“Não sou eu que julgo”, diz Mabel sobre polêmica de ida de Eerizania a Anápolis em carro oficial; veja vídeos

18 fevereiro 2025 às 14h01

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Após a repercussão do vídeo que mostra a secretária de Políticas para as Mulheres, Assistência Social e Direitos Humanos de Goiânia, Eerizania Freitas, na cidade de Anápolis em um carro oficial da pasta, o prefeito Sandro Mabel afirmou com exclusividade ao Jornal Opção, nesta terça-feira, 18, não ver problema na situação e que a titular da Secretaria estava em Anápolis a pedido seu, “em missão”. O gestor disse, no entanto, que se existir algum problema não cabe a ele julgar.
“Já falei desde o começo: eu pedi que ela fosse cumprir uma missão para mim em Anápolis, falar com uma pessoa, e ela foi na saída do mutirão [da Prefeitura, realizado no Bairro Goiá]. Ela devia estar com o carro do mutirão, que é normal, e deve ter ido pra lá. Não vejo nenhum problema. É uma secretária que trabalha muito bem, tem feito bons programas, está atendendo um monte de gente. Então, não vejo nenhum tipo de problema. Agora, se tiver algum problema, aqui temos uma Comissão de Ética, não sou eu quem julgo. Vai pra comissão e resolve por lá”, disse.
Eerizania foi vista em Anápolis no último sábado, 15, em um carro de propriedade do Fundo Municipal de Assistência Social (FMAS) da capital. Fontes afirma que a secretaria teria ido ao restaurante Coco Bambu, no Jundiaí, o que ela nega.
Em nota enviada à reportagem, a titular da pasta municipal de Goiânia disse “que o uso do veículo oficial foi realizado para sua ida a uma reunião, após sua participação durante toda a manhã na 11º edição do Mutirão, que aconteceu no Bairro Goiá. Esclarece ainda que não esteve no Restaurante mencionado”.
Dois dias depois, o irmão da secretária foi visto no mesmo local, acompanhado de dois homens. Um deles, seria um guarda civil metropolitano. Informações preliminares dão conta de que o homem teria como objetivo acessar as imagens de câmeras que mostram a irmã deixando o edifício Genesis, onde funciona o restaurante.
Também questionado sobre isso, Mabel disse que não é possível monitorar o que um guarda civil faz fora de seu horário de trabalho, e que, também, se houver algum problema, o comando da corporação é que deve responder.
Everson Eneas, irmão de Eerizania, disse com exclusividade ao Jornal Opção que não sabia que os homens estavam no local e nem se eram guardas civis. “Eu não sabia que os homens tinham ido à loja pedir imagens das câmeras e muito menos que eram da Guarda Municipal”, afirmou.
Everson disse ainda que foi chamado ao local pelo advogado da loja, que é seu amigo. “O Adriano, advogado do estabelecimento, me ligou, e eu fui lá para ver o que estava acontecendo. Foi então que me deparei com os homens”, ressaltou.
Ele explicou que os homens queriam as imagens da loja que mostravam o carro responsável pelo vídeo que, segundo ele, expõe a secretária. “Na verdade, eu não vi nenhuma coação. O que vi foram os homens pedindo as imagens do circuito interno da loja apenas para identificar o carro de onde foram feitas as gravações da Eerizania”, relatou.
Everson destacou que conseguiu as imagens em outro estabelecimento comercial e descobriu que o veículo segue Eerizania há pelo menos 15 dias. Segundo ele, A polícia já está investigando quem estaria interessado em prejudicar a secretária. “Já sabemos qual carro está seguindo a Eerizania, mas tudo está sendo investigado pela polícia, e logo saberemos quem são os interessados em prejudicá-la”, concluiu.
A reportagem procurou a Guarda Civil Metropolitana que afirmou que o servidor citado estava de folga e que a instituição não se responsabiliza por atividades fora dos horário de serviço.