconi é igual ao outro. Ele se renova, e essa é uma capacidade que eu nunca identifiquei em, talvez, nenhuma liderança do país”, disse.
Quanto ao Iris, Zani também não foi diferente das outras críticas contra o candidato, mas foi além: não sabe se o peemedebista pedirá para sair ou será retirado da sigla (que está desde o início de sua carreira política) após essas eleições, mas tem certeza na criação de um “novo PMDB” após a “eventual derrota de Iris Rezende”. “Tudo é possível, inclusive uma aproximação do novo PMDB com o PSDB. Se o novo PMDB sentir que pode somar com a história do ‘Tempo Novo’ do PSDB, não tenho dúvida de que a legenda será muito bem vinda”, garante.
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Nascido em Nerópolis, não tem pai nem mãe participantes ativos na política, e se interessou depois de participar de um movimento religioso dentro da Igreja Católica. “Tive a percepção de participação social lá dentro. Existem várias formas de mudar a sociedade, mas a grande maneira é através da política, do exercício de mandato.”
Zani chama a geração de agora de “geração do ‘Tempo Novo'” – juventude que cresceu durante governos do tucano Marconi Perillo. O presidente de 29 anos sustenta que não tiveram que “viver na época em que escolas eram construídas com placas, que professor não recebia e que a folha de pagamento atrasava seis meses”. “Essa geração não acompanhou os governos do PMDB”, relatou.
O advogado formado que não exerce sua profissão (trabalha com produção de leite em um sítio da família na sua cidade natal), sustenta que está estudando, entendendo de política, para um dia, talvez, apresentar um projeto ou defender alguém que tenha ideias parecidas com as suas. “Venho tentando conhecer, ser bom, ser útil, para um dia sim, quem sabe, apresentar um projeto nosso, ou apoiar um projeto de alguém que defenda as nossas ideias e as nossas bandeiras. Acredito que exercício de mandato é a forma mais eficaz de mudar.”
A ex-presidente do PMDB, Denise Castro, declarou recentemente apoio ao governador Marconi Perillo (PSDB). Imagino que você já havia conversado com ela…
A gente tem conversado com ela desde que começou a campanha. A insatisfação da juventude no PMDB é enorme, não é só ela, mas muita gente. Ela se aproximou e fomos conversando. Percebi os descontentamentos e fui explicando como funciona no PSDB. Temos lá nossos problemas, mas o espaço e as condições de trabalho são bem melhores. Ela foi gostando, e por fim conversou com o governador e entrou de alma na campanha. Foi bom.
Ela fez campanha para o Iris no primeiro turno. Já estava conversando com vocês?
Sim, já estava. Mas não só ela.
Então ela apoiava os dois ao mesmo tempo?
Não, não, não. Ela foi correta. Quando decidiu não apoiar mais o Iris ela primeiro comunicou o grupo que a apoiava dentro do partido, conversou com o governador e anunciou isso para a imprensa. A Denise não ficou fazendo duas campanhas.
Mas por que ela continuou fazendo campanha para o Iris?
A minha relação com todo o movimento da juventude é muito boa, com todo mundo, dos partidos e movimentos sociais. Então sempre conversei com esse pessoal. A gente ia trocando ideias e eu fui percebendo o descontentamento de várias lideranças do PMDB, em especial dela [Denise Castro].
Ela permaneceu na campanha do Iris como candidata, defendendo um segmento, mas a falta de espaço… Por exemplo, qual ação da juventude você percebeu na campanha do Iris? Eu não vi nada. A juventude não fez um evento, não participou do plano de governo – a não ser o filho do Maguito [Vilela, prefeito de Aparecida de Goiânia. Seu filho é Daniel Vilela, deputado estadual eleito ao cargo de federal nessas eleições], mas isso não se trata de movimento jovem.
Então qual a diferença entre esse movimento que você caracteriza como falho da juventude do PMDB para o PSDB? O que o PSDB oferece para a juventude que o PMDB não oferece?
Primeiramente, no PSDB a gente tem o direito de discordar. Isso eu acho muito legal, porque a gente opina, participa do plano de governo e temos espaço na campanha, dentro do diretório. As nossas ideias foram implementadas no plano de governo. Para você ter uma noção, através do Igor Montenegro, que é o coordenador do plano, a gente fez consulta com os jovens em todas as regiões do Estado, inclusive na capital, falando também com os movimentos organizados. Participou o pessoal do skate, do LGBT, todo mundo junto, na casa digital. Foi um movimento muito bacana.
Você consegue se lembrar, então, de alguns momentos que discordou dentro de sua sigla e foi ouvido?
Claro! Bom, em primeiro lugar o governador determinou que a juventude se espalhasse pelo plano de governo, e dentro dessa perceptiva o Igor Montenegro, que é quem coordena o plano, nos recebeu e nós tivemos o direito e a oportunidade de apresentar propostas, discutir, discordar e praticar efetivamente a democracia dentro do partido. Hoje, a juventude participa de 10 eixos temáticos do plano de governo, que vão desde educação até meio ambiente, passando pela mobilidade urbana, esporte, saúde, cultura, lazer, segurança pública – enfim, em todas essas aéreas a juventude foi recebida, ouvida, houve debate, diálogo, e nossas ideias – que elaboramos conversando com toda a sociedade – constam nesse importante documento que vai pautar a próxima gestão.
Qual a diferença básica da juventude entre Iris e Marconi?
É bacana esse tipo de discussão, porque essa geração não acompanhou os governos do PMDB. Eu costumo chamar essa geração de geração “Tempo Novo”. Nós crescemos sob a administração, sob a liderança do governador Marconi Perillo. Então, não vimos, não tivemos que viver, por exemplo, o caso [Leonardo] Pareja, que foi, talvez de toda a história, a situação mais vexatória relacionada à segurança pública em Goiás. Nós, que somos dessa geração, não tivemos que ver a época em que escolas eram construídas com placas, e que professor não recebia. A gente não precisou presenciar seis meses de folha de pagamento atrasada. Nós, que já vivemos essa geração do “Tempo Novo”, pegamos o Estado em desenvolvimento, onde, por exemplo, o Ideb saltou da 19º posição para 1º em quatro anos. A economia do Estado se diversificou. Era essencialmente agrícola e agora tem empresas de tecnologia.
A juventude, por exemplo, que é o segmento o qual eu milito, tem no Estado mais de 100 programas e ações sociais que estão distribuídas em várias secretarias, que atendem ao público jovem. Eu cito os com mais destaque: o Passe Livre Estudantil, que já vai atender 100 mil pessoas em toda a Região Metropolitana – e consta, ainda, no plano de governo ampliar para todas as regiões do Estado; o “Bolsa Universitária”, que já está chegando a 160 mil pessoas atendidas em todo o Estado, em todas as regiões; a própria “Balada Responsável”, instituída nesse governo, é muito boa. Imagina quantas pessoas, quantos jovens tiveram suas vidas preservadas graças a essa ação de prevenção. Tem-se ainda “Bolsa Futuro”, que qualifica o profissional, sobretudo o jovem.
Nós participamos, vivemos um governo de modernidade – e no que diz respeito às políticas públicas para juventude, um governo muito produtivo. Goiás, sob gestão de Marconi Perillo, sempre foi referência, e isso foi inclusive atestado pela Secretaria Nacional de Políticas Públicas para juventude. É o Estado de vanguarda de políticas públicas para juventude.
E qual foi a participação da juventude do PSDB nessas implementações. O que você, como presidente do PSDB jovem, fez para ajudar a alavancar esses programas e essas mudanças?
A juventude do PSDB representa os vários jovens que estão na base aliada. Os movimentos sociais estão na campanha – o pessoal do Hip Hop, skate, das igrejas e da comunidade LGBT. Mas a juventude do PSDB, por ser a juventude do partido do governador Marconi Perillo, tem a função de puxar a discussão. E, dentro desse contexto, por exemplo, a juventude do PSDB foi quem, em 2010, apresentou para o governador o projeto do passe livre estudantil, que depois se tornou possível graças, principalmente, à força e condição de trabalho do governador que apoia e incentiva os jovens. Não pode-se deixar de dizer, no entanto, que os jovens tiveram participação ativa na equipe que elaborou o plano para implementar o passe livre. Eu destaco o trabalho feito pela Superintendência da Juventude, cujo superintendente é o Leonardo Felipe, que teve origem no movimento da juventude do PSDB.
Como você avalia as gestões do governador Marconi Perillo? Caso seja reeleito, como acredita que será a próxima gestão?
A gente percebe que nenhum governo do Marconi é igual ao outro. Ele sempre avança e moderniza – ele se renova. Essa é uma capacidade que eu nunca identifiquei em, talvez, nenhuma liderança do país. Com Marconi nós atingimos alguns índices que são muito relevantes, como o primeiro lugar no Ideb [no Ensino Médio]. Talvez esse seja um fato histórico.
A UEG [Universidade Estadual de Goiás] avançou 40 posições. Hoje aquela universidade é uma realidade, está consolidada aqui no Estado. Obviamente que temos dificuldades, como qualquer universidade tem – até Harvard tem. Temos nossas dificuldades, mas avançamos 40 posições. No próximo governo – e acredito que o governador Marconi Perillo será reeleito –será investido bastante na área de tecnologia. Essa foi uma discussão dentro do plano de governo. Mas esse investimento terá foco no ser humano. O grande objetivo do próximo governo –e o governador tem ressaltado em várias reuniões que participa– é que será o governo da qualidade de vida. Nós vamos levar os goianos ao patamar de destaque com a melhor qualidade de vida para se viver em todas as áreas. O governador vai melhorar o índice da segurança pública. É preciso dizer que poucos estados investem em modernização de equipamento da polícia.
Na saúde, por exemplo, as OSs [Organizações Sociais] foram referência para todo o país. Hoje os hospitais públicos não perdem em nada para os hospitais privados. Nas áreas de educação já destaquei a questão do Ideb, melhor do país; a UEG continua avançando; a questão de qualificação profissional; o Bolsa Futuro, que foi um sucesso, mais de 80 mil jovens qualificados para o mercado de trabalho. Então, acredito que essa rede de proteção social, somadas aos investimentos em infraestrutura, como o Hugo 2, o Credeq, as rodovias – enfim, e várias outras obras que estão sendo feitas. Todos esses investimentos vão levar o povo de Goiás à condição de moradores de um Estado onde as pessoas vivem com a melhor qualidade de vida de todo o país.
A UEG passou por diversos problemas, com várias reclamações de estudantes – algo que, inclusive, foi foco de algumas manifestações no ano passado em Anápolis. O quem tem sido feito para melhorar a qualidade tanto física quanto de ensino na universidade? Quais são os planos para continuar melhorando?
Primeiro é preciso destacar que todas as universidades do mundo há problemas, sobretudo onde há liberdade de expressão, e na UEG existe isso. O movimento estudantil é muito forte lá dentro, controlado por partidos de oposição – há discussão, e essa discussão é saudável para amadurecimento da universidade. O que não podemos negar (e isso nem a oposição nega) é que a UEG avançou 40 posições no ranking das universidades, segundo a “Folha de S. Paulo”. O governador criou a UEG; ela é fruto do governo Marconi Perillo. Ele é o pai. E como bom pai, quer ver a universidade crescendo e se consolidando cada vez mais. A UEG no governo Marconi foi criada e lhe foi dada completa autonomia. Ela tem um reitor eleito pela estrutura da faculdade.
Eu tenho certeza que no próximo governo Marconi, que foi quem criou essa universidade, a UEG tende a se consolidar ainda mais no sentido de ser uma das principais universidades do país. E entendo que somente com Marconi — nosso adversário não tem essa percepção — com sua gestão ousada, criativa, moderna, em parceria com outras instituições, em especial em parceria com o governo de Aécio neves, a UEG tende a crescer e se tornar uma das melhores universidades da UEG.
Sabe me dizer algumas medidas principais que estão sendo tomadas para o avanço da UEG?
Autonomia de gestão e independência financeira. O governo tem investido nos Campi e cada vez mais dado autonomia ao reitor.
Quais são as principais diferenças entre a gestão de Marconi e Iris, na sua concepção, principalmente no que diz respeito à juventude?
Para não retomar àquela discussão de 20 anos atrás, na época em que o Iris era governador e já era considerado um grande coronel, poderia citar, por exemplo, no que diz respeito à juventude, quando Iris era prefeito, a Câmara Municipal aprovou o projeto do bolsa universitária municipal, e Iris vetou esse programa. O Paulo Garcia, fazendo o que eu chamo de molecagem política, inventou um projeto de passe livre estudantil municipal, durante aquela discussão das mobilizações da juventude, e depois não teve como honrar com o compromisso, deixando todos da juventude bastante frustrados. O governador Marconi Perillo lançou o passe livre e implantou com recurso de tesouro do Estado. Não aumentou impostos nem transferiu a carga tributária para empresas. O passe livre é totalmente custeado com recursos do governo do Estado.
Mas é importante lembrar também que o Marconi teve origem nos movimentos estudantis. Na década de 80, ele foi militante da juventude partidária que lutava pela redemocratização do país. Ele foi líder estudantil, depois deputado estadual aos 26 anos, deputado federal com pouco mais de 30 e eleito governador com 35. Então, a trajetória, o sucesso político de Marconi, foi ancorado nos movimentos, nas bandeiras e lutas da juventude. Portanto, quem veio desse movimento, quem conhece desse movimento como Marconi conhece, sabe a realidade e sabe corrigir os problemas que ainda incomodam os jovens em todo o país.
A diferença essencial dos governos do PMDB, sobretudo do Iris, é que eles não investem em políticas públicas para juventude. Em Goiânia, por exemplo, só para poder lembrar mais um caso, um programa criado pelo PSDB, do professor Nion Albernaz, o projeto Cidadão 2000, aquele que tratava do menor de rua, o Iris acabou com aquele programa. Enquanto prefeito, acabou com todos os programas sociais que atendiam aos jovens. O Marconi cria, amplia e inova as políticas públicas para juventude.
Falando de movimentos estudantis, tivemos ano passado alguns organizados por estudantes que iam contra o governador Marconi Perillo, chamados “Fora Marconi”. Como o senhor avalia isso, vindo de jovens?
Olha, eu avalio que não foi uma manifestação contra a figura “A” ou “B”. Foi algo contra os políticos em geral, e como Marconi é o governador aqui, obviamente que ele também foi lembrado nessas manifestações. Agora, eu quero destacar uma coisa, que até temos isso em testemunho: as principais lideranças que articularam esses movimentos eram ligadas a partidos políticos. Então acredito que foi um oportunismo partidário, no sentido de jogar, direcionar e manipular o sentimento da mudança política contra um líder goiano que fazia oposição ao PT a nível federal.
Para encerrarmos de vez essa discussão, que já está superada, o governador vence com ampla vantagem hoje no segmento jovem. Os jovens aprovam o governo e votam no Marconi Perillo. Então, aqueles protestos foram manipulados por partidos ligados ao PT e PMDB, que tentavam descontruir a imagem de um líder da oposição nacional.
Não conseguiram. Marconi enfrentou tudo de frente, com diálogo, com discussão – hoje tem o respeito de todos os movimentos sociais ligados à juventude, e da juventude de modo geral. Prova disso é que as pesquisas e as urnas mostram que os jovens votaram e vão votar nesse domingo no Marconi Perillo.
Está tendo mais alguma conversação com outros jovens de partidos da oposição?
Diariamente. Jovens do PMDB, do DEM, nos procuram. Inclusive, ontem (20) fui convidado para uma reunião com a juventude do DEM de Aparecida de Goiânia, só que eles têm medo da retaliação e do estilo antiquado do casal Iris de fazer política. Então, muitos deles nos ajudam com reuniões pelas redes sociais, mas temendo retaliação, perseguição, eles não dão esse apoio publicamente. A forma antiquada do casal Iris de fazer política não coaduna com o sentimento dos jovens.
Falando desta juventude da oposição, você os convidou para se juntarem a você no PSDB?
Fiz o convite, disse que o PSDB está com as portas abertas, mas eles vão permanecer em seus partidos e tentar mudar a realidade de lá. Eles são apaixonados pelas suas respectivas legendas. O problema deles é a falta de espaço, de oportunidade, para a juventude do partido e para a juventude de modo geral.
A Denise [Castro], o secretário geral do DEM jovem, o Carlinhos [Carlos Henrique Martins], nos procurou buscando auxílio, apoio, porque todos que são contra as ideias de Iris sofrem perseguição. O Cairo Salim, histórico no PMDB jovem, está na base do governador, participa de todas as nossas reuniões, e defende o projeto das juventude do PSDB. Tudo isso já é sufienciente para perceber que tem algo de errado lá. O espaço dado aos jovens não atende nem a necessidade do partido deles, imagina da juventude de modo geral!
Você consegue avaliar se as chances do PMDB vencerem essas eleições seriam maiores com Friboi?
Acredito que a liderança do governador é incontestável, e os goianos têm que ter muito orgulho do governador, porque hoje o Marconi é uma liderança em todo o país. Então, independente de quem fosse o candidato, nós com Marconi Perillo, com PSDB, com propostas de “Tempo Novo”, ainda assim seríamos o projeto mais viável, correto e seguro para Goiás continuar avançando. Independente de quem seja, de quem fosse, de quem é ou de quem será o adversário, é sempre muito bom, muito seguro, contar com a liderança dele, e ele é muito forte em qualquer disputa que entrar.
Como você avalia uma futura reestruturação do PMDB, tendo em vista toda essa dissidência e problemas que a sigla passa?
Olha, o PSDB é um partido que surgiu a partir do PMDB, e na política a gente pode esperar, no que diz respeito às articulações, desde que atendam as necessidade maiores, que é o bem estar do povo, a gente pode esperar de tudo. Inclusive uma aproximação do novo PMDB, que deve surgir a partir da derrota do Iris, com o PSDB. Desde que essa aproximação seja no sentido de proporcionar qualidade de vida às pessoas, porque a boa política só vale a pena se for para melhorar a vida das pessoas. E de alianças meramente pragmáticas, o país tá cheio. A gente observou a aliança ente Iris e caiado, que foi uma aliança pontual para disputar essa eleição e só. Eles não têm relação nenhuma, identidade ideológica nenhuma. Então esse tipo de aliança não nos interessa.
Se o novo PMDB, que deve surgir depois dessa eventual saída do casal Iris, se o novo PMDB sentir que os avanços do “Tempo Novo” do PSDB eles podem somar com essa história, não tenho dúvida de que o PMDB é muito bem vindo. Inclusive, lideranças do PMDB expressivas já compõe o “Tempo Novo” – caso do Francisco Júnior, Thiago Peixoto, o próprio Friboi, que já declarou apoio, e vários prefeitos, vereador, lideranças da juventude – enfim, eles já identificam no PSDB o melhor projeto para o Estado. Acho que com a ausência do casal Iris, a sigla é muito bem vinda na base aliada.
Então o novo PMDB é possível apenas do o Iris fora?
Sim, a história mostra que com ele lá é impossível mudança. Em 1998, o candidato era para ter sido o Maguito. O Iris minou qualquer possibilidade de Maguito ser candidato, e a partir disso surgiu o tempo novo. Depois o Barbosa neto, que tentou ser candidato pelo PMDB, e novamente o Iris vetou qualquer possibilidade dele crescer no partido. O Henrique Meirelles, passou pelo mesmo processo, perseguição do Iris, não conseguiu ser candidato. Vanderlan Cardoso também, e por fim, Junior Friboi. Com a influência do Iris, o PMDB está estagnado.
Você pretende ser candidato a algum cargo político?
Acho que todo mundo que se filia em um partido e que quer fazer a diferença na sociedade tem que pensar em se candidatar ou então fazer parte de um projeto político de candidatura. Eu estou me preparando, estou me qualificando, estou estudando, estou entendendo bem a política e suas particularidades. Venho tentando conhecer, tentando ser bom, tentando ser útil, para um dia sim, quem sabe, apresentar um projeto nosso, ou apoiar um projeto de alguém que defenda as nossas ideias e as nossas bandeiras. Mas eu acredito que a boa política é o caminho mais eficaz para a gente fazer a diferença na sociedade, corrigir o que está errado e avançar nas conquistas que já estão consolidadas.